Correios da PB nega furto de munição que matou Marielle

O órgão emitiu uma nota dizendo que "não tem conhecimento sobre o suposto furto de carga pertencente à Polícia Federal". A versão do furto foi apresentada pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann

por Giselly Santos sab, 17/03/2018 - 15:17
Reprodução/ Facebook/ Marielle Franco Reprodução/ Facebook/ Marielle Franco

A superintendência dos Correios na Paraíba divulgou uma nota, neste sábado (17), afirmando que não tinha “conhecimento” sobre o fato de que a munição utilizada no assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Mariele Franco (PSOL), teria sido furtada na sede da instituição.

Segundo as investigações, as munições pertenciam um lote vendido à Polícia Federal de Brasília, mas o ministro Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann (PPS), disse nessa sexta-feira (16) que elas foram furtadas da sede dos Correios da Paraíba em 2006.

"A Superintendência dos Correios na Paraíba não tem conhecimento sobre o suposto furto de carga pertencente à Polícia Federal. Estamos disponíveis para fazer tudo que estiver ao nosso alcance para ajudar a elucidar esse crime, na parte que nos couber", declarou o órgão.

Ao esclarecer o fato durante uma entrevista nessa sexta, Jungmann disse também que “a Polícia Federal já abriu mais de 50 inquéritos por conta dessa munição desviada".

A vereadora Marielle Franco (PSOL) foi morta na noite desta quarta-feira (14), quando voltava do evento Roda de Conversa Mulheres Negras Movendo Estruturas, realizado na Lapa. Ela foi atingida por quatro tiros. O motorista Anderson Pedro Gomes que dirigia o carro também foi alvejado três vezes.

A polícia acredita que o caso se trate de execução, porque a parlamentar era envolvida era conhecida pelos seus posicionamentos contrários a atuação arbitrária da Polícia Militar do Rio. Um dia antes, inclusive, a vereadora denunciou a morte de um jovem no Jacarezinho e atribuiu o crime ao que chamou de “homicídios da polícia”.

 

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