“É assustador trabalhar sexualidade das crianças em sala”

A vereadora Irmã Aimée (PSB) declarou que “é uma afronta” como as crianças estão sendo tratadas

por Taciana Carvalho ter, 07/11/2017 - 18:34
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A vereadora Irmã Aimée (PSB) voltou a falar sobre “ideologia de gênero”, na sessão da Câmara dos Vereadores do Recife desta terça-feira (7). A pessebista diz que está “chocada” com o texto da Base Nacional Comum Curricular, em fase de elaboração.

“Eu fiquei realmente preocupada com o texto da Base Nacional Curricular, na página 165, que trata de linguagens e artes. Eu fiquei tão chocada porque trata sobre as experiências corporais pessoais e coletivas desenvolvidas em aula ou vivenciada em outros contextos, de modo a problematizar as questões de gênero, corpo e sexualidade. É de fato um texto que considero assustador trabalhar sexualidade das crianças em sala de aula dessa forma e nessa idade. É realmente assustador”, reiterou.

Irmã Aimée falou que isso não pode ser permitido. “É uma afronta como estão sendo tratadas as nossas crianças e eu tenho certeza que o ministro Mendonça Filho vai ouvir a voz desta câmara e o clamor da família brasileira, que não admite que esse tipo de ideologia se intrometa na educação de nossas crianças”. 

A vereadora também declarou que as crianças merecem respeito. “Nossas crianças merecem cuidado e eu sou de acordo com esse requerimento e contem com meu voto. Nós estamos firmes, vamos falar e gritar: não à ideologia de gênero”, declarou em referência a solicitação de autoria da vereadora Michele Collins (PP), que pede a retirada de qualquer termo sobre ideologia da base curricular.

Por sua vez, o vereador Rodrigo Coutinho (SD) disse que o ministro da Educação, de uma maneira geral não tem como responder por todas as escolas. “São milhares de escolas em nosso país. Ele não pode responder pela gestão de todas as escolas, mas acho importante esse debate aqui para que se possa esclarecer as coisas e os vereadores se sintam a vontade de dar o seu voto”, disse. 

Collins explicou que não está fazendo apologia ao preconceito. “Quero deixar bem claro que esse tema é importantíssimo relacionado à educação. Não estamos fazendo apologia ao preconceito nem a não cuidar ou respeitar que tem opção sexual diferente. Esse tema não é o tema que estamos querendo trazer. Ser alguém se confundiu, eu peço que seja esclarecido. O nosso objetivo é falar sobre educação para as nossas crianças e não outros assuntos que alguém queira colocar”.

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