Seu smartphone pode ter saído da loja com vírus instalado

Relatório aponta que pelo menos 36 modelos de celulares foram infectados durante o processo de fabricação

por Nathália Guimarães ter, 14/03/2017 - 11:36
Pexels Maioria das pragas encontradas injetavam propagandas indesejadas no celular ou instalavam ferramentas para roubo de dados Pexels

Você sabia que seu smartphone pode ter saído da caixa com vírus instalado? Um relatório recente da empresa de segurança digital Check Point descobriu que pelo menos 36 modelos já foram vendidos com algum tipo malware. Em seis dos casos, a praga foi instalada com privilégios de administrador, o que fazia com que o usuário não fosse capaz de removê-la.

O relatório informa que os vírus foram pré-instalados por alguém mal intencionado que teve acesso aos aparelhos antes que eles chegassem às lojas. A publicação cita que as ameaças foram encontradas em celulares de duas empresas grandes não identificadas.

A maioria das pragas encontradas injetava propagandas indesejadas no celular ou instalavam ferramentas para roubo de dados. Mas em um dos casos foi encontrado um ransomware, que poderia bloquear completamente o celular com criptografia e só liberá-lo novamente mediante pagamento.

A lista dos aparelhos que já chegaram aos seus clientes infectados inclui o LG G4, Galaxy Note 5, Galaxy S7, Asus Zenfone 2 e Xiaomi Mi 4i. Mas isso não significa, no entanto, que todos os modelos dessas marcas possuem o problema - apenas alguns foram adulterados antes de chegar às lojas.

Além do alerta, a empresa explica como os usuários podem se proteger. "O malware pré-instalado compromete a segurança até mesmo dos usuários mais cuidadosos. Além disso, um usuário que receber um dispositivo que já contenha malware não poderá notar qualquer alteração na atividade do dispositivo", informa a empresa, em um post de blog.

"A descoberta levanta algumas questões alarmantes sobre a segurança móvel. Os usuários podem receber dispositivos que contêm pragas sem o seu conhecimento. Para se protegerem, os usuários devem implementar medidas de segurança avançadas capazes de identificar e bloquear qualquer anormalidade no comportamento do dispositivo", alerta a empresa.

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