Futuro ministro diz que golpe de 64 é para ser comemorado
O filósofo Ricardo Vélez Rodriguez foi confirmado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro como futuro ministro da Educação
Escolhido pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para ser ministro da Educação, o filósofo Ricardo Vélez Rodriguez já defendeu que o dia 31 de março de 1964 - que marca o golpe militar no Brasil - é uma “data para lembrar e comemorar”.
Para Rodriguez, a instalação da ditadura brasileira não pode ter a memória desmoralizada. “Nos treze anos de desgoverno lulopetista os militantes e líderes do PT e coligados tentaram, por todos os meios, desmoralizar a memória dos nossos militares e do governo por eles instaurado em 64”, escreveu o futuro ministro, em um blog pessoal, de acordo com a Coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.
“A malfadada ‘Comissão da Verdade’ que, a meu ver, consistiu mais numa encenação para ‘omissão da verdade’, foi a iniciativa mais absurda que os petralhas tentaram impor”, emenda o colombiano no mesmo texto, escrito em 2017. A Comissão da Verdade é o órgão que investigou os crimes cometidos pela repressão imposta na época, como torturas e assassinatos.
Vélez também usou o blog para enaltecer o “patriótico papel” dos militares no período e discretamente pontuar que “houve excessos no que tange à repressão”.
A postura do próximo responsável pelo MEC comunga com a do próprio Bolsonaro, que já chegou a dizer que “o erro da ditadura foi torturar e não matar”.