Bolsonaro e oposição criticam texto e aprovação da reforma

Ala bolsonarista lamentou ter saído como minoria na votação, enquanto governistas do PSOL justificaram abstenções por não concordarem com texto final

por Vitória Silva sab, 16/12/2023 - 18:09
Isac Nóbrega/PR Jair Bolsonaro, ex-presidente da República Isac Nóbrega/PR

Em uma publicação no seu perfil do X (antigo Twitter), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a aprovação da reforma tributária, que aconteceu na sexta-feira (15), pela Câmara dos Deputados. A passagem da matéria, que foi uma ambição do Governo Bolsonaro, teve desaprovação da ala bolsonarista e chegou a ser alvo de mobilização da direita no Congresso, com o intuito do adiamento ou derrubada do texto. 

“A reforma está ruim? Calma, falta “a transição energética, a descarbonização”, os 35% no Imposto de Renda. Os que nunca trabalharam e nada produziram acreditam que descobriram o moto-contínuo, ou o milagre do "menos vacas, mais leite". Nunca senti tanto orgulho de ser comunista”, escreveu Bolsonaro em publicação. A última frase, ironizando uma declaração feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Em novembro deste ano, Jair também teceu críticas ao projeto de reforma proposto pela equipe de Lula e coordenada por Fernando Haddad (PT), da Fazenda. Além dele, outros políticos de oposição, como Janaína Paschoal (PRTB) e José Medeiros (PL) criticaram a aprovação após a votação. De acordo com os parlamentares, o texto não passou pelas devidas comissões e pode piorar a economia do país, além de prejudicar os mais pobres. 

No entanto, não foram apenas opositores que se colocaram críticos à reforma. Os deputados Gláuber Braga, Fernanda Melchionna e Sâmia Bomfim, do PSOL, apoiadores declarados do Governo Lula, abstiveram dos próprios votos. As abstenções aconteceram em protesto à não inclusão dos agrotóxicos e alimentos ultraprocessados no Imposto Seletivo, o que é uma vitória para o agronegócio. As siglas PT, PSB e PDT, por outro lado, foram unânimes na aprovação do projeto. 

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