“Eu não sou nazista, eu sou cristão”, diz Feliciano

O deputado federal ficou indignado com uma referência feita em uma rádio de que seria um nazista e também falou que nem todos os pastores são iguais

por Taciana Carvalho qui, 01/03/2018 - 19:55
Antonio Augusto / Câmara dos Deputados Antonio Augusto / Câmara dos Deputados

O deputado federal Marco Feliciano (PSC) fez questão de participar do Morning Show, na rádio Jovem Pan, para rebater declarações de um dos integrantes do programa, que anteriormente fez referência ao parlamentar sobre o nazismo, além de outras piadas como o formato de sua sobrancelha.  

O também pastor falou que não era nazista e disse que o nazismo foi a maior “mácula” da história da humanidade. “Eu não sou nazista, não tem nada pior que a história do nazismo. Eu sou cristão, com pensamentos cristãos e vivo em um estado democrático de direito e, por enquanto, posso falar o que eu quiser, ninguém pode tolher o meu direito como não posso tolher o direito de ninguém. Quando alguém acusa uma pessoa disso, ela está sendo tão nazista também”, rebateu. 

“Fui chamado de nazista, debocharam da minha sobrancelha apontando um norte como se eu fosse homossexual e que eu sou um ilustre solitário em qualquer festa que vá. Isso me deixou um pouquinho indignado porque tenho muitas pessoas que me seguem e tudo isso na minha ausência, o que é pior”, desabafou falando que, no mês passado, recebeu uma condecoração em Israel. 

O deputado tentou ser humilde ao contar que era pastor de uma igreja que possui 200 membros, no interior de São Paulo, na cidade onde nasceu. “Eu construi a igreja com o dinheiro do meu trabalho e eu dei a igreja para a sociedade. Quando falam de pastores, era como se fossem todos iguais e nem todos são iguais”. 

Marco Feliciano garantiu que não tem os gays como inimigos afirmando que o seu embate sempre foi com os ativistas gays. “O ativista é diferente do gay. O ativista é aquele que ganha do governo para isso e a briga deles comigo é porque eu sequei os cofres deles quando eu fui presidente daquela bendita ou maldita Comissão de Direitos Humanos, que nunca teve nome antes de mim. A briga dos ativistas não é por ideologia, é por cabide de emprego. Quando briguei por ele por esse quesito, me chamaram de homofóbico”, explicou. 

Feliciano expôs que já chegou a apanhar no aeroporto por algumas pessoas acharem que ele era homofóbico. “Eu apanhei dentro de aviões, inclusive virou piadinha e eu sempre fiquei quietinho. Meu espírito é cristão e o espírito cristão diz que quando você apanha de um lado do rosto, você dá o outro para bater”. 

Sobre as declarações que fez criticando o sucesso da cantora Pabllo Vittar, ele falou que não tem nada contra a artista e que nem conhece o seu repertório musical. “Eu vivo em outro mundo, mas eu tenho muitos seguidores e as pessoas perguntaram o achavam de uma pessoa que era 'um ilustre desconhecido' e que, de repente, alça altos voos. Eu falei sobre um pensamento político e na política não temos inimigos, temos adversários”, justificou. 

COMENTÁRIOS dos leitores