Conheça José Bezerra, o sósia do ex-presidente Lula

Autônomo homenageia o ex-presidente há mais de 12 anos. Para ele, o líder petista foi o melhor presidente que o Brasil já teve

por Taciana Carvalho qua, 12/09/2018 - 15:55

Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

O autônomo José Bezerra, 59 anos, nem se incomoda com o sol escaldante ao vestir um terno preto, destacado por uma gravata vermelha, em atos políticos realizados no Recife. O objetivo de José é se caracterizar de uma figura polêmica, que desperta admiração e repulsa: o ex-presidente Lula. Ele é firme e eleva o tom ao definir o líder petista como "o maior e melhor presidente que o Brasil já teve”. 

O admirador de Lula conta que realizou o sonho de conhecê-lo ainda quando este era presidente, ao desembarcar no Recife com o objetivo de participar de um evento para entrega de habitacionais. José, bem entusiasmado, disse que não esquece do encontro. “Conversamos bastante e eu lembro que ele brincou muito comigo e me agradeceu demais pela homenagem que fazia para ele. Foi inesquecível o meu encontro com ele. Hoje, mesmo Lula preso, eu continuo fazendo a homenagem”, disse. 

Também contou que foi convidado para representar Lula, no Centro de Convenções de Pernambuco, na estreia do filme “Lula, o filho do Brasil”. “Ele não podia vir, então fui lá e foi algo muito maravilhoso. Também vai ser sempre lembrado”. 

Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

José muda o tom e a fisionomia ao afirmar que outros políticos deveriam estar presos e não o petista. “Há outros que deveriam estar presos e não estão. Essa é a nossa Justiça. Ele vai ser solto, mas depois das eleições porque se fosse antes ele ganha em primeiro turno. Mas, já foi tudo programado. Prende o homem para ele não ser reeleito no primeiro turno, disseram”.

Ele foi uma das “atrações” das 24º edição do Grito dos Excluídos, que acontece todo dia 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil. Uma pequena fila chegou a ser formada para tirar com o “presidente Lula pernambucano”, que na ocasião estava com uma faixa presidencial e carregava uma mala com a frase “fui excluído”, em referência ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter barrado a candidatura de Lula em uma longa sessão que foi finalizada na madrugada do último dia 1 de setembro. 

José ainda falou que é importante participar de atos como o da semana passada porque as pessoas não podem ficar caladas. Ele também disse que não adianta só ficar resmungando, segundo ele, é preciso mobilização. “Não adianta ficar criticando a ou b, fulano ou outro, tem que participar e fazer acontecer a mudança na paz. A tolerância acima de tudo para não acontecer o que aconteceu com Bolsonaro”, lamentou o cidadão. 

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