Lula está preso desde abril de 2018 Ricardo Stuckert

Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (27) pelo Vox Populi mostrou que a maioria dos brasileiros considera que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ter um novo julgamento, desta vez livre de parcialidade, e que sua condenação seja anulada.

A pesquisa foi contratada pelo Partido dos Trabalhadores e os resultados gerais da apuração devem ser divulgados nesta quarta-feira (28). Entretanto, as respostas de três perguntas já foram publicadas pelo Vox Popopuli.

O primeiro questionamento foi se Lula deveria ter direito a um novo processo, mas sem irregularidades no que tange o meio jurídico, ou se a sua sentença atual deveria ser mantida. Um total de 53% dos entrevistados afirmou que o petista deveria ter uma nova chance na Justiça, já outros 35% disseram que a decisão anterior deveria ser mantida. Os 12% restantes não responderam.

A pesquisa foi incentivada após os recentes vazamentos feitos pelo site The Intercept, do jornalista Glenn Greenwald, que mostra uma possível parcialidade dos procuradores e juízes da Lava Jato, responsáveis pelo julgamento e encarceramento do ex-presidente.

Em seguida, a pesquisa perguntou se o Supremo Tribunal Federal deveria anular a condenação e mandar soltar o Lula ou manter a condenação e a prisão dele. A maioria dos entrevistados, 48%, defendeu a anulação da condenação e a abertura de um novo julgamento. Já 37% preferiram manter a prisão, enquanto 15% não responderam.

O último questionamento divulgado pelo Vox Populi nesta terça foi sobre o comportamento de Sergio Moro enquanto juiz federal. A pesquisa lembrou que, de acordo com o que foi vazado pelo Intercept, Moro deu conselhos e manteve conversas privadas com os procuradores da operação sobre os processos de Lula, sem o conhecimento da defesa do petista.

Assim, perguntou aos entrevistados se o atual ministro do presidente Jair Bolsonaro (PSL) agiu corretamente ou agiu de forma errada. Entre as pessoas que responderam, 26% opinaram na bom comportamento de Moro, enquanto 47% acreditaram que o ex-juiz federal não agiu bem. Os outros 27% afirmaram não saber avaliar a questão.