Moro sobre condenação de Deltan: "país virado do avesso"
O ex-coordenador da extinta Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, vai ter que pagar R$ 75 mil ao ex-presidente Lula
Nesta quarta-feira (23), o presidenciável Sergio Moro (Podemos) defendeu o ex-procurador Deltan Dallagnol após o correligionário ser condenado a pagar R$ 75 mil de indenização ao ex-presidente Lula (PT). "A gente têm visto fatos assustadores. O país tá doente", afirmou o ex-ministro do governo Bolsonaro.
Na Alemanha, onde visitou líderes parlamentares do país, Moro gravou um vídeo indignado com a punição do ex-coordenador da Operação Lava Jato por ‘espetacularizar’ a investigação com uma apresentação em Power Point em que colocava o petista como líder de uma organização criminosa.
Por 4 votos a 1, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a indenização. O próprio Deltan já havia se posicionado contra o entendimento e justificou que o resultado em seu desfavor parte do interesse dos ministros por uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Pré-candidato à Presidência, o ex-juiz apontou que a gestão petista foi responsável pelo escândalo na Petrobras que desviou R$ 6 bilhões e que os prejuízos da investigação estão recaindo em "quem se sacrificou, se dedicou para combater aquela roubalheira, colocar os criminosos na cadeia, sendo condenado a pagar danos morais. Isso é um absurdo. Isso é o país virado do avesso. Isso é querer transformar o certo no errado".
Moro ainda citou a recente denúncia sobre a liberação de recursos do Ministério da Educação por intermédio de pastores evangélicos e o suposto pedido de propina em ouro para uma Prefeitura. "Nós não vamos deixar o Brasil virar uma terra sem lei e um país de bandido", declarou.