O que faz um filósofo?

O LeiaJá entrevistou o professor Érico Andrade, da Universidade Federal de Pernambuco, para saber como é o mercado de trabalho para pessoas graduadas em filosofia dentro e fora da academia

por Lara Tôrres ter, 20/06/2017 - 13:43
Pixabay A filosofia estuda problemas relacionados ao conhecimento, ética, linguagem e outras questões humanas Pixabay

A filosofia, ramo do conhecimento que estuda problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, valores morais e estéticos, à mente e à linguagem, tem sua atuação tradicionalmente voltada ao debate acadêmico e ensino. No entanto, também é possível se formar em filosofia e trabalhar sem dar aulas. O LeiaJá entrevistou o professor e chefe do departamento de filosofia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Érico Andrade, para listar quais são as áreas de atuação para graduados em filosofia.

De acordo com o professor, a principal atividade dos filósofos é o ensino, tanto no nível superior como no ensino médio. “A filosofia está substancialmente ligada ao ensino, no ensino médio e no superior, estimulando o pensamento, auxiliando o raciocínio e a reflexão, que ajuda os alunos em outras áreas de estudo”, explica.

Apesar disso, também há outras possibilidades de trabalho para quem escolhe fazer um curso superior de filosofia. Segundo o professor Érico, é possível aliar a filosofia a outras áreas do conhecimento e trabalhar com consultorias, por exemplo. Outra possibilidade é fazer outa graduação e atuar unindo as duas áreas.

“É fundamental o poder de formação da filosofia em todas as áreas do conhecimento, então é interessante conjugar a filosofia com outras áreas, ampliando a reflexão e o diálogo. A psicologia, a psicanálise, a educação e a filosofia do direito são alguns exemplos de campos de estudo que costumam fortalecer certos diálogos e compreensões quando aliados à filosofia. Essa realidade abre a possibilidade de o profissional prestar consultorias ou até investir em uma segunda formação”, conta chefe de departamento.

Além disso, de acordo com Érico, ter formação em filosofia também pode ajudar pessoas que exercem profissões muito ligadas à reflexão sobre o mundo e a sociedade, mesmo que não estejam diretamente ligadas ao mercado de trabalho dos filósofos. Para ilustrar essa questão, ele cita o caso do presidente da França, Emmanuel Macron, que é formado em filosofia e seguiu carreira na política. 

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