Abater quem porta fuzil poupará vidas, diz Witzel

Governador aproveitou a ação de atiradores de elite contra o sequestrador de um ônibus do Rio de Janeiro nesta terça para estender o argumento para as comunidades cariocas

ter, 20/08/2019 - 10:44
Wilson Dias/Agência Brasil Wilson Dias/Agência Brasil

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), usou o desfecho positivo do sequestro que aconteceu nesta terça-feira (20) na ponte Rio-Niterói para tentar minimizar as críticas que ele vem recebendo, nos últimos dias, sobre a segurança pública das comunidades cariocas. Witzel disse que a morte do sequestrador, com a identidade ainda não revelada, poupou a vida de outras pessoas e aproveitou para estender o argumento e comparar com a ação policial nas favelas do Rio. 

“Se não tivesse abatido esse criminoso muitas vidas não seriam poupadas. Isso está acontecendo nas comunidades. Se a polícia poder abater quem está de fuzil tantas outras vítimas serão poupadas”, declarou o governador. 

Pouco depois, Witzel disse que “estamos vivendo momentos difíceis, o crime organizado mata pessoas inocentes e coloca a culpa na polícia” e salientou ainda que “muitas vezes a sociedade, partidos da oposição, estão mentirosamente dizendo que a polícia está matando favelados”. “Isso é mentira, a polícia mata bandidos”, disparou. 

Apesar das afirmativas do governador, na última semana, há registros de que pelo menos seis jovens entre 17 e 21 anos morreram baleados durante operações policiais em comunidades do Estado e as suspeitas apontam que os tiros que ocasionaram os óbitos saíram da própria polícia. 

Um dos casos mais comentados foi o de Dyogo Xavier Coutinho, de 16 anos, que seguia para o treino de futebol quando levou um tiro de fuzil nas costas. Disparo, segundo testemunhas, teria partido de policiais.

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