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No plano político, a operação da Polícia Federal que atingiu o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) representou um forte desgaste para os planos do PL e da família Bolsonaro na eleição para a prefeitura do Rio. O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é a principal aposta do grupo ligado ao ex-presidente para a disputa na capital fluminense. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), trocaram palavras duras sobre a ação policial.

Valdemar criticou a operação da PF afirmando que ela tinha como objetivo atingir Bolsonaro e que só seria possível por Pacheco ser "frouxo" e "omisso" ao permitir diligências no Parlamento e por não "agir" para dar seguimento a um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

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'Iludir'

O presidente do Senado reagiu de forma enfática. Disse ser "difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o recurso eleitoral" e sugeriu que as críticas de Valdemar a Moraes são feitas apenas para "iludir seus adeptos".

"Difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral e não é capaz de organizar minimamente a oposição para aprovar sequer a limitação de decisões monocráticas do STF. E ainda defende publicamente impeachment de ministro do Supremo para iludir seus adeptos, mas, nos bastidores, passa pano quando trata do tema", afirmou Pacheco no X (antigo Twitter).

Nas redes sociais, Bolsonaro publicou vídeo de março do ano passado no qual o seu ex-diretor da Abin defende o uso do sistema de inteligência.

'Falsas narrativas'

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente, respondeu às suspeitas levantadas pela PF, alegando ser "mais uma tentativa de criar falsas narrativas para atacar o sobrenome Bolsonaro". "É mentira que a Abin tenha me favorecido de alguma forma, em qualquer situação. Isso é um completo absurdo", disse. "Minha vida foi virada do avesso por quase cinco anos e nada foi encontrado, sendo a investigação arquivada pelos tribunais superiores com teses tão somente jurídicas."

Embora reconheçam o desgaste, líderes do PL e até opositores acreditam que o fato não tem forças para lhe tirar da corrida eleitoral no Rio.

Antes de Ramagem, outro pré-candidato do PL à prefeitura do Rio também já havia sido atingido por uma operação da PF. Em setembro do ano passado, a polícia realizou uma investigação contra desvios de R$ 4,6 milhões na intervenção federal no Rio, sob o comando do general Walter Braga Netto, que foi ministro e candidato a vice de Bolsonaro em 2022. Um mês depois, ele foi definitivamente tirado da disputa ao ser tornado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por usar eventos do 7 de Setembro para difundir sua campanha eleitoral.

'Atores exógenos'

Procurada, a Abin não havia se manifestado até a noite de ontem. A diretoria da União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis) divulgou nota cobrando a valorização dos funcionários de carreira do órgão e a preservação da independência da agência.

"Se confirmados os ilícitos apurados, a problemática gestão da Abin por Alexandre Ramagem e seus assessores reforça a importância de a agência ser gerida por seu próprio corpo funcional, e não por atores exógenos politicamente condicionados, como no governo anterior", diz o comunicado. "A Inteligência de Estado tem que ser preservada do debate político-partidário."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a Vale em seu perfil no X, novo nome do Twitter, nesta quinta-feira, 25. Ele mencionou a ruptura da barragem da mineradora em Brumadinho (MG). Lula tem feito pressão para emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega no Conselho de Administração da empresa.

"Hoje faz 5 anos do crime que deixou Brumadinho debaixo de lama, tirando vidas e destruindo o meio ambiente. 5 anos e a Vale nada fez para reparar a destruição causada. É necessário o amparo às famílias das vítimas, recuperação ambiental e, principalmente, fiscalização e prevenção em projetos de mineração, para não termos novas tragédias como Brumadinho e Mariana", diz a postagem no perfil do presidente Lula.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o Brasil poderia ser consagrado como a quinta economia do mundo, mas que há pessoas no País que "teimam" em fazê-lo retroceder. Ao criticar a privatização da Eletrobras, ele disse estar ainda mais otimista com o crescimento econômico do Brasil.

"Este país já poderia estar consagrado como a quinta economia do mundo há muito tempo, mas há muita gente nesse país que teima em retroceder. O que fizeram com a nossa Petrobras? A privatização da Eletrobras? A privatização da Eletrobras, as pessoas não gostam que se fale, mas foi um escárnio nesse país o que se fez num setor estratégico como o setor de energia", disse o presidente nesta quinta-feira (18), em evento na Bahia.

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Lula iniciou nesta manhã um "giro" pelos Estados do Brasil para melhorar a imagem do governo em um ano de eleição municipal. Segundo o presidente, visitar os entes federados será uma "rotina" sua daqui para frente.

Na Bahia, o chefe do Executivo discursou por mais de 20 minutos com forte tom eleitoral.

Na fala, Lula criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro, sem citá-lo nominalmente, e disse que iniciou seu mandato em 2023 com um país "devastado por uma praga de gafanhoto".

O presidente confirmou que se reuniu, na noite de quarta-feira (17), com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo Lula, eles conversaram por cerca de duas horas sobre o "futuro econômico do País".

"Sou mais otimista hoje do que eu era durante a campanha [eleitoral]", disse. "Esse país nunca será o país que queremos se não levarmos em consideração que é preciso melhorar a qualidade de vida de cerca de 80% da população", comentou o presidente da Repúblicas, acrescentando que quer construir uma sociedade com "padrão de classe média".

Ele disse que viajará aos Estados como forma para mostrar que "coisas boas acontecem no País". "Às vezes, você fica sentado à frente da televisão e você quase entra em depressão porque acha que nada está acontecendo de bom no País", afirmou.

Dentre os investimentos que fará no Brasil, Lula disse que terá foco na educação. "Esse abuso do crime organizado, posso dizer que tem mil causas, mas a principal é a ausência do estado brasileiro em não cuidar das pessoas no tempo certo", comentou.

Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia

As declarações ocorreram em evento de assinatura do acordo de parceria firmado pelo governo federal, por meio do Ministério da Defesa e do Comando da Aeronáutica, com o Estado da Bahia e o Senai Cimatec para a criação do Parque Tecnológico, que será instalado, futuramente, na Base Aérea de Salvador. A cerimônia ocorreu no período da manhã.

A expectativa é que sejam investidos R$ 650 milhões na construção do parque e um valor equivalente em equipamentos e laboratórios. As ilhas de atuação do parque serão divididas em quatro vertentes: Espaço, Defesa, Mobilidade Aérea Avançada e Aeronáutica Comercial.

De acordo com o superintendente de Novos Negócios do Senai Cimatec, André Oliveira, é esperado que, no primeiro semestre de 2025, já seja possível ter operações no Parque Tecnológico.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais, neste domingo (15), para criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por não visitar o Rio de Janeiro após as fortes chuvas que atingiram o Estado neste fim de semana. No Instagram, o ex-chefe do Executivo questionou "por onde anda o Lula, braço do Eduardo Paes, para ajudar o Rio de Janeiro nestas enchentes causadas pelas chuvas das últimas horas?".

"Ahhhh... eles está viajando pelo mundo com o seu par, assim como ocorrido no Rio Grande do Sul", completou, em referência aos temporais no Estado em setembro e outubro do ano passado. Lula não visitou o Rio Grande do Sul nas duas ocasiões e sofreu críticas de opositores.

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O presidente anunciou a liberação de R$ 1,6 bilhão para auxiliar a população afetada pelas fortes chuvas no Vale do Taquari, região central do Estado. Uma linha de crédito no valor de R$ 1 bilhão também foi aberta, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para recuperar a economia das cidades afetadas pelo desastre. E outros R$ 600 milhões de FGTS foram liberados para 354 mil trabalhadores da região.

O temporal que atingiu cidades do Rio ocorreu em razão do avanço de uma frente fria. O deslocamento encontrou uma área de baixa pressão, de acordo com explicação do meteorologista Heráclito Alves, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), favorecendo as fortes chuvas. No Rio, 11 morreram.

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência diz, em nota, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com os prefeitos do Rio, Eduardo Paes (PSD), e de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro (Republicanos), e "garantiu todo o apoio do governo federal ao trabalho das prefeituras e assistência da população atingida pelas chuvas".

"O presidente Lula designou os ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, além da Defesa Civil para visitar a cidade e adotar as medidas necessárias para atender a população local", diz em nota.

O prefeito de Belford Roxo publicou um trecho da ligação que recebeu do presidente neste domingo (14). No Instagram, Waguinho, como é conhecido o mandatário, agradeceu o contato de Lula. "Estou em contato direto com o presidente Lula, que é um grande aliado de Belford Roxo. Ele me ligou para saber sobre a situação de nossa cidade e, nos próximos dias, estaremos fazendo o levantamento de tudo o que será necessário para reconstruir tudo o que a chuva levou", escreveu.

"Nós vamos te ajudar, meu querido. Fique tranquilo. Nós vamos te ajudar. Pode dizer aos companheiros que o governo federal não faltará com Belford Roxo", diz Lula, em um dos trechos da conversa.

O presidente orienta o prefeito a preparar um relatório dos danos causados pelas chuvas para enviar para o Ministério da Integração e se compromete a auxiliar a região.

Eduardo Paes também compartilhou, via redes sociais, que recebeu uma ligação de Lula "colocando recursos federais à disposição da cidade do Rio". "Já apresentei a ele os projetos que temos para a recuperação da bacia do rio Acari. Muito obrigado pela atenção de sempre presidente amigo do Rio", escreveu o prefeito da capital fluminense.

O ex-presiente Jair Bolsonaro (PL) criticou o governo Lula (PT), através da  rede social X, antigo Twitter, por exigência de visto a tripulantes de companhias aéreas estrangeiras. Na publicação, o ex-chefe do Executivo afirma que a atual gestão está "fazendo tudo para prejudicar o Brasil". Além disso, ele alega que, desde 1995, o país não "exigia visto de tripulantes de aeronaves de companhias estrangeiras".

"A volta dessa exigência causará prejuízo de centenas de milhões de reais anuais ao setor de turismo ( hotéis, restaurantes, bares e etc) visto que estes turistas com poder de gastos elevados voltarão a procurar países que não exigem vistos como os do Caribe", escreveu Bolsonaro. Confira a publicação: 

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O anúncio da adesão do Brasil à Opep+, grupo expandido que agrega os 13 membros da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) e mais dez países, provocou críticas de organizações não governamentais ambientais. Representantes de ONGs apontam que a iniciativa "contradiz" o discurso do governo brasileiro de limitar as emissões de combustíveis fósseis.

"O Brasil diz uma coisa, mas faz outra na COP-28. É inaceitável que o mesmo país que afirma defender o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C anuncie agora sua aliança com o grupo dos maiores produtores de petróleo do mundo", afirmou Leandro Ramos, diretor de programas do Greenpeace Brasil.

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Peri Dias, representante da 450.org na América Latina, questionou: "O Brasil quer ser um líder climático ou um Estado dependente de combustíveis fósseis? Não pode ser ambos ao mesmo tempo." Segundo ele, o País "precisa ser mais claro em seus compromissos e defesa para eliminar progressivamente os combustíveis fósseis e expandir as energias renováveis se quiser ser o líder que pretende ser para a COP-30", que será realizada em Belém, no Pará, em 2025. "O Brasil precisa pressionar firmemente pelo completo abandono do petróleo, gás e carvão no texto final da COP-28", afirmou.

Para Ramos, do Greenpeace, entrar na Opep+ é uma decisão "completamente equivocada e perigosa", que ocorre em um momento em que o País deveria se preocupar em acelerar a transição energética e criar planos para eliminar progressivamente os combustíveis fósseis. "Não basta se comprometer com a desmatamento zero, o governo brasileiro deve adotar uma postura contra os combustíveis fósseis se quiser assumir um papel de liderança climática mundial", disse.

A Opep+ anunciou a adesão do Brasil, a partir de janeiro de 2024, em sua última reunião realizada em Viena na quinta-feira passada. No sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28), em Dubai, que o Brasil vai entrar no grupo, mas não vai "apitar nada" nas decisões do bloco. Ele argumentou que a participação brasileira é importante para convencer países produtores de petróleo a reduzirem a exploração de combustíveis fósseis.

Neste domingo, 3, antes de embarcar para Berlim, na Alemanha, o presidente voltou a falar do assunto. "O Brasil não será membro efetivo da Opep nunca porque nós não queremos. Agora, o que nós queremos é influenciar", afirmou.

Segundo informações do Ministério de Minas e Energia, a adesão à Opep+ não vai impor ao País nenhuma cota máxima de produção de petróleo.

O Brasil, atualmente o maior produtor de petróleo da América Latina, se tornará o vigésimo quarto membro da Opep+ e o terceiro da região, ao lado do México e Venezuela, este último, um dos cinco países fundadores do cartel da Opep em 1960 e que hoje conta com as maiores reservas de petróleo do mundo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro criticou a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, ao Supremo Tribunal Federal (STF), em discurso neste sábado, 2. Em evento do PL Mulher no Rio Grande do Norte, ela afirmou que "não existe comunista cristão" e disse que Dino é um "lobo em pele de cordeiro". Michelle ainda reproduziu a informação enganosa de que o ministro teria dito que segue o que Lenin pregava, o que incluiria "destruir a família e a espiritualidade".

No discurso, a ex-primeira-dama afirmou que seus adversários políticos disseminam "ideologias malignas" e são "pessoas do mal, sim". Ela opinou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enganou os eleitores cristãos com a indicação de Dino ao STF. "Sabe o que é enganar? Quando o líder assina um acordo com a igreja e agora indica um senhor extremamente comunista para o STF. Isso é falso moralismo e isso é enganar e ludibriar os cristãos", discursou.

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"Aí o senhor indicado para o STF fala assim: ‘sou comunista, graças a Deus’. Isso é uma doença. Ele precisa ter a verdade na vida dele. Esse é o papel do pai da mentira: te enganar, distorcer", acrescentou.

Michelle continuou dizendo que Dino "combate a família e os bons costumes". Em seguida, ela reproduziu uma fake news sobre o ministro que circulou nas redes sociais esta semana e foi desmentida pelo Estadão Verifica.

Em um vídeo compartilhado por usuários no Instagram, Dino afirma que faz o que o líder soviético Vladmir Lenin recomendava, ou seja, usar o "idiota útil" na linha de frente, incitar o "ódio de classe" e "destruir a família e a espiritualidade".

Na realidade, as frases foram falsamente atribuídas ao russo. O que Dino queria dizer, e que foi cortado do vídeo que circula nas redes, é que na visão de Lenin, a recomendação era a "análise concreta da situação concreta".

Na sequência, Michelle criticou Dino por publicar uma foto com o arcebispo de Brasília, Paulo Cezar Costa. Os dois posaram juntos segurando a Bíblia. "Hoje visitei o Cardeal Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília, que me acolheu com muita fraternidade, bençãos e palavras de Fé. E me presenteou com uma bela edição da Bíblia, que estará comigo nos próximos anos", escreveu o ministro na postagem.

No discurso, Michelle afirmou: "Se ele é comunista, ele é contra os valores e princípios cristãos. Porque o comunismo foi o que mais perseguiu os cristãos. Não existe comunista crstão. É de contramão com a palavra de Deus. A gente não pode aceitar esse tipo de gente no poder".

A ex-primeira-dama também criticou outros setores do governo, em especial os gastos com publicidade e com viagens do presidente e da atual primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja. Michelle a apelidou de "viajajante". "Pregam o comunismo e amam tudo que o capitalismo pode proporcionar. E amam viajar, viu? É uma duplinha que ama viajar", ironizou.

Em outro momento da fala, Michelle disse ser perseguida politicamente. Ela citou episódios em que teria recebido transferências em cheque do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz e joias presenteadas por governos estrangeiros.

A ex-primeira-dama afirmou que os adversários políticos inventam narrativas mentirosas. "Eles matam. Eles se envolvem em corrupção e tira do povo, matam as pessoas em filas de hospitais. Eles assassinam reputações. Destroem a moral, destroem a sociedade com ideologias malignas. Eles são pessoas do mal, sim", discursou.

Michelle convoca ‘mulheres de bem’

A ex-primeira-dama afirmou que o objetivo do PL é formar novas lideranças "femininas", não "feministas", e convocou as "mulheres de bem" a se juntarem à legenda. Michelle ressaltou que, apesar da vida corrida, gosta de "cuidar do meu galego dos olhos azuis", em referência a Bolsonaro.

Para a ex-primeira-dama, as mulheres têm um jeito diferente de fazer política, porque sabem "transformar dor em causa". "A cota é importante? É, mas nós queremos a mulher porque ela é a protagonista da própria história. Diferente do atual ‘desgoverno’, que só valoriza a mulher em época de campanha", discursou.

A reportagem não conseguiu contato com a assessoria de Michelle.

Galvão Bueno criticou bastante a seleção brasileira após a derrota para a Colômbia, por 2 a 1, na noite de quinta-feira, em Barranquilla, pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026. O narrador de 73 anos se manifestou nas redes sociais afirmando que o resultado é uma "vergonha" para o Brasil e voltou a criticar o trabalho do técnico Fernando Diniz no comando interino da equipe nacional.

"Mais uma vergonha da seleção! Não dá pra ser assim! Não temos time!", exclamou Galvão. "O futebol autoral do Diniz consegue fazer o Fluminense jogar e conquistar a Libertadores, um trabalho de quase dois anos e que se treina todo dia!! Se treina muito, como disse o André! Coloca 2 ou 3 jogadores a mais para treinar a marcação da saída de bola. Isso é uma coisa de um dia a dia de um time de futebol, como o Fluminense!! Não em uma seleção, onde se tem dois dias para treinar e enfrentar a Colômbia em Barranquilla, com o calor, a umidade, é um horror."

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Esta foi a primeira vez na história das Eliminatórias em que a seleção perdeu para a Colômbia. Jogando sem Neymar, o Brasil saiu na frente logo aos três minutos de partida, com Gabriel Martinelli. Os comandados de Diniz sucumbiram à pressão do adversário na etapa final e viram o atacante Luis Díaz, do Liverpool, balançar as redes duas vezes e garantir a vitória de virada para os donos da casa.

A desorganização do time brasileiro no segundo tempo foi detonada por Galvão. "Não dá pra escalar quatro atacantes, dois volantes, a Colômbia tinha cinco no meio de campo! O Brasil teve domínio em cinco minutos do jogo! E acabou! A Colômbia dominou o resto do jogo inteiro! Foram 23 ou 26 finalizações, não lembro agora!! Contra, sei lá, dez da seleção! 2 a 1 foi pouco!", escreveu. "Diniz, calma! Não dá pra jogar dessa forma! Nenhum time vai conseguir jogar dessa maneira sem treinar, como vc faz com o Fluminense todos os dias e treinando sempre muito duro!"

A seleção brasileira está sem vencer há três jogos e amarga duas derrotas consecutivas, algo inédito na história das Eliminatórias. O Brasil está na quinta colocação, com sete pontos, atrás até mesmo da Venezuela. O próximo compromisso da seleção será contra a campeã mundial Argentina, na terça-feira, às 21h30 (horário de Brasília), no Maracanã, pela sexta rodada da competição.

O 30º Prêmio Multishow foi realizado na noite de terça-feira (7), na Jeunesse Arena, Rio de Janeiro. Apresentado por Ludmilla, Tatá Werneck e Tadeu Schmidt, o evento reuniu - em um encontro caótico - veteranos e novos nomes do cenário da música brasileira. 

Na abertura, Pedro Sampaio mostrou um medley de sucessos. O DJ dividiu o palco com Joelma, Samuel Rosa, Tati Quebra-Barraco, entre outros astros, tentando animar um público que só foi ao local para filmar as atrações. Após a apresentação de Pedro, uma onda enfadonha se fez presente do começo ao fim da transmissão.

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Com uma programação recheada de artistas, a premiação celebrou sua edição de forma amadora. Os selecionados para embalar a noite dividiram seus momentos de bilho com outros profissionais, fazendo da festa um suprassumo de erros e improvisações. Tatá Werneck, uma das anfitriãs, teve que se virar nos 30 para tapar os buracos.

Conhecida pelo humor ácido, a estrela da novela Terra e Paixão suou para arrancar umas boas gargalhadas das pessoas. Com o slogan 'A música mexe com o Brasil', o Prêmio Multishow só fez provar que números não são os salvadores de um bom entretenimento. A qualidade sempre será o destaque de qualquer projeto idealizado com coerência, dedicação e equilíbrio, elementos esses que faltaram na cerimônia.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos) reagiram às recentes declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que demonstram uma tentativa de distanciamento da imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O mineiro pontuou diferenças entre ele e Bolsonaro, em evento na segunda-feira, 25, como a atuação na pandemia de covid-19 e a presença de familiares da política. Também defendeu a "união da direita" em congresso no fim de semana.

A empresários, nesta segunda, o governador justificou a campanha que fez a favor de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 e de 2022, dizendo que o apoio se deu por causa do seu antipetismo, e não pela concordância com as ideias do ex-presidente.

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"Em Minas Gerais, apesar de nós termos 320 mil funcionários públicos, eu não tenho nenhum parente. Então, também temos aí uma diferença. Família para lá, negócios e carreiras para cá. São algumas diferenças. Mas eu tenho muito mais proximidade com ele (Bolsonaro) do que com quem governou Minas antes", acrescentou o governador. A gestão anterior à dele foi do PT.

A declaração foi alvo de críticas dos filhos do ex-presidente. Eles argumentaram que a ascensão política deles ocorreu pela influência do pai, mas que foram eleitos. "'Vamos unir a direita', 'Família para lá, negócios para cá'. A propósito, eu e meus irmãos fomos eleitos (e bem eleitos graças ao Jair Bolsonaro)", escreveu Eduardo, o filho "03", no X (antigo Twitter) nesta terça-feira, 26.

"Atacar a família acontece bastante quando não parecem gostar muitos dos seus e acabam usando essa baixeza digna de um malandro com cara de pastel", disse Carlos, o "02", também na rede social, nesta quarta, 27.

Carlos ainda chamou o governador de Minas de "insosso e malandro" e afirmou que ele "traz consigo uma colocação ardilosa digna de João Doria, aquele que pede desculpas a Lula depois de sempre ter usado Bolsonaro". Ele se referiu ao pedido de desculpas do ex-governador de São Paulo por falas sobre a prisão do petista.

No evento na segunda, Zema também lembrou das posturas que adotou durante a pandemia, antagônicas às de Bolsonaro. Zema tomou quatro doses de imunizante contra a covid-19 e incentivou a população de Minas a se vacinar. "Sou de um partido diferente dele (Bolsonaro). Durante a pandemia, tive uma posição totalmente diferente da dele."

Eduardo Bolsonaro também rebateu a declaração, com o compartilhamento de uma notícia do Portal R7, de março de 2021, que dizia que lojas da família de Zema ficaram abertas e funcionaram normalmente durante o período do isolamento social.

'União da direita'

No último sábado, 23, durante um congresso conservador em Belo Horizonte, Zema defendeu a união da direita e foi interrompido por uma pessoa da plateia com discurso antivacina. Fábio Wajngarten, assessor pessoal do ex-presidente, rebateu as declarações do governador nas redes sociais.

"Bolsonaro vem sendo perseguido desde janeiro de 2023. Não tem nenhuma ligação no meu celular, que está à disposição, 24/7 ligado, de ninguém pregando a união, nem oferecendo solidariedade, nem sugestão, nem nada. É tudo jogo de oportunismo político. Não passarão!", escreveu nas redes sociais.

No dia seguinte, no mesmo evento, Bolsonaro citou que "a direita sempre esteve unida". "O que nos falta é cada vez mais acertarmos o nosso norte", afirmou o ex-presidente, sem citar Zema.

No final de agosto, o governador mineiro condecorou o ex-presidente, entregando-lhe o título de cidadão honorário de Minas. Os dois dividem o mesmo segmento político, mas nos últimos dias Zema tem protagonizado declarações que sinalizam intenção de se descolar da imagem do ex-presidente. Bolsonaro é investigado em diversas frentes, como nos casos das joias desviadas do acervo da Presidência da República e da falsificação de comprovantes de vacinação, além da trama para se dar um golpe de Estado no Brasil.

Apoio ou distanciamento

Desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Bolsonaro inelegível, a direita tem discutido quem pode ser o seu sucessor nas próximas eleições. Apesar de estar fora da disputa, o ex-presidente tem atuado ao lado de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, na costura das candidaturas de 2024.

Eles se encontraram diversas vezes com o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que rivaliza as primeiras pesquisas de intenção de voto com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). O PL aposta em uma aliança na candidatura de Nunes enquanto cultiva outros nomes, como o do senador e ex-ministro Marcos Pontes.

No feriado da Independência, data cara ao bolsonarismo, Nunes disse durante um almoço que não é íntimo de Bolsonaro e que aguarda apoio à sua candidatura em 2024 "no tempo" do ex-presidente, afirmando-se como um político de centro. Questionado por um dos presentes, o prefeito disse "Eu, do lado do Bolsonaro?", frase que gerou mal-estar entre o clã bolsonarista.

Fidelidade em risco

Zema e Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, são dois nomes que disputam o espólio do bolsonarismo para as eleições de 2026. A fidelidade com o ex-presidente tem sido colocada em risco porque, além da inelegibilidade, cravada pela Justiça Eleitoral, Bolsonaro está no centro de investigações que têm fechado o cerco em torno dos seus apoiadores.

Entre elas, está o caso das joias sauditas. A Polícia Federal suspeita que ele seja o líder de um esquema internacional de venda de bens de alto valor recebidos em agendas oficiais. O ex-ajudante de ordens, Mauro Cesar Barbosa Cid, estava preso desde o começo de maio e foi solto no dia 9 de setembro depois de fechar um acordo de colaboração premiada.

Os termos do acordo estão sob sigilo, mas trechos já revelados mostram que Cid falou às autoridades sobre uma reunião que Bolsonaro fez com as Forças Armadas sobre a possibilidade de um golpe de Estado. O ex-presidente tentou acessar o conteúdo da delação, sem sucesso.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou, nesta terça-feira (19), que a representação desigual e distorcida na direção do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial é inaceitável. O chefe do Executivo do Brasil disse que, quando instituições reproduzem desigualdades, elas fazem parte do problema e não da solução.

"No ano passado, o FMI disponibilizou US$ 160 bilhões em direitos especiais de saque para países europeus, e apenas US$ 34 bilhões para países africanos. A representação desigual e distorcida na direção do FMI e do Banco Mundial é inaceitável. Não corrigimos os excessos da desregulação dos mercados e da apologia do Estado mínimo. As bases de uma nova governança econômica não foram lançadas", disse Lula durante a 78ª Sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

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No cenário mundial, Lula avaliou que o protecionismo dos países ganhou força, enquanto a Organização Mundial do Comércio (OMC) permanece paralisada, em especial o seu "sistema de solução de controvérsias".

O presidente afirmou ainda que o Brics - grupo de países emergentes - surgiu justamente na esteira desse "imobilismo" e se transformou em uma plataforma estratégica para promover a cooperação entre as nações.

"Somos uma força que trabalha em prol de um comércio global mais justo num contexto de grave crise do multilateralismo", avaliou Lula.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dirigiu duras críticas à Rússia, durante seu discurso na manhã desta terça-feira (19) na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. Além disso, tratou brevemente da China, ao dizer que seu governo não busca um "desacoplamento" em relação à economia chinesa, mas deseja "reduzir riscos" em relação à potência asiática, sem buscar conflito.

Em outro momento do discurso, reafirmou a defesa de uma reforma no Conselho de Segurança da ONU.

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Biden disse que a Rússia tem conduta "irresponsável" na questão do controle de armas, ao abandonar iniciativa bilateral com os EUA para conter algumas classes de armamentos. Enfatizou que considera a Rússia "a única responsável" pela guerra "ilegal" na Ucrânia, e reafirmou o apoio ao povo ucraniano.

Como adiantado antes pela Casa Branca, Biden enfatizou a importância de se defender a Ucrânia e impedir sua divisão, inclusive como garantia de segurança para todos os países.

O presidente norte-americano também defendeu a importância de medidas coletivas para lidar com outras questões importantes, como as mudanças climáticas e seus riscos para toda a humanidade. Biden ainda mencionou alguns países que enfrentam problemas, como a Líbia, que sofreu enchentes recentes, e defendeu o envio de missão da ONU para ajudar o Haiti.

Sobre o Irã, disse "reafirmar" que o país não pode nunca possuir armas nucleares.

O cantor Baco Exu do Blues foi uma das principais atrações do Wehoo Festival, em Olinda, no último sábado (16). Após cantar no evento pernambucano, o músico acabou sendo detonado nas redes sociais. Algumas pessoas que foram ao show criticaram bastante a performance do artista. Nesta segunda-feira (18), Baco resolveu fazer um desabafo.

No Twitter, o baiano contou que não está se sentindo bem. "Estou me esforçando pra entregar o melhor possível pra vocês, mas não estou bem. Desculpa a todo mundo que tem carinho por mim e ama minha música. Eu vou melhorar, estou me cuidando. Espero que entendam".

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Assim que fez o relato, Baco recebeu diversas mensagens dos seguidores. Um dos usuários da plataforma comentou: "Espero que fique bem, mas foi uma vacilada braba, paizão. Nem fã conseguiu te defender".

Veja a postagem de Baco Exu do Blues:

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A Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados publicou nota técnica em que avalia que um dos dois vetos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à lei do novo arcabouço fiscal fragiliza a nova regra fiscal. Os técnicos questionam o veto ao artigo que proibia o governo de propor quaisquer novas exceções à meta de resultado primário a cada lei anual de diretrizes orçamentárias (LDO).

Segundo o documento, o veto não se mostra compatível com os fundamentos do novo arcabouço fiscal. "Permitir que as LDOs possam abater determinadas despesas da apuração da meta fragiliza o espírito da regra fiscal, reduz a transparência da gestão e cria precedente que tende a ser ampliado ao longo dos anos, como ocorreu em período passado", alertam os técnicos.

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A nota lista as diversas vezes em que governos utilizaram o expediente para burlar as metas de primário. Por exemplo, a LDO de 2006 excluiu da meta R$ 3 bilhões em favor dos projetos do Plano Piloto de Investimento (PPI), chegando a uma redução de R$ 15,57 bilhões em 2009. Em 2010 a LDO excluiu da meta gastos de R$ 28,9 bilhões referentes ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), respectivos restos a pagar e excesso de meta do ano anterior. Em 2014 o montante abatido com PAC e desonerações chegou a R$ 67 bilhões.

"A possibilidade de excluir despesas para aferimento do cumprimento da meta primária reduz a previsibilidade dos objetivos econômicos a serem perseguidos. A meta primária é um sinalizador da política fiscal e só será efetiva como tal se o compromisso expresso for crível", completam os técnicos. Em caso de necessidade ou conveniência de gasto excepcional superior, seria mais transparente e realista a fixação, de partida, de meta menos ambiciosa, ou a alteração legislativa para a redução da meta primária, evidenciando-se os custos e impactos da política pretendida", completa a nota da Consultoria de Orçamento.

Precatórios

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já argumentou que o veto apontado pelos consultores da Câmara teria como único objetivo manter o encontro de contas em precatórios, que atualmente fica à margem das metas de resultado primário. Segundo o ministro, o pedido para o veto veio da área técnica do governo, e não da Fazenda.

"Na LDO tem um dispositivo, que já vem desde 2023, e permite o encontro de contas de precatórios. Não se quer tirar isso da LDO por causa da flexibilidade. Não foi decisão política, veio da área técnica o pedido para não engessar esse dispositivo. O alerta técnico é de que isso dificultaria transações", alertou o ministro, na coletiva de apresentação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024.

Na ocasião, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também reiterou que o encontro de contas de precatórios pode ser a favor da receita ou contribuinte e que não seria bom engessar isso de forma perene. "Nada impede que o Congresso estabeleça que o encontro de contas só vale para precatórios", disse.

Organizações que defendem o combate à corrupção no País criticaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por sugerir, nesta terça-feira, 5, que os votos proferidos por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sejam sigilosos. Em nota, a Transparência Internacional Brasil e o Instituto Não Aceito Corrupção (Inac) reforçaram que a publicidade dos julgamentos é essencial para a manutenção da democracia, e classificaram a proposta como um retrocesso.

Nesta terça-feira, 5, Lula disse que "ninguém precisa saber" os votos dos ministros da Suprema Corte. A sua declaração ocorre no momento em que Cristiano Zanin, indicado por ele ao cargo, é alvo de críticas da esquerda, inclusive do PT, por posicionamentos contrários a temas considerados progressistas e sociais.

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"Eu, aliás, se pudesse dar um conselho, é o seguinte: a sociedade não tem que saber como é que vota um ministro da Suprema Corte. Sabe, eu acho que o cara tem que votar e ninguém precisa saber. Votou a maioria 5 a 4, 6 a 4, 3 a 2. Não precisa ninguém saber", disse no programa "Conversa com o Presidente", live semanal produzida pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

"Para a gente não criar animosidade, eu acho que era preciso começar a pensar se não era o jeito de a gente começar a mudar o que está acontecendo no Brasil. Do jeito que vai, daqui a pouco um ministro da Suprema Corte não pode mais sair na rua, não pode mais passear com a sua família, porque tem um cara que não gostou de uma decisão dele", complementou.

 

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Sigilo pode tornar o Judiciário mais distante da sociedade

Na nota da Transparência Internacional Brasil, assinada pelo diretor-executivo Bruno Brandão, a organização afirma que o Poder Judiciário é o mais elitista e menos transparente dos Três Poderes, e que a introdução do sigilo o tornará "ainda mais opaco e distante da sociedade" e na "direção contrária a qualquer projeto de democratização".

"Conquistas como a TV Justiça cumprem verdadeiro papel de pedagogia constitucional, ajudando a enfrentar o déficit histórico de cidadania em nosso país. Ao contrário do que Lula sugeriu, o Brasil precisa discutir e tratar com urgência as profundas desigualdades no acesso à Justiça. O que demanda mais, não menos transparência", disse a Transparência Internacional Brasil.

A organização declarou que o País precisa discutir as desigualdades no acesso à Justiça e os ataques destinados aos ministros do STF. "Este respeito não se construirá afastando a sociedade da Justiça e, sim, com mais acesso à informação, educação, debate público de qualidade e fomento à cultura democrática", afirma.

Sugestão de Lula é uma hipótese "inadmissível", diz Inac

A TV Justiça, citada pela nota assinada por Brandão, também foi aclamada pelo Instituto Não Aceito Corrupção, que apontou que a sua criação em 2002 permitiu que a sociedade acompanhasse o trabalho feito pelos ministros. Segundo o Instituto, a fala de Lula causou "uma profunda perplexidade" e a sua sugestão não encontra amparo na Constituição.

"A proposição, sem respaldo constitucional, vem na contramão da necessária constante prestação de contas de cada um dos integrantes dos Três Poderes à sociedade, exceção natural óbvia a temas judiciais que digam respeito à intimidade, que terão individualmente o sigilo decretado, caso a caso, se necessário. É obviamente inadmissível a hipótese de generalizar o sigilo para os votos", afirmou a organização.

Para o Inac, a possibilidade de um sigilo generalizado motivado por conta de reações sociais "não é plausível". "É necessário ter-se a maturidade e serenidade para lidar com tais comportamentos, legítimos numa democracia", destaca a organização.

A semana começou fervendo no entretenimento brasileiro, principalmente para o lado do ator Marcus Majella. O humorista não pensou duas vezes quando resolveu criticar algumas posturas do ex-namorado, Guilherme Castro. Prints de um exposed mostraram que o integrante do programa Vai Que Cola chegou a dizer que bancava o produtor.

"A maricona do meu ex me acompanha igual novela aqui nos Stories", disse ele na postagem, que posteriormente acabou sendo apagada. Ainda na publicação, Majella revelou que Guilherme demonstrou até desinteresse com o cachorro de estimação.

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O comediante explicou: "Tem que ser um espírito muito ruim mesmo para cagar para um cachorro assim (e olha que a ideia de ter cachorro foi dele). Mas também nunca pagou uma ração enquanto estávamos juntos. Nunca pagou uma conta do veterinário".

De acordo com o conteúdo, Marcus Majella também custeava as contas de casa como condomínio e luz, além das despesas com as compras. "Até a faculdade da maricona eu pagava. Então vocês já imaginam o tipo de ser humano, né", disparou. Até o momento, Guilherme Castro não comentou sobre a exposição feita pelo agora ex-companheiro. Ele e Marcus Majella assumiram o namoro em abril de 2018. A relação chegou ao fim no início de 2022.

O termo 'terror adolescente' serve para designar um subgênero de filmes de horror, mas também virou um termo depreciativo para falar daquelas obras bobas, cheias de jovens que morrem aos montes, por causa de decisões estúpidas. Há, no entanto, bons exemplos de longas focados em protagonistas mais novos, como Corrente do Mal (2014) e February (2015).

Com o selo de qualidade da A24, Fale Comigo (Talk to Me), que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (17), chega elevando o nível e já se colocando como um clássico moderno. Escrito e dirigido pelos irmãos Danny e Michael Philippou, que ganharam notoriedade com os vídeos do canal de YouTube RackaRacka, o filme dá um up grade nas histórias de exorcismo e oxigena o estilo.

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Em Fale Comigo, um grupo de jovens australianos tem em seu poder uma misteriosa mão embalsamada que invoca espíritos quando alguém a segura. Em posse desse objeto macabro, o passatempo da galera é chamar por essas almas penadas, ser possuído por elas, filmar com o celular e postar na internet.

Quem resolve 'se chegar' nesse povo é a jovem Mia (Sophie Wilde), que está passando por vários problemas e quer se enturmar. Sua mãe morreu recentemente, ela não fala com o pai e vive momentaneamente na casa de uma família amiga. Se tinha alguém que não deveria se meter com ocultismo era ela, mas ela se mete mesmo assim.

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E como é um filme de terror, uma hora a brincadeira daria errado e a mãozinha iria liberar uma coisa não muito agradável. Mas Fale Comigo não é apenas sobre jovens metidos em encrencas infernais, a trama traz todo um subtexto sobre abuso de drogas, luto, traumas psicológicos e sociais e debate como essa geração se expõe demais (e expõe ou outros) nas redes sociais. 

Fale Comigo, no entanto, não é 'cabeça'. Em momento algum, os diretores se esquecem que estão nos contando uma história de maus espíritos. Tem tudo que tem que ter: susto, sangue, grito, coisas se movendo no escuro, cenas que fazem qualquer um se contorcer na cadeira do cinema. Segura na mão do capeta e vai, que o filme é ótimo.

O jovem Jaime Reyes ganha superpoderes, quando um misterioso escaravelho se prende ao seu corpo e lhe 'presenteia' com uma poderosa armadura alienígena. Começa assim a saga de Besouro Azul, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (17), e é uma grata surpresa.

Para a pouca expectativa que havia sido colocada, o filme entregou mais do que o esperado. As atuações são boas, o enredo é redondo e traz várias referências à cultura latina, que é o ponto forte da película.

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Muitos brasileiros irão ver Besouro Azul na expectativa da estreia de Bruna Marquezine em Hollywood e não vão se decepcionar. A atriz entrega uma ótima atuação e se apresentou muito à vontade com a língua inglesa. 

Par romântico da brasileira e protagonista, Xolo Maridueña tem também uma ótima atuação. O ator conhecido por seu papel em "Cobra Kai", foi uma escolha acertada para o papel de Jaime Reyes. A atuação dele é acima da média de filmes de heróis da DC/Warner.

O elenco de apoio é um dos grandes acertos, apesar da dupla de vilões ser meio genérica, o núcleo da família Reyes é um dos principais pilares da trama. Já os efeitos especiais não comprometem, não são os melhores, mas também não tem falhas como em outras aventuras de heróis que foram lançados nos últimos meses. 

A direção ficou por conta de Angel Manuel Soto, que fez sua estréia em produções de grande orçamento. Ele que é um diretor mais autoral conseguiu trazer muito da cultura latina para a obra, que é recheada de referências como Chapolin, novelas mexicanas e a trilha sonora que é composta em sua maioria por músicas latinas.   

O filme falha com os vilões, mas mesmo assim a direção conseguiu fazer uma crítica com a exploração das grandes empresas e da falta de compromisso com as comunidades locais, que quase nunca recebem contrapartida dessas.  

Besouro Azul também falha um pouco com o roteiro, no momento de resolução parece ter sido tudo muito corrido e apressado, com algumas coisas sendo jogadas. Algo que não havia sido feito antes, quando é coloca a relação de Jaime e a família de forma natural.

Outra premissa que Besouro Azul faz questão de reforçar, é a falta de emprego para jovens latinos e latinos em geral nos Estados Unidos. Esse gancho puxa para a realidade das famílias latinas nos EUA, que é preciso um núcleo familiar maior para conseguir sobreviver.

Esse núcleo familiar maior, acaba por dar a tônica da obra. De como toda a família Reyes é puxada para a trama. E participam de forma efetiva e são extremamentes relevantes dentro dela. Toda emoção que o longa passa é relacionado a esse núcleo e muito do humor também está lá.

É possível rir e se emocionar com Besouro Azul e é impossível não achar uma obra autêntica. No final é um bom filme, que fala mais sobre família do que sobre heróis, apesar dos defeitos que não impactam no resultado final.

O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) recriou a apresentação de PowerPoint que usou quando era procurador da força-tarefa da Operação Lava Jato para criticar novamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em uma publicação nas redes sociais, Deltan colocou Lula no centro de um diagrama com declarações do petista relacionadas e questionou: "O amor venceu?".

Entre os pontos citados por Deltan na nova apresentação publicada no Twitter, está um desejo de Lula de quando estava preso em Curitiba. Em entrevista ao site Brasil 247, em março, ele contou que tinha uma ideia fixa e a declarava quando recebia visitas formais de procuradores e delegados na cadeia. Segundo o petista, em todas as visitas que recebia, as autoridades lhe perguntavam se estava bem. Lula diz que dava sempre a mesma resposta: "Só vai ficar bem quando eu f... com o Moro".

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Outro tópico é a definição de Lula para a democracia. O presidente, em entrevista à Rádio Gaúcha, em junho, voltou a defender a ditadura da Venezuela e disse que o país comandado por Nicolás Maduro "tem mais eleições do que o Brasil". Segundo o petista, o conceito de democracia é "relativo."

Deltan Dallagnol mencionou ainda a declaração do presidente sobre a escravidão no Brasil. Em julho, durante visita a Cabo Verde, ele disse ter gratidão à África "por tudo o que foi produzido pelos 350 anos de escravidão" no País.

O ex-deputado também relembrou que Lula falou no Jornal Nacional, da TV Globo, durante a campanha do ano passado, que parte do agronegócio é "fascista e direitista".

PowerPoint da Lava Jato

Em 2016, no auge da Lava Jato, Deltan Dallagnol, que na época era procurador do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, usou uma apresentação de PowePoint em uma entrevista coletiva para destacar imagens e gráficos que "apontavam" Lula como o centro de uma organização criminosa que promoveu desvios de recursos públicos na Petrobras. Em março do ano passado, o ex-deputado teve que indenizar Lula em R$ 75 mil por danos morais pelo episódio.

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Em seu discurso na vitória do Oscar de Melhor Filme, Bong Joon-ho, diretor de Parasita, citou uma frase atribuída por ele a Martin Scorsese: 'o mais pessoal é o mais criativo'. Há obras que, mesmo autobiográficas, fazem com que memórias perdidas sejam recuperadas, ainda que o que surja na tela sejam as lembranças e experiências de vida de outra pessoa.

Com Retratos Fantasmas (2023), o pernambucano Kleber Mendonça Filho (Aquarius, Bacurau) recorda um Recife que lhe moldou como fã e realizador de filmes, mas que também é parte do imaginário popular de várias gerações. E essa é uma mistura perfeita.

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A época de ouro e a decadência dos cinemas de rua costuram o antes e o hoje do centro da cidade, mas, como era de se esperar, não assistimos a uma simples “declaração de amor ao Recife” ou “uma viagem no tempo”. O significado que essas clássicas salas de exibição têm para a capital pernambucana vai além de um empreendimento cultural que deixou saudades. 

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Quando as imagens de arquivos surgem na tela, mostrando os nomes Trianon, Art Palácio, Moderno, é como rever velhos amigos. Talvez, um dia, os mais novos sintam o mesmo com o letreiro do São Luiz, único ainda de pé, infelizmente funcionando a duras penas.

Mas como fazer com que essa visão particular alcance pessoas que não viveram tal época ou sequer pisaram no Recife? Tornando o contexto universal. Mostrando como o fluxo de dinheiro saindo de uma localidade para outra deixa estragos, inclusive no segmento cultural.

Os cinemas não fecharam porque o público enjoou da sétima arte, mas sucumbiram a novos valores capitalistas, incluindo aí uma espécie bizarra de “especulação imobiliária pentecostal”. Sim, salas populares viraram templos em várias cidades do país e no Recife não foi diferente. 

Porém, vamos parar. É claro que não existem spoilers em um documentário, mas entrar em detalhes do que é mostrado em tela acabaria estragando boa parte de Retratos Fantasmas. E ninguém vai fazer isso aqui, porque 'cinema é a maior diversão'

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