Médicos criam Tinder da doação de órgãos
Tecnologia poderia melhorar potencialmente a correspondência de doadores de órgãos com receptores
Inspirados em populares aplicativos de encontro como Tinder ou Happn, uma dupla de médicos australianos desenvolveu um sistema que auxilia na doação de órgãos. A nova tecnologia consegue combinar de forma mais precisa as características de doadores e pessoas que precisam de novos fígados.
A ideia é do diretor da unidade de transplante de fígado do hospital Austin Health Victorian em Melbourne, na Austrália. Bob Jones, juntamente com seu colega Lawrence Lau, desenvolveu um algoritmo que poderia melhorar potencialmente a correspondência de doadores de órgãos com receptores.
"É um algoritmo de aprendizado por máquina especialmente desenvolvido usando diversas características de doadores e daqueles que vão receber órgãos para prever o resultado", explica Jones.
A inteligência artificial trabalha com 25 características distintas, como sexo, idade e tipo de sangue, que são combinadas de forma a tentar prever o que vai acontecer com um órgão após o transplante.
Usando a inteligência artificial para avaliar os resultados de 75 pacientes adultos que tinham transplantes, eles descobriram que o método conseguiu prever a probabilidade de um órgão apresentar problemas 30 dias após o transplante em 84% dos casos.
O estudo, que já foi submetido à análise de revistas academias, deve demorar a entrar em ação. Segundo Jones, a próxima etapa será usar o método em testes envolvendo pacientes reais.
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