Aprovação de Bolsonaro estabiliza entre os mais pobres

Os repasses do auxílio emergencial ajudaram no índice de popularidade do presidente, acredita um dos responsáveis pelo levantamento

por Victor Gouveia sex, 23/10/2020 - 10:19
Flickr/Palácio do Planalto A pesquisa também mostra que o presidente é mais querido no Norte do país Flickr/Palácio do Planalto

Em meio à pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) conseguiu estabilizar sua popularidade entre as classes mais baixas. De acordo com o levantamento da parceria Exame/Ideia, publicado nesta sexta-feira (23), a aprovação do mandatário é de 39% nas camadas com menor renda.

Após a queda de quase dez pontos percentuais, observada entre março e maio, o índice de aprovação de Bolsonaro aumentou gradualmente e permanece em torno de 40% desde setembro.

Ainda de acordo com o estudo, 39% dos brasileiros desaprovam a gestão, mesmo índice dos que estão satisfeitos. Outros 21% não aprovam ou desaprovam e 1% não respondeu.

A região Norte é a que mais apoia o presidente, com 57% da população favorável. Em seguida estão as regiões Centro-Oeste (48%) e Sul (47%). “O Norte lidera o ranking de popularidade do governo porque concentra uma boa parcela de brasileiros pobres que foram beneficiados pelo auxílio emergencial”, analisou o fundador do IDEIA, Mauricio Moura.

“No Centro-Oeste, por outro lado, o agronegócio, o único setor da economia que deve crescer este ano, é pujante, o que justifica a popularidade do governo”, acrescentou Mauricio.

Em relação à classe social, famílias que recebem entre três e cinco salários mínimos representam 43% dos apoiadores de Bolsonaro. A taxa é um pouco maior se comparada às famílias com renda de até três salários mínimos, que representam 40%.  

A pesquisa foi ouviu 1.200 pessoas, por telefone, entre os dias 19 e 22 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos. 

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