PRF pagou agentes de folga para trabalhar no segundo turno

Em Pernambuco, dos 102 policiais escalados para trabalhar no segundo turno, 54 foram pagos como extra, pois seria dia de folga

por Rachel Andrade seg, 17/04/2023 - 13:26
Valter Campanato/Agência Brasil Silvinei Vasques, ex-diretor geral da PRF, foi o responsável pela operação no segundo turno Valter Campanato/Agência Brasil

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) pagou R$ 1,3 milhão na operação que bloqueou estradas em todo o país no dia do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Segundo reportagem da UOL, houve um aumento significativo de agentes trabalhando nos estados e regiões onde o então candidato Lula (PT) era favorito nas pesquisas. 

Todos os estados do Nordeste, além do Pará, Amazonas e Minas Gerais, tiveram aumento na equipe efetiva. A operação consistiu na instalação de pontos de fiscalização nas estradas, com a justificativa de coibir possíveis crimes eleitorais. De acordo com a própria PRF, no primeiro turno houve registro de 65% de casos de crimes eleitorais, dado que baseou a decisão de implementar o reforço nesses locais no segundo turno.

O Supremo Tribunal Federal (STF) alertou que ações que impedissem a mobilidade dos brasileiros no dia da eleição estavam proibidas. Devido aos bloqueios dos transportes, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegou a estender o horário de funcionamento de zonas eleitorais.

A operação foi comandada pelo então diretor-geral Silvinei Vasques, que era declaradamente apoiador do ex-presidente da República, que perdeu a eleição. Vasques foi demitido em dezembro de 2022.

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