Homem do campo terá fuzil, diz Bolsonaro

“Todo e qualquer cidadão de bem se quiser ter uma arma, no que depender de mim, terá. E, para o homem do campo, fuzil (...) invasor tem que ser recebido assim”, declarou

por Taciana Carvalho seg, 20/11/2017 - 15:54
Wilson Dias/ Agência Brasil Wilson Dias/ Agência Brasil

Durante entrevista para o Canal Livre, na madrugada desta segunda-feira (20), o pré-candidato a presidente da República, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) falou sobre os seus projetos para a segurança pública. Ele afirmou que, caso vença a eleição do próximo ano, vai “desfazer” o que foi feito até agora. 

“Todo e qualquer cidadão de bem se quiser ter uma arma, no que depender de mim, terá. E, para o homem do campo, fuzil cartucho 762. Invasor tem que ser recebido assim, afinal de contas, a propriedade privada é sagrada ou não é? Se não é, se é do Estado, estamos no comunismo e precisa se discutir mais isso daí”, declarou. 

Bolsonaro defendeu o policial militar afirmando que a audiência de custódia “é uma desgraça". “Prende o bandido e, no outro dia, na audiência, o bandido conta sua historinha”, criticou. Ele também falou que os outros pré-candidatos não possuem projetos para a área apenas defendendo os direitos humanos e o desarmamento.

Durante a entrevista ressaltou que, se o país chegar ao caos, naturalmente as Forças Armadas vão intervir. “Assim como se usa as Forças Armada na GLO [Garantia da Lei da Ordem]. Ninguém está pregando intervenção eu nunca falei uma palavra favorável a isso, agora se chegar a um caos as forças armadas terão que intervir pela manutenção da lei da ordem”. 

Segundo turno

O parlamentar também garantiu que estará no segundo turno na disputa do próximo ano, caso não haja “fraude”. “Eu sou diferente de todos os pré-candidatos que estão aí. Eu não tenho nem partido ainda e, segundo algumas pesquisas, eu estou com 21%. Digo mais, quem declara voto a mim, dificilmente muda, então não havendo fraude com toda certeza eu estarei no segundo turno”.

Bolsonaro falou que muitos segmentos têm simpatia por ele. “Logicamente [também] agrego o voto de protesto. Até o Doria [prefeito de São Paulo] tentou capitalizar, um tempo atrás, o que seria o anti-Lul a. Eu sou anti-Lula desde que eu entrei na política, então capitaliza muita coisa para mim, fora a simpatia né?. Simpatia do povo evangélico, simpatia das pessoas que querem ter uma arma dentro de casa, das pessoas que querem um currículo escolar diferente do que esta aí, eu tenho simpatia dessas pessoas todas”. 

Ainda destacou que seria uma “festa” se caísse uma bomba no parlamento. “Se caísse hoje caísse uma bomba H dentro do parlamento, pode ter uma coisa, vira festa no Brasil (...) o parlamento como se encontrava e como se encontra, é lamentável, mas nós temos que governar com ele”.

 

 

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