Lula confirma candidatura em 2022: 'não hesitarei'

Em entrevista ao Paris Match, Lula ressaltou a boa recepção do seu nome nas pesquisas de eleitorado

qui, 20/05/2021 - 10:29
Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante discurso no Recife em 2019 Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou que vai se candidatar à Presidência em 2022 para evitar uma possível reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Enquanto evita comentar sobre a campanha no Brasil, o petista se mostra mais ativo no exterior.

Questionado sobre a participação no pleito, na última terça-feira (18), Lula destacou seu bom desempenho nas pesquisas ao Paris Match. "Se estou na melhor posição para ganhar as eleições presidenciais e gozo de boa saúde, sim, não hesitarei", ressaltou.

Elegível em movimentação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), o pré-candidato voltou a criticar a postura do ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro, responsável por suas condenações. "O que eles não sabiam é que estou pronto para lutar até o último suspiro para provar que se uniram para me impedir de ir às eleições”, aponta.

Isolamento na geopolítica mundial

Ele também avaliou positivamente sua gestão, sobretudo nas questões diplomáticas. Isolado geopoliticamente, especialistas já classificam o Brasil como um ‘pária mundial’. "Acho que fui um bom presidente. Criei laços fortes com a Europa, América do Sul, África, Estados Unidos, China, Rússia. Sob meu mandato, o Brasil tornou-se um importante ator no cenário mundial, notadamente criando pontes entre a América do Sul, África e os países árabes, com o objetivo de estabelecer e fortalecer uma relação Sul-Sul e demonstrar que o predomínio geopolítico do Norte foi não inexorável", disse.

"O Brasil não deve procurar entrar em conflito com nenhum país. Nossa última guerra foi contra o Paraguai há 150 anos! Posso ter divergências com o Presidente dos Estados Unidos, mas não devo perder de vista que devo manter relações diplomáticas com ele para garantir a democracia, a política de desenvolvimento, as relações comerciais, a ciência e a tecnologia”, complementou o ex-presidente.

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