STF pode colocar Aécio no banco dos réus nesta terça (17)

Caso os magistrados acolham a acusação, o senador vai para o banco dos réus e será julgado pelo pleno da Corte

ter, 17/04/2018 - 15:12
Orlando Brito/Fotos Públicas O senador foi denunciado por recebimento de propina Orlando Brito/Fotos Públicas

A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta terça-feira (17), a denúncia contra o senador Aécio Neves (PSBD-MG) por obstrução da justiça e corrupção passiva. A denúncia foi apresentada há mais de 10 meses pelo então procurador geral da República Rodrigo Janot e referendada pela atual chefe da Procuradoria, Raquel Dodge.

A Primeira Turma do STF é composta pelos ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Marco Aurélio Mello, relator do inquérito. Caso os magistrados acolham a acusação, Aécio vai para o banco dos réus e será julgado pelo pleno da Corte. 

Denúncia

De acordo com a denúncia, Aécio solicitou a Joesley Batista, R$2 milhões em propina, em troca de sua atuação política. A Procuradoria Geral da República (PGR) afirma ainda que o tucano tentou obstruir as investigações referentes à Operação Lava Jato usando de sua influência política, atuando no Congresso Nacional em favor de projetos que anistiavam políticos que utilizavam o caixa dois; e abuso de autoridade no direcionamento de delegados para assumir inquéritos específicos a fim de beneficiá-lo.

Também são alvos da denúncia a irmã do senador, Andrea Neves, e seu primo Frederico Pacheco, ambos acusados por corrupção passiva.

Defesa

 

Em entrevista coletiva concedida na última segunda-feira (16), Aécio disse estar sendo vítima de "uma situação forjada e arquitetada por criminosos confessos" e enfatizou que há uma perseguição contra políticos, por parte de membros do Ministério Público. "Não cometi qualquer crime, qualquer ilegalidade. Não existe dinheiro público envolvido, ninguém foi lesado, a não ser eu e minha família com as consequências que vocês conhecem", afirmou o senador. O tucano pediu para ter acesso às provas apresentadas contra ele.

Por Fabio Filho 

 

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