Facebook financia programa para desradicalizar terroristas
Redes sociais são um dos espaços de recrutamento mais utilizados por grupos extremistas
O Facebook está pagando para que vítimas do terrorismo conversem com as pessoas que compartilham material extremista online. Os extremistas estão sendo contatados pelo Messenger, aplicativo de bate-papo que pertence à empresa de Mark Zuckerberg.
O teste foi pago pelo Facebook, mas administrado pela organização que atua contra o extremismo Institute for Strategic Dialogue (ISD). A ISD utilizou um software para escanear várias páginas de extrema direita e islâmicas no Facebook e, em seguida, procurou o perfil de algumas pessoas para encontrar mensagens ou postagens de ódio.
Ao entrar em contato com essas pessoas através do Messenger, a organização busca imitar a estratégia de recrutamento dos próprios grupos extremistas.
Aproximadamente metade dos usuários selecionados para participar do teste tinha demonstrado apoio para o extremismo islâmico. Das 569 pessoas que tiveram uma conversa com uma das vítimas, 76 pareceram mostrar sinais de impacto positivo, disseram os pesquisadores à BBC.
Um encarregados de se comunicar com os extremistas foi Colin Bidwell, que sobreviveu a um ataque terrorista na Tunísia em junho de 2015, no qual 38 pessoas foram mortas. Usando um perfil falso, Bidwell falou com pessoas que pareciam apoiar o extremismo islâmico e foi encarregado a desafiar seus pontos de vista.
Ele e outros 10 prestadores do serviço, que incluem ex-extremistas, sobreviventes ou conselheiros, receberam cerca de R$ 100 por cada hora trabalhada durante uma semana. O expediente diário era de oito horas.
As redes sociais são um dos espaços de recrutamento mais utilizados por grupos extremistas. Embora essa experiência tenha tido apenas impacto em 1% dos casos, os responsáveis pelo programa piloto acreditam que é preciso que agir nestes plataofrmas e agora eles estudam como expandir o projeto para outros países.
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