Movimentos por casa fazem ato contra Bolsonaro no Recife

Manifestantes são contrários às mudanças propostas para o Minha Casa Minha Vida

qua, 05/06/2019 - 11:57
Divulgação/MNLM Protesto também cobrará ações habitacionais à Prefeitura do Recife Divulgação/MNLM

Movimentos de luta por moradia organizam um protesto no centro do Recife para às 10h da quinta-feira (6). O ato é contra as propostas de mudança do Governo Federal no programa Minha Casa Minha Vida.

Organizam o ato o Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM) e a Organização de Luta dos Movimentos Populares de Pernambuco (OLMP). Os manifestantes devem sair em passeata pelo bairro de Santo Amaro. Durante o ato, também será cobrada agilidade ao prefeito Geraldo Julio (PSB) na solução habitacional para famílias que vivem em extrema pobreza na cidade. "Estas famílias aguardam há anos do poder público municipal a desapropriação de terrenos para a construção de suas moradias populares. Infelizmente na gestão do Recife não existe política habitacional. Só promessas", critica Paulo André, coordenador do MNLM.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, tem apresentado propostas para mudança do programa Minha Casa Minha Vida. Tais medidas deverão ser transformadas em projeto de lei.

À Folha de São Paulo, Canuto afirmou interesse em modificar a faixa 1 do programa, dedicada à população mais pobre. Hoje, a faixa é direcionada para pessoas que ganham até R$ 1,8 mil, que recebem o subsídio do governo de 90% no imóvel. O ministro disse ter identificado 30% de comercialização irregular dessas moradias.

O limite para a primeira faixa do programa seria restringido para famílias que ganham até um salário mínimo, com um fator de localização pelo qual o valor seria multiplicado. O governo financiaria todo o imóvel. O nome do programa deve ser alterado.

"Em verdade, Bolsonaro comete o maior 'estelionato eleitoral' da história republicana, pois o mesmo foi eleito, com outra proposta para ser o presidente do Brasil. O que assistimos é uma verdadeira inversão de prioridades e valores, assim como o desmonte das políticas públicas, que atende os mais necessitados. Não permitiremos este absurdo", declarou Paulo o coordenador MNLM. Para ele, as mudanças vão atingir negativamente famílias que não têm acesso ao mercado imobiliário por causa da instabilidade de renda e que vivem na informalidade.

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