PT-PE diz que vai analisar aliança com a Frente Popular
Segundo nota do diretório pernambucano, decisão deve ser tomada conjuntamente ao diretório nacional
Em comunicado divulgado na terça-feira (20), o Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras (PT-PE) anunciou que já se articula e busca forças políticas para montar uma oposição a Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições presidenciais de 2022. No último dia 28 de março, a base pernambucana aprovou uma resolução que deliberando que a aposta para o próximo ano será decidida junto à direção nacional do partido.
Segundo a nota, a resolução tem como foco central “derrotar Bolsonaro e seus aliados, autores do genocídio em curso e responsáveis pela tragédia sanitária e pelas investidas cotidianas contra a democracia e contra os direitos da classe trabalhadora. Para vencer esses desafios temos plena sintonia com a orientação nacional de que é necessário buscar construir o maior número possível de alianças das forças progressistas nos estados, objetivo que, como é natural, coloca Pernambuco no centro desse debate com o protagonismo que sempre teve no país”.
Maior figura política do PT, Lula segue elegível para o próximo pleito, após ter todos os atos processuais na Lava Jato anulados pelo ministro Edson Fachin. Na última semana, o Supremo Tribunal Federal confirmou a decisão. O líder e ex-operário pernambucano tem o estado natal como uma forte base eleitoral, assim como conta com a sua popularidade no Nordeste para angariar votos.
Confira o trecho final da nota da Comissão Executiva, na íntegra:
“Neste sentido, o PT de Pernambuco envidará todos os esforços para construir um caminho coerente com essa orientação e com os interesses do Partido no Estado. Aguardaremos assim a abertura formal das discussões sobre as táticas a serem adotadas nos Estados, quando então definiremos o posicionamento do Partido em Pernambuco: alianças com outras forças (entre estas, a Frente Popular de Pernambuco) e indicação de nomes para eventuais composições majoritárias, ou a apresentação de candidatura ao governo do Estado. Até lá, vale destacar, eventuais lançamentos de nomes a esses postos refletem tão somente manifestações de ordem individual sem qualquer respaldo da instância estadual do Partido”.