Hang nega ter financiado disparo de mensagens falsas

Em nota, o empresário diz que não há provas contra ele e culpa imprensa por escolher “narrativas” para associar sua imagem à política

por Vitória Silva sab, 25/09/2021 - 09:23
Reprodução/Instagram O empresário Luciano Hang, dono da Havan Reprodução/Instagram

O empresário catarinense Luciano Hang, dono das lojas Havan, publicou na noite dessa sexta-feira (24) em suas redes sociais uma nota sobre sua o que chama de falsas “narrativas” publicadas ao seu respeito, após o bilionário ser citado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia como um dos financiadores de disparos de mensagens com informações falsas sobre a Covid-19. Não é a primeira vez que Hang é associado ao financiamento de disparos de mensagem em massa para beneficiar as pautas do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). 

“Não faço parte de gabinete nenhum. A imprensa deveria se basear na verdade dos fatos e não em narrativas. Se a CPI tem posse de algum documento que diz que ajudei ou financiei direcionamento de mensagens falsas, o documento é falso, não pode existir prova de algo que nunca fiz. Dizer que patrocinei veículos de internet que disseminaram desinformação é uma mentira”, diz Luciano Hang em nota enviada à Rede Globo e então compartilhada ao público.

No mesmo posicionamento, o dono da Havan diz também que o relatório da ABIN, supostamente citado por um senador da CPI, é inexistente e que a Comissão agora deverá provar as “inverdades” ditas sobre o investigado. 

Segundo reportagem da UOL, em julho de 2020, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) produziu um relatório de 15 páginas apontando problemas e inconsistências na fortuna do empresário dono da Havan, Luciano Hang, apoiador bolsonarista infleunte. O texto oficial serviu para alertar o Palácio do Planalto sobre os riscos que a proximidade de Hang poderia causar à atual gestão.  

A reportagem diz que o documento foi classificado como "reservado" e que reúne informações sobre o proprietário da rede de departamentos Havan. Os papéis foram enviados pela agência à Casa Civil, ao alto comando do Exército, à Polícia Federal e já chegou às mãos de um senador da CPI da Covid. Hang diz que o relatório trata-se de “mais uma narrativa absurda” e que está tranquilo, pois tem a verdade “ao seu lado”. 

Luciano Hang prestará depoimento à CPI da Covid na próxima quarta-feira (29). O empresário entrou no radar da comissão após as denúncias enviadas aos parlamentares sobre a Prevent Senior, incluindo a suposta alteração do atestado de óbito da mãe de Hang, Regina Modesti Hang. A CPI também aprovou a convocação de Bruna Morato, advogada da empresa de saúde Prevent Senior. 

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