Zema diz que apoiará Lula 'na hora' que ver boas propostas

Governador bolsonarista demonstrou interesse em ter relação 'republicana' com a próxima gestão federal

por Vitória Silva qua, 23/11/2022 - 11:44
Antonio Cruz/Agência Brasil Romeu Zema, governador mineiro, é apoiador de Jair Bolsonaro Antonio Cruz/Agência Brasil

O governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que apoiará o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na “mesma hora” se o petista apresentar boas propostas em seu governo. Em entrevistas recentes à imprensa, o gestor estadual mostrou ter interesse em manter relação “republicana” e amistosa com o petista, apesar de ter se considerado “PTfóbico” e ter representado forte oposição a Lula durante as campanhas de primeiro e segundo turno. 

“Se o presidente eleito propor uma boa reforma tributária, uma boa reforma administrativa, eu vou lá para Brasília apoiá-lo na mesma hora porque o que o Brasil precisa de reforma“, afirmou o chefe do Executivo mineiro em entrevista ao Poder360, nessa terça-feira (22). 

Zema disse que será responsável ao estabelecer oposição, mas também alertou que Lula não encontrará um terreno fácil nos principais estados do país. 

“Eu vou estar aqui protegendo os interesses do Estado e confio muito que o presidente vai agir de maneira republicana. Até porque eu não sou o único governador nessa situação. Nós temos São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Goiás, todos em uma posição semelhante a mim. Os principais resultados do Brasil hoje não são pró-presidente Lula. Muito pelo contrário, são anti-Lula”, declarou. 

Em outra entrevista, nesta quarta-feira (23), Romeu Zema, que foi coordenador da campanha de Jair Bolsonaro (PL) em Minas Gerais, revelou que não tem contato com o presidente desde a derrota do mandatário nas urnas. “O presidente depois da eleição tem se mantido distante, me parece que ele está tratando de um problema de saúde. Não tive mais contato com ele”, disse. 

Por fim, reforçou que não quer que a relação com o próximo Governo Federal seja baseada em confrontos. “Vai ser uma relação republicana, boa, transparente. A não ser que eles não queiram. Não vou ficar atacando, mandando pedra, que não é o meu estilo. Mas nós vamos também reclamar. Qualquer coisa indevida, que venha a prejudicar Minas Gerais, não vamos concordar de forma nenhuma”, concluiu. 

 

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