“Dead Space” mostra como um remake deve ser feito

Título apresenta um cenário refeito, com melhorias na jogabilidade e promete agradar os fãs do gênero Survival Horror; acompanhe a resenha

por seg, 06/03/2023 - 17:10
Divulgação/EA Divulgação/EA

A franquia “Dead Space” da Electronic Arts (EA) foi por muito tempo o último resquício do gênero terror de sobrevivência (Survival Horror) na indústria dos games. No entanto, aos poucos esse estilo retorna aos holofotes, seja com a chegada de novos títulos ou com remakes de jogos clássicos, como é o caso de “Resident Evil” da Capcom e até mesmo, “Silent Hill” da Konami. Diante deste cenário, a EA não quis ficar de fora da festa e decidiu ressuscitar um de seus maiores sucessos.

O game é uma recriação do primeiro “Dead Space”, lançado em 2008, que além do estilo Survivial Horror, também se destaca pela temática de ficção científica. A história gira em torno do engenheiro de naves Isaac Clarke, um dos enviados para investigar a nave USG Ishimura, que após enviar um pedido de socorro, ficou incomunicável.

Ao chegar no local da missão, os integrantes da equipe descobrem que a área foi tomada por estranhas criaturas e, para piorar a situação, a nave do grupo também foi danificada e cabe a Isaac encontrar uma maneira de fugir da USG Ishimura. Conforme o game progride, o jogador começa a descobrir algumas conspirações que foram responsáveis pelo incidente.

A primeira mudança deste remake está no próprio protagonista, pois na versão original de 2008, Isaac permanecia calado a aventura inteira e agora foram acrescentadas diversas linhas de diálogo para ele, o que contribui para acrescentar mais carisma ao herói. Vale lembrar que a ideia do protagonista mudo, é uma estratégia antiga da indústria, que visa passar a ideia de que o personagem é o próprio jogador.

 Um visual repaginado

Embora a versão original de 2008 de “Dead Space" tenha resistido bem ao tempo, o remake conseguiu aprimorar ainda mais a experiência. O primeiro ponto a se destacar são os gráficos, que foram completamente refeitos e conseguem demonstrar o verdadeiro potencial da atual geração de consoles. É possível notar que a equipe de desenvolvimento se empenhou nos detalhes, que são perceptíveis tanto nos cenários como na armadura do Issac.

Além disso, a HUD (termo utilizado para definir elementos gráficos presentes na tela de um jogo), que foi um dos elementos mais inovadores na época do lançamento original, ainda se mostra bastante intuitiva para os dias de hoje. É possível acompanhar a saúde de Issac por meio de uma barra instalada em sua armadura e todas as armas possuem um visor embutido, que indicam a quantidade de munição. Tudo isso evita possíveis poluições visuais na tela e também contribuem para a imersão.

O gameplay segue o padrão esperado de um Survivor Horror, com munições limitadas, recursos escassos e inimigos que vão tentar pegar o jogador desprevenido o tempo inteiro. Porém, é na imprevisibilidade que Dead Space se destaca, pois não existem regras que determinam a aparição dos inimigos, já que é possível morrer várias vezes no mesmo local e ser surpreendido com novos ataques o tempo inteiro.

De maneira geral, a jogabilidade se manteve fiel ao “Dead Space” de 2008, com pequenas alterações, como o que ocorre nas áreas de gravidade zero, onde no original, o jogador teria que se deslocar por meio de longos saltos e, no remake, o personagem possui uma movimentação livre, que permite movê-lo para qualquer direção.

NEW GAME+

O jogo possui uma duração média de 15h e após terminar a campanha principal, é habilitado o modo “new game+”, que permite iniciar um novo save, mas com todos os equipamentos obtidos na jornada anterior. Porém, não há nenhum outro tipo de conteúdo pós-game, o que pesa negativamente para o título, já que ele é vendido pelo preço cheio.

“Dead Space” pode ser adquirido por aproximadamente R$339 no Playstation 5 e no Xbox Series X/S; e R$249 no PC. O game é uma carta de amor para os amantes de Survivor Horror e fãs da franquia original, mas que também possui potencial para agradar novos jogadores. Agora, basta esperar que o mesmo trabalho de recriação também seja realizado em “Dead Space 2”, de 2011.

Por Alfredo Carvalho

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