Lula chega à China para visita oficial

Lula, que deve se reunir na próxima sexta-feira com o colega chinês, Xi Jinping, em Pequim, desembarcou em Xangai, acompanhado da primeira-dama, Janja

qua, 12/04/2023 - 18:30
Ricardo STUCKERT Lula e Janja são recebidos no desembarque em Xangai pelo vice-chanceler da China, Xie Feng Ricardo STUCKERT

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou na noite desta quarta-feira (12) à China para uma visita oficial, com o objetivo de fortalecer os laços entre o gigante asiático e a maior economia da América Latina.

Lula, que deve se reunir na próxima sexta-feira com o colega chinês, Xi Jinping, em Pequim, desembarcou em Xangai, acompanhado da primeira-dama, Janja. O casal recebeu flores e foi cumprimentado pelo vice-ministro das Relações Exteriores da China, Xie Feng.

Antes de deixar o Brasil, Lula disse que planejava convidar o presidente Xi para uma visita, em data não especificada: "Nós vamos consolidar nossa relação com a China. Vou convidar Xi Jinping para vir ao Brasil, para uma reunião bilateral. Para conhecer o Brasil, mostrar os projetos que temos de interesse de investimento dos chineses".

A agenda de Lula de amanhã em Xangai inclui a posse da ex-presidente Dilma Rousseff como presidente do banco dos Brics, grupo formado pelas economias emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

De volta à Presidência em janeiro, Lula busca amenizar a relação do Brasil com a China, após a deterioração dos laços entre os dois países durante o governo de Jair Bolsonaro.

Em um ato delicado de equilíbrio, Lula também busca estreitar os laços com os Estados Unidos, segundo maior parceiro comercial do Brasil e um importante rival da China. Sua visita a Xi acontece após uma reunião na Casa Branca com o presidente Joe Biden em fevereiro.

Lula vive a expectativa de reposicionar o Brasil como ator-chave e negociador no cenário internacional, após quatro anos de relativo isolamento sob o governo Bolsonaro. Espera-se que ele e Xi discutam o conflito na Ucrânia, no qual ambos esperam atuar como mediadores, apesar da preocupação ocidental de que sejam excessivamente amigáveis com o presidente russo, Vladimir Putin.

Integram a comitiva presidencial na China cerca de 40 funcionários do alto escalão, incluindo ministros, governadores e congressistas. Ele irá encerrar sua viagem com uma visita oficial de um dia aos Emirados Árabes, no próximo sábado.

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