Comissão aguarda defesa de prefeito de Camaragibe

Demóstenes Meira (PTB) tem até a primeira semana de abril para apresentar defesa contra o pedido de impeachment do qual é alvo

seg, 25/03/2019 - 13:20
Reprodução/Facebook O pedido de impeachment contra Meira teve foi acatado na Câmara dos Vereadores de Camaragibe no dia 26 de fevereiro Reprodução/Facebook

A comissão especial da Câmara dos Vereadores de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), que analisa o pedido de impeachment do prefeito da cidade, Demóstenes Meira (PTB), aguarda a manifestação da defesa do gestor para finalizar o processo e emitir um relatório que será encaminhado à votação em plenário.

De acordo com informações do presidente da Casa, Antônio Oliveira (PTB), Meira não foi encontrado para receber a citação sobre a tramitação do processo e um edital foi publicado no Diário Oficial na última quinta-feira (21) dando um prazo de dez dias para a manifestação do petebista.

“Mandaram citar o prefeito, na primeira tentativa não foi possível porque o prefeito e o procurador [Davi Meira] não estavam. Ai a comissão, através de um edital, publicou no Diário Oficial dando prazo para que o prefeito se pronunciasse em 48h e ele não se pronunciou. Houve uma segunda tentativa e foi informado que o prefeito estava nos EUA. Deu-se um prazo de 10 dias para o prefeito se pronunciar e apresentar a defesa”, explicou o presidente.

Os dez dias úteis se encerram em 4 de abril. Após a defesa, um relatório sobre o pedido deve ser elaborado e apresentado ao plenário da Casa para marcar a sessão onde será definido se o mandato do prefeito será cassado ou não. Demóstenes Meira, contudo, viajou para os Estados Unidos e não tem previsão de retorno.

O pedido de impeachment contra Meira teve foi acatado na Câmara dos Vereadores de Camaragibe no dia 26 de fevereiro. A solicitação é baseada no fato de, em 17 de fevereiro, o prefeito ter enviado áudios para grupos de aplicativo de troca de mensagens exigindo a presença dos servidores cargos comissionados em uma prévia carnavalesca em que a noiva dele, Taty Dantas, faria um show.

As mensagens do prefeito foram consideradas uma ameaça ao emprego dos comissionados. Meira chegou a dizer que gravaria vídeos para verificar depois quem eram as pessoas que tinham atendido a convocação dele para prestigiar a apresentação da noiva.

A postura do prefeito repercutiu negativamente pelo Brasil e levou o petebista a ser alvo de uma investigação criminal por parte do Ministério Público de Pernambuco por improbidade administrativa e peculato. Além disso, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) proibiu a gestão de gastar verbas com os festejos de Carnaval, uma vez que o município ainda não tem uma Lei Orçamentária para 2019 em vigência.

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