Bolsonaro fala em retornar ao Brasil para seguir 'missão'

Ex-presidente deverá voltar nas próximas semanas para continuidade da agenda conservadora

por Vitória Silva dom, 12/02/2023 - 13:16
Reprodução/Redes Sociais Jair Bolsonaro discursa para apoiadores em igreja na Flórida Reprodução/Redes Sociais

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou na noite de sábado (11), de um evento na igreja evangélica Church of All Nations (Igreja de Todas as Nações) em Boca Raton, na Flórida, Estados Unidos. Em seu discurso, o ex-mandatário afirmou que a sua “missão não acabou” e que pretende voltar ao Brasil “nas próximas semanas”. A probabilidade é de que ele retorne ao país em março. Vídeos de sua aparição no templo religioso estão circulando nas redes sociais. 

Em um deles, publicado pelo filho do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), é possível ver uma plateia lotada, filmando e aplaudindo o conservador. Na legenda da publicação, Eduardo chegou a alfinetar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi aos Estados Unidos essa semana, o chamando de “descondenado”. De acordo com o filho “zero três”, o evento foi organizado pelo movimento conservador Yes Brazil USA. 

“É uma satisfação muito grande a forma como vocês tem me tratado, em qualquer lugar desse mundo. Isso não tem preço. Ainda mais para quem, pelo menos diante do TSE, não conseguiu ser reeleito”, disse Bolsonaro, ao ouvir vaias da plateia contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Todos nós temos uma missão aqui na Terra. E a minha missão ainda não acabou”, prosseguiu. 

Bolsonaro também falou que quer colaborar com a direita brasileira. “No momento não temos uma liderança da direita nacional. Temos regional. Esse pessoal vai crescendo. Nós vamos nos fortalecer. Nós voltaremos. A nossa vocação é ser mais que extensão, na verdade, uma grande nação. Olha o que Israel não tem, e veja o que eles são. Olha o que nós temos, e o que nós não somos”, disse. 

O ex-presidente também ressaltou “riquezas imensuráveis” que, segundo ele, existem debaixo da Terra Indígena Yanomami. A crise humanitária na região se agravou durante o governo Bolsonaro, criticado por conivência com o garimpo e com o desmatamento em Roraima. Apesar de reconhecer o problema, ele não se solidarizou com a etnia indígena. 

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