Humberto sobre privatizar a Petrobras: "Não vamos deixar"

O ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB), disse que a privatização da estatal de petróleo e gás acontecerá, mas não agora. Segundo Humberto, a postura “acendeu um sinal vermelho quanto ao futuro da empresa”

por Giselly Santos qua, 04/10/2017 - 11:11
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT) comentou as declarações do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB), sobre a possibilidade de privatização da Petrobras. Em entrevista ao programa Roda Viva na última segunda, o ministro disse que a privatização da estatal de petróleo e gás acontecerá, mas não agora. Segundo Humberto, a postura do ministro “acendeu o sinal vermelho quanto ao futuro da empresa”. 

“A Petrobras é mais que uma empresa, é um símbolo da soberania nacional. Tem uma importância inegável para o desenvolvimento e a história do Brasil. Não vamos deixar isso acontecer”, afirmou o senador. De acordo Humberto, dados de dezembro de 2016 apontavam que o valor de mercado da companhia era de R$ 211,64 bilhões.  

O senador lembrou que, apesar dos percalços na imagem da empresa - ligada aos escândalos de corrupção da Lava Jato, a estatal segue tendo bons rendimentos. Somente no segundo trimestre do ano, a empresa registrou um lucro de R$ 316 milhões. 

“Não existe nada que justifique a venda de uma empresa tão sólida como a Petrobras. Isto sem falar no papel crucial que exerce em diversos setores da economia, inclusive no aumento do preço de outros produtos. A Petrobras é uma empresa forte competitiva e, mesmo depois da crise, segue como uma das maiores do mundo”, disse.

“Inimigo” de Pernambuco 

Humberto Costa também aproveitou para questionar, mais uma vez, a privatização da Eletrobras e, consequentemente, da Chesf. Na entrevista, Coelho Filho reforçou que a modelagem está sendo elaborada pelo Ministério de Minas e Energia juntamente com os ministérios da Fazenda e do Planejamento e deve passar pela oferta de novas ações no mercado.

Sob a análise do petista, Fernando Filho age como “inimigo de Pernambuco”. “Esse ministro age como inimigo de Pernambuco e do Brasil. Estão querendo vender todo o patrimônio dos brasileiros. A Chesf tem um papel relevante na vida dos nordestinos. Não podemos deixar que vendam as nossas empresas à preço de banana e depois cobrem essa conta dos consumidores, subindo a conta de luz e o preço do combustível”, concluiu o líder oposicionista.

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