Bolsonaro é líder da violência, dispara Gleisi Hoffmann

A presidente nacional do PT indagou o candidato à Presidência sobre como ele pretende governar o país se não tem condições de exercer a liderança sobre seus eleitores

por Giselly Santos qui, 11/10/2018 - 10:56
Reproducao/Facebook/Gleisi Hoffmann Dirigente do PT não poupou o candidato à Presdiência Reproducao/Facebook/Gleisi Hoffmann

Presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR) afirmou, em publicação nas redes sociais, que o candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), diz-se líder e, segundo a petista, ele realmente é, mas “da violência”.  A postura de Gleisi vem após o registro de dezenas de agressões em todo o país por parte de eleitores do candidato, por desentendimento político ou discordância do voto da vítima no primeiro turno.

“O deputado Bolsonaro se diz líder, é líder mesmo, da violência. Ele anda pelo Brasil incentivando os outros a matar quem pensa diferente, ergue metralhadoras ao céu, aponta o dedo com arma, aí quando seus eleitores matam alguém ele diz que sente muito”, argumentou Gleisi, citando o posicionamento de Jair Bolsonaro sobre as agressões e o assassinato de um homem na Bahia.

“Sente muito o que candidato? Sente muita culpa? Muito prazer? O senhor diz que não controla seus seguidores, como um líder não lidera seus liderados? Como o senhor vai governar o país se não tem condições de exercer a liderança?”, acrescentou, indagando a presidente nacional do PT.

No último domingo (7), uma jornalista foi agredida no Recife por dois homens logo após sair do seu local de votação, e um deles vestia uma camisa de Bolsonaro. A Polícia Civil de Pernambuco investiga o caso. No mesmo dia, o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa foi morto a 12 golpes de faca após uma discussão política em Salvador. A vítima declarou o voto em Fernando Haddad (PT) enquanto o agressor, que já confessou o crime por motivação política, defendeu o apoio a Bolsonaro.

Outros casos foram relatados pelo país, como o fato de uma médica ter rasgado a receita de um paciente após ele declarar que havia votado em Haddad e não no candidato do PSL. O episódio aconteceu em Natal, no Rio Grande do Norte. Também no Recife, a eleitora de Ciro Gomes (PDT) Pipa Guerra foi agredida por dois homens e uma mulher, apoiadores do candidato do PSL. Já no Rio de Janeiro, a transexual Jullyana Barbosa, 41 anos, foi alvo de homofobia.

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