Facebook passou dados de 18 mil pessoas ao governo dos EUA

Número é referente às solicitações recebidas no segundo semestre de 2012

por Eduarda Menezes sab, 15/06/2013 - 13:10
Reprodução/Internet Empresa afirma que mesmo nessas solicitações tenta ao máximo manter a privacidade dos usuários Reprodução/Internet

O Facebook divulgou ter recebido em torno de 9 a 10 mil solicitações por parte do governo norte-americano para liberação de informações privadas dos seus usuários, na segunda metade de 2012. Segundo a rede social, o pedido atingiu entre 18 a 19 mil contas.

Ted Ullyot, representante legal do Facebook, não especificou a natureza das informações fornecidas, mas disse que, nesses casos, a empresa sempre tenta proteger ao máximo a privacidade das pessoas.

A rede possui mais de um bilhão de contas ativas. “Isso significa que, nos últimos seis meses, apenas uma pequena fração foi alvo de solicitações governamentais, incluindo assuntos criminais e referentes à segurança nacional”, disse Ullyot.

Mark Zuckeberg, criador do site, também se pronunciou sobre o assunto em seu perfil na rede social. “O Facebook não é e nunca foi parte de nenhum programa de fornecimento de conteúdo que permita ao governo norte-americano direto acesso aos nossos servidores”, declarou.

A Microsoft também revelou ter recebido, no mesmo período, entre 6 a 7 mil ordens e mandados enviados pela polícia local, estadual e federal, que chegaram a afetar entre 31 a 32 mil pessoas.

Nos últimos dias os jornais The Guardian e Washington Post revelaram um programa de espionagem realizado pelo governo norte-americano, conhecido como PRISM, que, entre outras coisas, também faria monitoramente de grandes empresas da internet.

A famosa rede social foi uma das que negou acesso direto aos seus servidores. “Nós deixamos bem claro que protegemos fortemente a privacidade dos nossos usuários quando confrontados por tais solicitações: frequentemente rejeitamos essas solicitações, ou pedimos ao governo mais informações escritas sobre os motivos, ou simplesmente lhes damos menos conteúdo do que o solicitado. Respondemos apenas o que é requerido pela lei”, escreveu a companhia em comunicado oficial.

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