Deputado defende prisão perpétua e pena de morte

Waldir (PR) comentou o assassinato brutal de um idoso e de suas duas filhas com o cabo de enxada, em Goiás, em troca de botijão e alimentos que estavam na casa

por Taciana Carvalho ter, 16/01/2018 - 15:36
Billy Boss/Câmara dos Deputados Billy Boss/Câmara dos Deputados

Ao comentar um crime brutal que aconteceu em Goiás, mais precisamente na zona rural da cidade de Catalão, no qual amarraram, torturaram e espancaram com o cabo de enxada até a morte um senhor chamado Geraldo Pires, 87 anos; e suas filhas Maria e Benedita, 61 e 66, respectivamente, o deputado federal Waldir (PR) chamou o crime de “hediondo, bárbaro e nojento” e defendeu a prisão perpétua ou pena de morte nesses casos de crimes hediondos. Os assassinatos que chocaram a população local aconteceram na madrugada do último sábado (13). 

O que motivou o crime surpreendeu ainda mais: os delinquentes roubaram 2 botijões de gás, queijos e carnes que estavam na geladeira, e duas armas que estavam na propriedade. Waldir chamou os que cometeram o ato, que ainda não foram localizados, de “vermes” e ironizou sobre o que vai acontecer quando eles forem encontrados. “Esses vermes ainda não foram identificados. Quando isso ocorrer, o delegado poderá pedir a prisão preventiva. Uma vez presos, serão sustentados por nós com direito a assistência médica, odontológica, psicológica, assistência social e advocatícia”.

O deputado lamentou o fato de que a Constituição Federal não permite a prisão perpétua nem tampouco a pena de morte. “Sou defensor nesses crimes hediondos de prisão perpétua ou de morte, mas hoje nossa Constituição não permite. Não vamos desistir. Minha solidariedade aos familiares das vítimas”, comentou no seu Facebook. 

“Antes que algum desinformado pergunte o que estou fazendo para mudar isso, aviso que não sou secretário de Segurança ou governador, mas que temos projetos na Execução Penal que tornam obrigatório o trabalho do preso, coloca como condições para progressão a indenização da vítima e seus familiares, que o preso pague pela sua estadia e custos no presídio e proíbe o contato físico do preso com família ou advogado”, declarou.

Direitos Humanos 

Ele ainda falou que os benefícios dos presos são absurdos. “A Defensoria ou outra entidade vai dizer que o local onde eles estão presos é desumano, insalubre, sem água, energia ou a comida não é de boa qualidade. A cadeia deveria ser sinônimo de punição e disciplina, mas hoje é covil dos Direitos Humanos. Amanhã ou depois, vocês continuaram vendo a propagando oficial do Estado dizendo que está ocorrendo a redução da criminalidade em Goiás ”, criticou o parlamentar. 

Waldir não é o único a defender a prisão perpétua. Em novembro do ano passado, durante uma entrevista concedida, o pré-candidato a presidente da República Jair Bolsonaro (PSC) chegou a dizer que, se dependesse dele, existiria. “Deixar esse pessoal lá [na cadeia] não é para pagar seu pecado não, é para que a sociedade fique livre do contato com esse tipo de gente. Esse tipo de gente não pode ter benefício de lei. No Brasil não tem prisão perpétua, se dependesse de mim teria prisão perpétua”, disse. 

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