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O Ministério da Educação (MEC) repassou, nesta quinta-feira (28), R$ 6,1 bilhões ao fundo que vai custear a poupança para incentivo à permanência e conclusão de estudantes no ensino médio.

“Os dados mostram que entre os estudantes mais pobres, menos da metade consegue conquistar o seu diploma do ensino médio. Portanto, o pé de medo chega para garantir mais oportunidades para a nossa juventude e já a partir de agora, em 2024”, complementa Camilo Santana.

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Com o projeto de lei aprovado pelo Congresso, o benefício ficará vinculado à frequência do aluno a no mínimo 80% das horas letivas, aprovação em cada ano, presença nas provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

As formas de ensinar e aprender se modernizam constantemente e fazem do uso de novas metodologias educacionais uma prática primordial para que as instituições do setor se conectem com professores e estudantes. Uma tendência que vem ganhando espaço nesse processo é a construção de ambientes inteligentes, que promovem a educação completa integrando metodologias e abordagens de conceitos dos mundos real e virtual. 

Para o CEO do Educacional, área de negócios da Positivo Tecnologia voltada para o setor ensino, Martin Oyanguren, “essa fusão cria o diálogo entre a tradição e a tecnologia em que nenhuma dessas áreas se opõe à outra. Pelo contrário, elas se complementam”. Mais do que um espaço tecnológico, os ambientes inteligentes são parte de uma estratégia que busca a promoção de uma educação inovadora. Para se construir esse espaço, um dos primeiros passos é integrar a grade curricular da instituição de ensino à tecnologia com a qual ela está equipada. “Aplicar metodologias que favoreçam a dinâmica das escolas é tão importante quanto os investimentos em transformação digital”, aponta Oyanguren.   

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Outro diferencial é estar alinhado à ‘linguagem’ do aluno, oferecendo uma abordagem que gere interesse e o torne protagonista do processo de conhecimento – independente da disciplina estudada. Neste contexto, a metodologia STEAM (sigla que significa Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática em inglês) é um exemplo de uma prática que pode trazer resultados e tem aplicação fácil. Além dela, a gamificação do ensino é uma maneira de gerar estímulo e mesclar os mundos digital e analógico com a proposta lúdica de desafiar o estudante a avançar em seu progresso e recompensá-lo como em um jogo de videogame. 

O executivo lembra, porém, que a instituição de ensino deve levar em conta o seu contexto geral para personalizar a educação de acordo com as demandas e com as limitações do local. É preciso também testar a aceitação dos alunos, dos responsáveis e em relação aos recursos aplicados e à transformação que está sendo realizada. Nessa trajetória de transformação dos ambientes é importante também que a transição para o uso de novas práticas, ferramentas e metodologias seja realizada de maneira progressiva e que estimule a integração. 

 

O uso da inteligência artificial como ferramenta de estudo dentro de sala de aula têm sido muito discutido, principalmente com a recente popularização da tecnologia, em especial pela chegada do Chat GPT no fim de 2022. O programa funciona como um chatbot e se dispõe a dar respostas rápidas para comandos.

Segundo o bot, ele pode fazer responder a perguntas, esclarecer perguntas, explicar conceitos, escrever textos, criar conteúdo escrito, traduzir idiomas, resumir textos, auxiliar na programação com exemplos de códigos, resolver problemas matemáticos, fornecer recomendações, sugestões de filmes, livros, músicas, restaurantes, viagens, conversar e fornecer informações gerais.

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A ferramenta é de fácil acesso, exige um login apenas por endereço de e-mail, e alcançou a marca de 100 milhões de usuários ativos mensais em janeiro de 2023. A dúvida é, como utilizar essa tecnologia tão eficiente sem atrapalhar o processo de aprendizado e esforço dos estudantes? 

IA e instituições

Ariane Feijó, estudiosa e desenvolvedora de sistema e algoritmos com o uso de IA, defende que “não dá para desinventar o que já foi inventado” e, por isso, o ideal é ter a mente aberta para poder se adaptar e aprender a utilizar a tecnologia na nossa educação. Assim como a TV não acabou com o rádio, a IA não vai acabar com os estudos. Para a empresária, o essencial é trabalhar a IA para integrar a instituição:

“A gente tem que enxergar inteligência artificial como um estagiário. Ela tá em uma fase que é um estagiário, mas ela pode chegar no nível do pós-doutor, à medida que a gente for trazendo mais informações para dentro e dependendo da empresa, da organização ou instituição que está utilizando, daqui a pouco, por estar direcionando mais ela para os seus objetivos, ela vai chegar nesse nível de educação que nos ajuda muito mais rápido”, declara Feijó.

Para a empresária de 43 anos, as instituições deveriam “perder o medo da inteligência artificial” e aproximar a relação da inteligência artificial com as tendências da instituição, transformando a tecnologia em parceria no processo de trabalho. É essencial saber acompanhar a evolução para continuar se atualizando.

A desenvolvedora ainda defende que a escola não deve desencorajar os estudantes a usar IA, muito pelo contrário, que eles estimulem mas ensinando a utilizar da forma certa, sem que ultrapassem os limites da criação e da cópia.

Um dos problemas mais discutidos quando se pensa em uso de IA como o Chat GPT para educação, é a problemática do que é plágio e o que não é. Por fazer rápidas análises, textos e resumos, existe a preocupação sobre qual o limite do que a IA pode ou não fazer pelo estudante.

A estudiosa declara: “Eu acho que não se trata aqui de limite, mas se trata de educar sobre esse uso. O ponto número um que as pessoas têm que ter em mente: Não é porque leu, ou viu na inteligência artificial, ou gerou uma informação, um conteúdo, que tá pronto. A gente tem que pensar na inteligência artificial como uma maneira de co-criar conteúdo, e não de criar. Porque não é, ela não faz o trabalho pra nós. Ela otimiza, ela agiliza, ela nos ajuda.”

O bot pode, por exemplo, explicar uma frase ou um conceito que não foi entendido, enumerar fatos destaques que devem ser estudados, sugerir temas de pesquisa, otimizando o nosso trabalho intelectual, mas nunca criando o trabalho propriamente dito. Para Ariane isso é “potencializar o conhecimento” através da tecnologia.

“A inteligência artificial ela não vai ler por nós e ela não vai substituir que a gente faça a leitura dos artigos, mas ela pode nos ajudar a trazer uma compreensão prévia mais aprofundada daquilo que está no artigo, para que quando a gente for ler a gente já saiba quais são as principais perguntas de pesquisa, as principais hipóteses, o que eu tenho que prestar mais atenção na hora de ler, então ela nos traz mais contexto”, explica.

“Acho que isso é um ponto bem importante, a inteligência artificial, ela não substitui um professor, ela não substitui a avaliação, ela não substituir a necessidade de organizar para produzir um artigo muito bem estruturado, ela não substitui nada disso, mas ela nos ajuda a acelerar, agilizar esses processos”, continua a profissional.

Ética e Inteligência Artificial

Feijó também levanta a discussão do que é ético ou não no uso das tecnologias de inteligência artificial. Para ela, não existe limite para a mente humana, mas existe o que é ético e o que não é e como as pessoas estão utilizando a ferramenta.

“O que a gente tem que discutir é como é que está sendo o uso disso tudo enquanto sociedade, não é? O que está se fazendo com esses dados que a gente gera? E principalmente garantir que a gente não copia a informação dela, que a gente realmente co-cria. Eu acho que esse é o grande ponto”, detalha a empresária

Porém, com o chatbot mais utilizado, a versão gratuita torna esse processo de co-criação ainda mais limitado. Então o cuidado com checagem de plágio deve ser dobrado, nas palavras da profissional, “tem que co-criar ainda mais”. 

“Tem que ser uma revisão mais minuciosa, tem que, eventualmente, usar outras ferramentas de checagem de plágio, tem ferramentas gratuitas, inclusive, na internet, tem ferramentas que são usadas para verificar o plágio do conteúdo gerado pela Inteligência Artificial. A própria OpenAI, que é quem criou o chat GPT, tem essa ferramenta. Então, para garantir aquilo que eu estou fazendo”, conta Ariane. 

Para ela, hoje em dia, a “inteligência artificial está correndo nas veias da sociedade” e das organizações. Um dos problemas levantados pela profissional é a disponibilidade das pessoas de fazerem perguntas, pois, muitas vezes, só procuram a resposta. Com a IA, a forma que você faz a pergunta interfere diretamente na resposta. 

Com o exemplo do Chat GPT, Feijó ainda reforça que nem sempre a IA irá conseguir dar a resposta almejada, por isso tem que saber como utilizá-la: “nem sempre ela vai nos entregar o caminho todo, né? Ou ela vai precisar de mais dados, ela vai precisar acessar a internet, ela vai precisar buscar em outras frentes.”

A internet é cada vez mais necessária no nosso dia a dia e vem mexendo com a cultura das escolas e instituições. A profissional defende que a sociedade está ainda em um processo de amadurecimento digital, conhecendo e aprendendo como lidar com as atualizações das tecnologias.

Procurando entender sobre isso, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) realizou, no mês de maio de 2023, uma reunião para discutir o uso da inteligência artificial nas escolas. Em uma pesquisa global feita pela organização com 450 escolas e universidades mostrou que menos de 10% delas possuem políticas institucionais sobre o uso de inteligência artificial generativa, como o Chat GPT.

Assim a Unesco lançou, durante a Semana de Aprendizagem Digital, no mês de setembro, a primeira orientação global sobre o uso de IA generativa na educação e pesquisa, com sete passos que devem ser cumpridos para garantir um uso exato para o estudo. Um dos pontos declarados no livro de orientação é que o limite de idade para o uso de ferramentas deve ser de 13 anos.

Esta é uma das formas de cuidar e regulamentar o avanço das ferramentas digitais nas escolas, sem impedir a interação das crianças com a IA. A empresária Ariane Feijó deseja que as instituições sejam mais curiosas em relação às inteligências artificiais, pois as pessoas costumam colocar o medo da evolução na frente do interesse pela novidade.

“Eu acho (o uso de tecnologias no ensino) fantástico, mas todo mundo precisa aprender a usar. Precisa querer usar, né? Precisa olhar pra tudo isso com menos medo e mais curiosidade. As pessoas têm muito pouca curiosidade. E aí, gera medo. Porque tu não sabe o que é, já chega com preconceito, não funciona, não é bom”, afirma.

Porém, apesar dos muitos avanços, das várias funcionalidades, inclusive com uma orientação global de uso da tecnologia nas escolas já definida pela Unesco, Ariane Feijó acredita que o potencial de educação da IA ainda vai levar um tempo para ser realmente aplicada nas escolas.

“Eu acho que mesmo tendo esse potencial, (a IA) é uma coisa que vai levar tempo ainda, porque a tecnologia está muito conectada com cultura, então para que ela seja amplamente adotada, seja por empresa, por escola, tem que ter uma mudança cultural”, finaliza a especialista.

Na última quinta-feira (3), o município Mata de São João (BA) alcançou a meta de ter todas as matrículas das escolas municipais em tempo integral. O marco foi atingido com a inauguração da Escola Municipal Professora Angelina Rodrigues do Nascimento, na Praia do Forte. Na cidade, localizada na região metropolitana de Salvador, os alunos da educação infantil e do ensino fundamental passam pelo menos sete horas por dia na escola e têm atividades de esporte, cultura e sustentabilidade.

A modalidade tornou-se política pública nacional esta semana com a sanção da Lei 14.640/2023, que institui o Programa Escola em Tempo Integral. O governo federal irá investir R$ 4 bilhões para ampliar em 1 milhão o número de matrículas de tempo integral nas escolas de educação básica em 2023. A meta é alcançar, até 2026, cerca de 3,2 milhões de matrículas.

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Mata de São João, segundo o secretário de Educação do município, Alex Carvalho, deverá aderir ao programa federal para qualificar a oferta do ensino em tempo integral. Agora, depois da sanção da lei, os detalhes do programa serão definidos após um ciclo de seminários nas cinco regiões. Os debates começaram também esta semana, em Cuiabá, na quinta e na sexta-feira (4). Os debates são transmitidos pelo YouTube.

Em Mata de São João, desde 2010 o governo local investe em educação em tempo integral. “Essa decisão se baseia nos estudos e pesquisas que foram desenvolvidas pelo município que apontaram a educação integral como uma possibilidade de melhorar a qualidade da aprendizagem dos alunos”, diz o secretário de Educação. Carvalho atribui à modalidade a melhora no desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede a qualidade do ensino. A cidade teve o melhor desempenho nos anos iniciais do ensino fundamental, do 5º ao 9º ano da região metropolitana, em 2021.

Além das estruturas das próprias escolas, os alunos contam com equipamentos da cidade para o ensino e aprendizagem. “Usamos a praia, o campo, a praça da cidade. Nossa ideia foi transformar Mata de São João em um território educativo. Fazemos trilha com os estudantes, mostramos a natureza, mostramos os projetos que tem na cidade, como o projeto Tamar e o projeto Baleia Jubarte. Apresentamos a história da nossa cidade, a relevância dela para nosso país e nosso estado. Existe esse trabalho onde os alunos aproveitam todos os ambientes possíveis de aprendizado”, diz o secretário.

Referência em tempo integral

Para o Ministério da Educação (MEC), a educação em tempo integral é a ampliação do tempo de permanência nas escolas para um período igual ou superior a sete horas diárias ou 35 horas semanais. A modalidade tem como finalidade a perspectiva do desenvolvimento e formação integral de bebês, crianças e adolescentes a partir de um currículo intencional e integrado, que amplia e articula diferentes experiências educativas, sociais, culturais e esportivas em espaços dentro e fora da escola com a participação da comunidade escolar. 

A educação em tempo integral é realidade na Escola de Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambucano desde 2004. A escola, que está localizada no Recife, funciona no colégio mais antigo do país, fundado em 1825. Os 692 alunos, todos do ensino médio, têm nove aulas por dia, das 7h30 às 17h. Eles têm três refeições diárias e as atividades são tanto conduzidas pelos professores quanto desenvolvidas pelos próprios estudantes em alguns momentos, para incentivar o protagonismo dos adolescentes.

“A gente percebe a educação integral, e costuma conversar com os estudantes, como algo que não tem a ver com o tempo que fica na escola, mas com a integralidade da formação, a integralidade enquanto formação de sujeitos sociais”, diz o gestor da escola, Oscar Neto. “Ela vai desenvolvendo autonomia, resiliência, proatividade, tomada de iniciativa. Os jovens são mais criativos, mais inventivos, argumentam, participam, refletem criticamente. Começam a construir um arcabouço necessário para o mundo e não só para o mundo do trabalho, mas para outras esferas da vida”, complementa.

Neto explica que uma das atividades é criada pelos próprios jovens, o chamado clube do protagonismo. Trata-se de clubes que funcionam nos intervalos das aulas, onde os alunos desenvolvem atividades como teatro, dança, xadrez, jogos de tabuleiro. “Eles aproveitam esse momento para interagirem, para alicerçar as aprendizagens”, explica.

Para os estudantes

A presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Jade Beatriz, é uma das estudantes que cursaram o tempo integral no ensino médio na Escola Estadual de Educação Profissional Dona Creusa do Carmo Rocha, em Fortaleza. “A experiência que eu tive foi positiva. Eu fiz curso técnico e, no contraturno, tinha oficina de teatro, oficina de dança, de canto e, inclusive, aula de reforço com professores.”

Ela ressalta, no entanto, que, para que funcione, o tempo integral precisa de uma estrutura mínima e também de bolsas para auxiliar os estudantes que permanecerão mais tempo na escola. A Ubes aponta alguns desafios para a implementação escolar, entre eles está o fato de que para implementar o ensino integral, escolas acabam fechando sobretudo o ensino noturno. Isso faz com que estudantes que precisam trabalhar acabem abandonando os estudos.

Para que isso não aconteça, a estudante diz ser necessário um auxílio para que esses alunos possam ter condições de cursar o ensino integral. Além disso, ressalta, é preciso uma melhora na merenda para que os alunos tenham acesso a três refeições que sejam nutritivas, além de melhoria na infraestrutura das escolas, muitas vezes sucateadas.

“Muitos jovens estão subempregados, como entregadores, nos sinais vendendo bala. Para combater isso e também o trabalho infantil, a gente entende que é importante ter bolsa permanência para escolas em tempo integral. Que isso seja feito de forma qualitativa, entendendo que as escolas que vão aderir precisam passar por reestruturação tanto da parte pedagógica quanto da infraestrutura”, diz Beatriz.

Educação integral

A Lei de Diretrizes e Bases (LDB), Lei 9.394/1996, prevê que as escolas tenham uma carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídas em no mínimo 200 dias de efetivo trabalho escolar, o que equivale a quatro horas diárias.  

Estender a jornada escolar é uma meta prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005/2014. O PNE estabelece a oferta de “educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos(as) alunos(as) da educação básica”. O Relatório do 4º Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE 2022 mostra que o percentual de matrículas em tempo integral na rede pública brasileira caiu de 17,6%, em 2014, para 15,1%, em 2021.

“Quando se fala de escola integral fora do Brasil, isso não faz nem sentido se é só escola, pois a escola já tem uma carga horária de sete horas. Estamos falando em um rearranjo do sistema educacional para estar em linha com o que é visto internacionalmente. A gente espera resultados semelhantes no Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Alunos] e no PIRLS [Estudo Internacional de Progresso em Leitura], mas com uma oferta de educação em tempo inferior”, diz o diretor de Projetos da Fundação Lemann, Lucas Rocha.

O gerente de Políticas Educacionais do Todos pela Educação, Ivan Gontijo, complementa: “Acho que o governo federal acerta em lançar um programa para induzir as matriculas em tempo integral para que os estudantes passem mais tempo na escola, mas o grande desafio é que essas escolas que vão ser transformadas do tempo parcial para o tempo integral sejam escolas que tenham proposta pedagógica diferenciada. Porque só aumentar a carga horaria para ser mais do mesmo não faz muito sentido. Então, acho que esse é o grande desafio para a implementação dessa política. Como garantir que essa escola em tempo integral seja verdadeiramente integral”, diz.

Gontijo ressalta que a escola em tempo integral não pode ser uma escola “em que os alunos, ao invés de passarem quatro horas sentados enfileirados passam sete horas. Não é essa a proposta. É uma proposta em que estudante são colocados no cento do processo de ensino e aprendizagem, têm seu processo de protagonismo juvenil desenvolvido, têm outra relação com o espaço da escola, isso é uma coisa que a gente precisa pensar”.

Desafios

De acordo com a coordenadora-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda, uma das conquistas no novo programa é a priorização de escolas que atendam estudantes em situação de maior vulnerabilidade socioeconômica.

“Uma das preocupações que a gente tem sempre é que educação em tempo integral normalmente tinha ficado, na história, muito dedicada a escolas urbanas, em locais que tem população mais rica, mais branca e não atingia uma população que não só precisa como tem direito a uma educação integral”, diz.  

A implementação do tempo integral traz, de acordo com a coordenadora-geral, alguns desafios como a melhoria da infraestrutura das escolas, a definição de um plano de carreira para os docentes, que passarão a trabalhar mais horas por dia em uma mesma escola, e políticas para a permanência dos estudantes.

Com apontado por Jade Beatriz, Andressa Pellanda também defende a necessidade de bolsas para estudantes. “Eu acho que uma das questões primordiais é permanência. A gente sabe que vários estudantes não ficam, saem da escola no tempo parcial porque não têm condições de se manter na escola. E, para o tempo integral mais ainda, o estudo que foi feito agora é que precisava ter um incentivo para essas populações que estão em situação de vulnerabilidade. A gente precisa de política de permanência. Educação integral sem permanência ou não existe ou existe de maneira excludente”.  

Segundo a coordenadora-geral, esse programa é um passo, mas ainda é preciso avançar, tanto na lei do PNE, quanto no financiamento, no Sistema Nacional de Educação, “para cada vez mais a educação brasileira parar de falar de educação em tempo integral e falar em educação integral, que é o modelo de direito que a gente defende”.

Na noite da última terça-feira (16), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) realizou ato na área central do Recife. O sindicato, que representa os trabalhadores e trabalhadoras de Educação no Estado, saiu às ruas para cobrar à governadora Raquel Lyra (PSDB) o reajuste de 14,95% no Piso Salarial do Magistério em toda carreira.

"O nosso lugar é na escola, mas a luta por direitos nesse governo de Raqul Lyra nos leva à ocupar as ruas oara defender a nossa valorização profissional, para defender uma escola pública de qualidade", explicou a presidenta do Sintepe, Ivete Caetano.

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Ivete Caetano, presidenta do Sintepe. Foto: divulgação/Sintepe

Na ocasião, a organização sindical entregou a Carta à Comunidade Escolar falando sobre as reivindicações da categoria, que luta pela valorização profissional e por uma escola pública de qualidade com merenda de qualidade, fardamento escolar, gestão democrática na votação para diretor, salas de aula com ar-condicionado e entre outras pautas. 

Distribuição da Carta à Comunidade Escolar durante ato. Foto: divulgação/Sintepe

Proposta rejeitada

No dia 9 de maio, durante assembleia geral, os professores e professoras da rede estadual de Pernambuco rejeitaram a proposta de reajuste salarial ofertada pela governadora Raquel Lyra. Segundo Ivete Caetano, a oferta da gestão estadual contempla apenas parte dos trabalhadores da Educação e, para o Sindicato, essa proposta é uma forma de dividir a categoria.

Em pesquisa, realizada pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) em parceria entre o Itaú Social, Todos Pela Educação, Instituto Península e Profissão Docente, professores de Pernambuco avaliam os desafios do ensino. De acordo com o levantamento, que contou com a participação de 6.775 docentes, desinteresse e defasagem das aprendizagens são os principais desafios na educação no Estado.

Ainda segundo o levantamento, os respondentes apontaram que o apoio psicológico a professores e estudantes deve ser prioridade que as secretarias de Educação devem adotar nos próximos anos. Além disso, os professores também ponturam a promoção do envolvimento das famílias na vida escolar dos filhos (16%); a promoção de programas de reforço e recuperação (15%); o aumento do salário dos professores (13%); e a melhoria na infraestrutura escolar (10%).

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Formação

A pesquisa, realizada entre julho e dezembro de 2022, também aborda a questão da formação dos professosres. 26% dos participantes concordam totalmente que os atuais cursos de graduação de pedagogia e demais licenciaturas estão preparando bem os docentes.

Para 87% dos entrevistados, cursos de graduação presenciais formam professores mais preparados. O dado vai de encontro a outro percentual, já que 61% dos profissionais graduados em Pernambuco, em 2020, estudaram à distância.

Valorização profisisonal

No que se refere à percepção sobre a valorização profissional dos professores no país, o levantamento traz dados pessimistas. Apenas 7% concordam, sendo 1% totalmente e 6% em parte, que, no Brasil, os professores são tão valorizados quanto médicos, engenheiros e advogados.

Com relação a participação na construção de políticas públicas educacionais, a maioria dos respondentes, ou seja, 95%, apontam que gostaria de participar da elaboração dessa iniciativas e programas de sua rede de ensino. 

Mesmo com um índice abaixo no quesito valorização e os desafios na carreira, os participantes, 9 em cada 10, afirmam que, se pudesse decidir novamente, ainda escolheriam ser professor.

O programa Miniempresa volta a ser realizado pela ONG Junior Achievement Pernambuco (JA Pernambuco), após uma pausa de três anos por conta da pandemia da Covid-19. As inscrições no processo seletivo para quem deseja atuar como um voluntário estão abertas até o dia 10 de abril.

Para participar, é necessário ser estudante universitário e dispor de 3h30 por semana para participar de cerca de 15 encontros. Os selecionados se envolvem diretamente na formação dos jovens empreendedores e dedicam tempo e talento para a realização de diversas atividades com os estudantes em salas de aula.

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Os selecionados passam por treinamentos e levam para a sala de aula seus conhecimentos, por meio da metodologia Aprender-Fazendo.

Durante o curso, os participantes aprendem conceitos de livre iniciativa, mercado, comercialização, produção, fluxo de caixa e informações sobre encargos e impostos e participam de atividades práticas, que estimulam o trabalho em equipe e liderança. Entre elas, estão: a Gincana de Miniempresas, a Feira de Miniempresas, quando os jovens têm a oportunidade de comercializarem seus produtos, e a Formatura de Miniempresa, que premia os melhores resultados.

Mais informações sobre o Miniempresa e outros programas desenvolvidos pela ONG Junior Achievement Pernambuco podem ser obtidas por meio do telefone (81) 3421.2277 ou e-mail luanne@jape.org.br.

Em Pernambuco, estudantes também denunciaram a existência de merenda estragada na rede pública e a falta de passe livre para alunos do interior. (Marília Parente/LeiaJá)

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Na manhã desta terça-feira (28), estudantes protestaram contra o Novo Ensino Médio na frente do Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco, localizado na região central do Recife. Organizada pela União Nacional dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (Uespe), pela União dos Estudantes de Pernambuco (UEP) e pela Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico, a mobilização também cobrou melhorias para as escolas públicas estaduais e passe livre para os alunos da rede pública do interior do estado. 

Para Jéssica Santana, diretora de Mulheres da UEP, o Novo Ensino Médio amplia as disparidades entre escolas públicas e particulares. "A proposta é a de tirar o senso crítico dos alunos da rede pública, sem aulas de filosofia e sociologia, por exemplo. Além disso, professores que tenham uma determinada formação poderão dar aulas fora dela, sucateando mais ainda o ensino", afirma.

Evandro José da Silva, presidente da Uespe, frisa que atos similares também ocorrem hoje em pelo menos vinte estados brasileiros. "Aqui em Pernambuco, o governo de Raquel Lyra ainda não se sentou com os estudantes para discutir como vai se dar a implementação desse Novo Ensino Médio. Nesse próprio ato aqui, ninguém, nenhum assessor da governadora veio nos receber. Agora mesmo, Priscila Krause [vice-governadora] chegou, ficou rindo na janela e não recebeu os estudantes", comenta.

O Novo Ensino Médio foi instituído em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, através da aprovação da Lei Federal 13.415. A proposta do Governo Federal é a de implementá-lo até 2025. "Apesar disso, até agora não houve diálogo com os estudantes e professores, nem a criação de comissões e de consulta pública nas escolas", destaca Evandro Silva. 

A nível estadual, a Uespe também denuncia a ausência de passe livre para os estudantes de cidades como Caruaru, no Agreste, e Petrolina, no Sertão. "Os estudantes da Região Metropolitana do Recife têm e os do interior não. Além disso, a gente tem recebido muitas denúncias sobre a falta de qualidade da merenda nas escolas públicas, inclusive de merenda com larva sendo servida para os alunos. Em outros casos, tem escola integral largando cedo pra sobrar lanche da tarde para o turno da noite", completa Evandro Silva.

O Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPC-PE) solicitou ao Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) a realização de uma Auditoria Especial pela equipe nas unidades de educação infantil do Recife. A visita tem como objetivo conferir a infraestrutura das escolas, apurar se há alguma irregularidade e checar a oferta da educação para os recifenses.

O MPC-PE já realizou visitas como estas no segundo semestre de 2022. Sobre a inspeção no ano anterior, a equipe observou uma carência de qualificação de professores no trabalho com alunos com deficiências e na infraestrutura das escolas. 

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“A maioria das creches e pré-escolas, à exceção de duas de referência, tem apenas uma entrada, dificultando o esvaziamento no caso de emergência/urgência”, afirma a procuradora de Contas do MPC-PE, Maria Nilda Silva.

O início do ano letivo em 2023 se aproxima e, com ele, os pais e responsáveis se encontram à procura das melhores ofertas para achar os materiais escolares exigidos na lista de materiais.

A procura sempre é esperada pelos comerciantes nos primeiros meses do ano, mas os compradores devem ir munidos de informações importantes presentes no código de defesa do consumidor.

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O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) municipal de Paulista, cidade de Pernambuco, especifica o que pode e o que não pode estar como exigência aos pais dentro desta lista.

Produtos pedagógicos de uso pessoal como lápis, tintas, borrachas e cadernos podem ser solicitados. O caso é diferente para cartolinas, etiquetas, copos descartáveis, grampeador, apagador de quadro e pilotos, pois esses materiais se caracterizam como uso coletivo e devem ser responsabilidade da escola distribuí-los.

Os materiais de higiene também não podem ser exigidos, exceto em caso do aluno estar matriculado também na creche. Dessa forma, materiais pessoais como sabonete, shampoo e escova de dente são exigências válidas. Já guardanapos, álcool em gel, papel higiênico e outros produtos de higiene coletiva são obrigações da rede de ensino.

Vale ressaltar que nenhuma escola pode exigir a marca dos produtos e aqueles materiais que não forem usados no fim do período letivo devem ser devolvidos. O Procon de Pernambuco também alerta sobre a chamada “compra casada”, a práticaconsiste em obrigar os pais a comprar um produto escolar em determinado estabelecimento, o que é ilegal. Se há algo particular exigido pela escola, o consumidor deve estar previamente ciente sobre.

 A deputada federal Marília Arraes (SD) protocolou um Projeto de Lei (PL) na Câmara para incluir a educação midiática no ensino básico. O texto propõe que a temática de combate às fake news entre no currículo escolar para desenvolver o pensamento crítico logo nas primeiras séries de ensino. 

O PL 2985/2022 que incluir o tema na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional como forma de oferecer cidadania focada no conhecimento sobre a dinâmica das redes sociais. A intenção é que a população, sobretudo crianças e jovens, sejam preparados para identificar a veracidade de informações compartilhadas em aplicativos e redes sociais. 

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"A educação midiática tem se mostrado uma das mais promissoras ferramentas de proteção contra esse cenário. Há um estudo do Instituto Open Society que analisa a população da Finlândia e mostra que lá as pessoas são mais resilientes à desinformação entre os 35 países estudados", afirmou a deputada. 

Preocupada com a radicalização de opiniões em uma realidade de disseminação sistemática de notícias falsas, Marília avaliou os efeitos da alfabetização midiática no modelo de ensino finlandês e pretende incluir algo semelhante no Brasil. 

“Abordagens semelhantes poderiam ter impactos muito positivos no Brasil, afinal, enfrentamos o desafio da desinformação e da manipulação da opinião pública com informações falsas. Esse é um tema muito sério. Conheço muito bem essa realidade. Ao longo dos últimos anos fui algo de dezenas de fake news e sei a devastação que elas são capazes de promover na vida das pessoas e de toda a sociedade", concluiu. 

Para qualquer criança que tenha deficiência auditiva desde o nascimento ou no começo da infância, a linguagem de sinais será sua primeira língua. Seu uso é importante para a comunicação, expressão e raciocínio . Libras será a primeira língua e  o português a segunda, por causa do desenvolvimento pessoal e social. Desde 2005, se tornou obrigatória a inclusão de disciplina que ensina a Língua Brasileira de Sinais (Libras) em todos os cursos de formação de professores – Pedagogia, Educação Especial e todas as licenciaturas. 

Para quem deseja estudar Libras, a dicas é entender e avaliar os outros sentidos. É justamente por isso que  o ouvinte e intérprete deve evitar tocar no surdo sem fazer contato visual antes, já que ele pode se assustar com essa atitude imprevista e até mesmo brusca, por exemplo. O toque é um dos sentidos mais aguçados da pessoa surda, sendo assim, acene quando for se dirigir a ela. O olhar também é imprescindível nesse sentido, para isso, pratique bastante a comunicação olho a olho. A expressão facial é um recurso muito importante porque se trata de um recurso que auxilia na compreensão e interpretação das mensagens.  

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É necessário utilizar repetições para dar ênfase e reforçar a mensagem.  O YouTube hoje é uma plataforma digital que reúne várias pessoas fluentes na língua como profissionais e surdos. Trata-se de treinamento e conhecimento de palavras novas. Para conhecer mais sobre como fazer algumas palavras em Libras no Instagram, siga @falailibras e @ritadlibra.

Outra dica é buscar palavras específicas no dicionário online do Acessibilidade Brasil. Não se trata de apenas um cumprimento da Lei, mas também é importante para o desenvolvimento da pessoa. E na escola, é o lugar ideal para a aprendizagem.

Os outros motivos de estudar Libras e ter sua importância para os professores e instrutores são: inclusão social, formação humanizada, gerar vínculo entre aluno e professor, quebra de barreiras na comunicação, agilidade de raciocínio e de ação e contribuir para novas oportunidades profissionais. Isso promove uma educação mais igualitária e inclusiva, e um ponto de partida com um círculo social amplo. Vale ressaltar que, este aprendizado não serve apenas para os profissionais da educação, mas sim para todos aqueles que querem possuir uma comunicação abrangente.  

 O Conservatório Pernambucano de Música (CPM) abriu inscrições para seu processo seletivo com oportunidades nos cursos técnicos de canto, composição e arranjo, regência e instrumento musical. As inscrições para estes cursos vão até o dia 13 de novembro e são voltadas para pessoas já com conhecimento musical teórico e prático.

Não há taxa para inscrição e ela pode ser feita de forma online através do site da Instituição da CPM até o dia 13 de novembro. Após esse período, serão abertas também inscrições para os cursos de iniciação musical, preparatório e curso livre, a partir do dia 27 de novembro ao dia 04 de dezembro, também pelo site.  

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Para se candidatar é importante que o aluno esteja matriculado no ensino médio ou já ter ensino médio completo, também é importante ter disponibilidade para ter as aulas de forma presencial. As aulas teóricas acontecem apenas durante a tarde e a noite, diferente das práticas que acontecem exclusivamente pela tarde.

As provas acontecerão no dia 15 de dezembro no período da manhã e da tarde. Os resultados saíram no dia 16 de dezembro e haverá espaço para o recurso da prova teórica no mesmo dia. Os candidatos aprovados devem realizar sua matrícula no dia 19 de dezembro. As aulas começaram no dia 06 de fevereiro de 2023.

Com o avanço das redes sociais e da tecnologia, ficou mais fácil o aprendizado, sendo possível realizar cursos, se especializar e até mesmo se graduar em diversos segmentos sem sair de casa. Atualmente, a internet e suas plataformas, como TikTok, Instagram e YouTube, por exemplo, se tornaram grandes aliados para a educação, adicionando novos significados para aprender e ensinar.

Morador de Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife, o professor de matemática e policial aposentado Erinaldo Oliveira tem sido um exemplo de uso das redes sociais como novas formas de aprendizagem. Aos 70 anos e autodidata, o senhor é destaque na plataforma de vídeos TikTok, onde ensina sobre variados temas, como matemática, neuroanatomia, hebraico e química básica.

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Erinaldo afirma que a educação faz parte da sua vida e pretende repassar para todos que desejam buscá-la. Para o professor, nada é difícil, mas com perseverança e treinamento todos conseguem alcançar seus objetivos. “Desde que a gente tenha um pouco de conhecimento e passe para alguém, não estamos somente ajudando, mas também fazendo uma coisa que gostamos. Eu incentivo muito, mesmo nessa idade ainda continuo estudando. Se eu fosse mais novo seria mais vantajoso, mas o meu objetivo é aprender e repassar conhecimento para alguém que esteja desestimulado no estudo”, conta, em entrevista ao LeiaJá.

Dentre os assuntos que ensina, o professor relata que há menos de seis meses vem estudando constantemente sobre neuroanatomia e, desde então, tem focado nesse assunto em suas lives, além dos idiomas russo e hebraico.

Erinaldo usa o Tiktok para ensinar sobre matemática, química, anatomia e idiomas (Arquivo pessoal)

Tudo começou há cerca de dois anos quando o seu genro, apresentou a Erinaldo o TikTok e o incentivou a passar seus conhecimentos para outras pessoas. As lives acontecem de segunda a sexta-feira, a partir das 21h30, e contam com a presença de centenas de estudantes. Mesmo sendo muito dedicado e cuidadoso em suas aulas, Erinaldo conta que foi ridicularizado por um internauta, situação essa que o fez desistir temporariamente de ensinar na plataforma.

“Entrou um rapaz em uma live minha e começou a perturbar, me chamando de velho e que era pra eu 'tá' dormindo. Eu fiquei chateado e passei de oito meses há um ano sem fazer live nenhuma, mas como eu não posso ficar sem ensinar, porque eu amo o ensino, tive que voltar. Fiz um vídeo falando sobre isso e mil e poucas pessoas comentaram e me incentivaram a voltar”, relata o professor.

Além das lives e publicação de vídeos na plataforma, o professor também conta co turmas de árabe, hebraico e coreano no WhatsApp, onde ensina o básico da conversação e gramática de forma totalmente gratuita. “Toda aula eu digo: ‘olhe, quem quiser aulas de idiomas vá no meu privado e mande o zap’, aí eu mando fotos, vídeos, áudios, tiro dúvidas e tudo de graça”, finaliza.

O curso técnico em Sistema de Energia Renovável, ministrado na Escola Técnica Estadual Pedro Muniz Falcão, em Araripina, município de Pernambuco, se tornou referência nacional para o desenvolvimento de novos cursos da área. 

O destaque se deve à grade curricular do curso, desenvolvido com o apoio da Auren Energia, Instituto Votorantim, Itaú Educação e Trabalho e o Governo do Estado de Pernambuco, que juntos projetaram modelos de atividades de interação entre o mundo do trabalho e a escola.

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O projeto é resultado de um levantamento elaborado pela empresa, que identificou as potencialidades e demandas do mercado para o segmento de energia na macrorregião. O objetivo da companhia é contribuir para evidenciar uma das vocações da região Nordeste: a geração de energia renovável.

A capacitação é totalmente alinhada às recomendações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para fomentar a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) no Brasil, assim, o curso se sobressai por ser moderno e atento às oportunidades sustentáveis atuais. 

Além da construção de um currículo de referência, a escola técnica também ganhou espaços modernos e preparados para a prática profissional. Foram instalados por meio das doações de empresas parceiras da ETE, os Laboratórios de Eletrônica e o de Mecânica, que foram equipados com protótipos de turbina eólica e células fotovoltaicas para geração de energia solar, oferecendo mais qualidade para o desenvolvimento dos alunos do curso. 

O currículo foi elaborado visando desenvolver competências gerais exigidas no mercado de trabalho, como capacidade de resolver problemas, iniciativa, criatividade, raciocínio lógico e flexibilidade. Outra preocupação foi criar um currículo abrangente, que abordasse além de energia eólica e solar, já bastante consolidada na região, outras fontes, como hidroelétrica e biomassa, por exemplo, ampliando o campo de atuação e empregabilidade desses profissionais. Entre as disciplinas oferecidas pela profissionalização, estão: Eletricidade Básica, Fundamentos de Energia Solar e Eólica, Eletrônica Básica, Energia Solar Térmica, Energia Hidráulica e Biomassa, entre outros. 

Esses cursos oferecem uma certificação profissional de qualidade aos jovens da região, aumentando as chances de inserção no mundo profissional. Além disso, o Ensino Técnico possibilita a inclusão em serviços mais especializados, como a área de tecnologia.

O ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, disse, nesta quinta-feira (19), que acredita que a plataforma Avaliações Diagnósticas e Formativas, que visa monitorar e classificar o ensino em todos os níveis no Brasil, poderá se tornar “um dos maiores bancos de dados para avaliação da educação básica no mundo” em pouco tempo. A afirmação foi feita durante a abertura do 1º Fórum de Discussão de Resultados das Avaliações Diagnósticas e Formativa do Ministério da Educação.

“Essa ferramenta muito em breve, vai se tornar um dos maiores repositórios de dados de avaliação da educação básica em todo o mundo. E esses frutos representam uma esperança. Esperança de que possamos não só enfrentar os efeitos da pandemia na qualidade da educação brasileira, mas também enfrentar outras deficiências que nós temos na nossa educação”, disse.

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O ministério aposta na plataforma para avaliar quanto os estudantes aprenderam em determinado período. No ambiente virtual estão disponíveis 579 cadernos de avaliação, compreendendo os componentes curriculares de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências da Natureza, Língua Inglesa, Fluência e Produção Textual. As avaliações correspondem ao primeiro ciclo de 2022 e abrangem toda a etapa do ensino fundamental (1º ao 9º ano) e ensino médio (1º ao 3º ano).

Os primeiros resultados serão tornados públicos pelo ministério para serem discutidos. As possibilidades de enfrentamento das defasagens encontradas, inclusive as intervenções pedagógicas focalizadas nos pontos de maior fragilidade fazem parte dessa discussão.

Ainda neste ano, serão disponibilizados 4 ciclos de avaliações diagnósticas e formativas, permitindo o acompanhamento do desempenho dos estudantes bimestralmente e uma melhor organização do trabalho pedagógico das escolas com objetivo de recuperar, efetivamente, as dificuldades de aprendizagem mapeadas pela plataforma.

A Universidade Guarulhos (UNG) promoveu nesta terça-feira (17) um encontro entre pesquisadores nacionais e internacionais no evento do 5º Fórum de Ensino, Pesquisa e Extensão (FEPE), com o tema “O mundo Pós-Pandemia e o Futuro das Universidades”. Para discutir o assunto, a UNG recebeu o prof. O Dr. Carlos Renato Seabra, diretor do Pólo Portugal da Competency do Brasil e Ph.D. em Business Administration pela Florida Christian University. O fórum também contou com a participação do pró-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da UNG, prof. Dr. Márcio Magera, e do presidente da Aliança Evangélica de Angola (AEA), pastor e prof. O Dr. António Mussaqui.  

Segundo o professor Magera, a pandemia impôs desafios às instituições de Ensino Superior e é preciso compartilhar informações para buscar soluções inovadoras. “O fórum tem como objetivo discutir o futuro das universidades em um mundo pós-pandemia e de como as pesquisas científicas e atividades de extensão podem melhorar o desenvolvimento social e econômico da sociedade”, explica.  

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Em um estudo sobre tecnologia estudantil de 2017 realizado pela empresa americana Ellucian, 97% dos alunos entrevistados disseram que a tecnologia fora da sala de aula era tão importante quanto a tecnologia dentro da sala de aula. Além disso, 87% dos alunos da pesquisa disseram que a competência tecnológica de universidades é um fator importante. Na União Europeia, deve atingir os 50% o número de pessoas entre 30 e 34 anos com formação superior em 2030. De acordo com o site do governo brasileiro, existem no Brasil 2.608 instituições de educação superior.  

“A Universidade a todo momento nos auxilia a fazer pesquisa e isso é muito importante. Como universidade, nós temos esse papel de pesquisa e a instituição  a todo  momento nos apoi,  tanto quando a gente estava no período remoto fazendo pesquisas com o incentivo da Universidade, tanto em disponibilização de fomento destinados aos alunos em bolsas de estudos. Isso é importantíssimo, porque a gente sabe que os nossos alunos também precisam desse incentivo, principalmente também financeiro”, conta a orientadora de iniciação científica da Universidade Guarulhos, Fernanda Marcucci.  

Por Camily Maciel

As inscrições para o Exame Supletivo 2022 na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) serão abertas na próxima quarta-feira (4), por meio do site da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE). As candidaturas podem ser feitas até o dia 30 de maio. O exame concederá certificado de conclusão do ensino fundamental e do ensino médio.

Podem participar do Supletivo 2022, estudantes com idade a partir de 15 anos (para ensino fundamental) e 18 anos (para ensino médio). As provas serão aplicadas no dia 6 de novembro. O exame também será realizado por pessoas privadas de liberdade (PLL) nas cadeias públicas e unidades para adolescentes infratores no dia 7 de novembro.

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De acordo com o Governo do Estado, o resultado final do Exame Supletivo 2022 será divulgado no site da Secretaria de Educação e em todas as 16 Gerências Regionais de Educação (GREs).

A startup Kultivi, plataforma de ensino gratuita, oferece curso de teoria musical. A formação será por meio de videoaulas e os interessados podem se inscrever por meio do site da iniciativa, que é direcionada a músicos, profissionais ou amadores.

O curso, ministrado pelo professor Alex Zanão, contará com conteúdos exclusivos sobre escalas, compassos, figuras rítmicas e a escrita de notas e partituras, material de apoio, exercícios e canais de comunicação. Os conteúdos podem ser acessados em até 24 horas pelos participantes, que, ao final do curso, receberão certificado de conclusão.

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A CAPES publicou, na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União, o edital nº 10/2022 do Programa Institucional de Doutorado-Sanduíche no Exterior (PDSE). O processo de seleção interno dos doutorandos vai até 31 de março. O investimento previsto pela CAPES é de até R$81,8 milhões para financiamento de até 1.400 bolsas. Os benefícios durarão de seis a dez meses.

Cláudia Queda de Toledo, presidente da CAPES, diz que a internacionalização é fundamental para o desenvolvimento da ciência brasileira.

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“Com o PDSE, fomentamos o intercâmbio científico e qualificamos os pesquisadores do País. Esse processo fortalece a comunidade acadêmica e científica nacional”, afirma.

O PDSE tem por objetivo complementar e aumentar as possibilidades de formação ofertadas no Brasil, ampliando a colaboração com cientistas do exterior, além de contribuir para expandir a visibilidade da produção científica da comunidade acadêmica do País e fortalecer os programas de pós-graduação brasileiros.

Regras

Para participar do PDSE, o candidato deverá estar matriculado em curso de doutorado no Brasil, não possuir título de doutor, ter sido aprovado no exame de qualificação ou ter cursado o primeiro ano do doutorado, comprovar proficiência em língua estrangeira e não acumular a bolsa com benefícios para a mesma finalidade de outras agências de fomento.

Após a finalização dos estudos no exterior, o bolsista deve retornar ao País para a defesa da tese. Os programas de pós-graduação participantes do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt) não poderão indicar bolsistas para o PDSE.

Os selecionados pelas instituições deverão se inscrever na página do Programa, de 4 abril até as 17h de 25 de abril.

As dúvidas em relação ao edital ou dificuldades técnicas deverão ser enviadas para o e-mail pdse@capes.gov.br em até dois dias antes do final das inscrições.

As pró-reitorias de pós-graduação (ou equivalentes) terão de 2  a 13 de maio, até as 17h, para homologar as candidaturas. Estas serão analisadas pela CAPES, que publicará uma relação preliminar de aprovados a partir de 22 junho.

Os candidatos não selecionados terão 10 dias corridos após a comunicação da Fundação para recorrer junto à Coordenação de Candidaturas a Bolsas e Auxílios no Exterior.

O resultado final será publicado a partir do dia 11 de julho e o início das atividades no exterior se dará entre setembro e novembro desse ano.

Com informações da Redação CCS/CAPES

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