Tópicos | Pensamento

Você provavelmente já se viu nessa situação. Largado no sofá, após um longo e cansativo dia de trabalho, no qual teve de "pensar demais". Não quer se concentrar em mais nada, namora o aplicativo de delivery ou navega sem rumo pelas redes sociais. Mas por quê? Em estudo publicado na revista científica Current Biology, pesquisadores franceses sugerem que isso está relacionado "à necessidade de reciclagem de substâncias potencialmente tóxicas acumuladas durante o exercício do controle cognitivo". A substância em questão se trata do glutamato, principal neurotransmissor excitativo do cérebro, que desempenha papel importante em aprendizado e memória.

Conforme a pesquisa, a substância se acumula em "condições estressantes" ou "com demandas crescentes de tarefas". "O problema com concentrações muito altas de glutamato extracelular (fora da célula) não é apenas a ruptura do equilíbrio excitação/inibição, mas também a indução de bursts (explosões) de ativação, que podem prejudicar a transmissão de informações e causar excitotoxicidade (que pode causar morte ou lesão neural) nos casos mais graves", escrevem.

##RECOMENDA##

Para a revista científica Science, o autor principal do estudo, Antonius Weihler, psiquiatra do GHU Paris Psychiatry and Neurosciences, falou que a ciência ainda está longe de poder dizer que "trabalhar duro mentalmente causa um acúmulo tóxico de glutamato no cérebro". À outra publicação científica, a Nature, ele explicou que quer usar os resultados para aprender como se recuperar da exaustão mental. "O sono ajuda? De quanto tempo as pausas precisam ser para ter um efeito positivo?"

Fadiga

Para testar essa hipótese metabólica da fadiga cognitiva, os cientistas analisaram 40 pessoas divididas em dois grupos, executando tarefas cognitivas por cerca de seis horas. Parte fazia atividades mais complexas e os outros, tarefas consideradas mais simples.

Após blocos de atividades, os participantes tinham de fazer quatro escolhas econômicas, associadas a recompensas monetárias. Elas serviram para análise da fadiga. Isso porque os maiores valores eram associados a demandas de alto esforço - pensar ou se exercitar fisicamente, por exemplo - e a um maior tempo para recebê-la - atraso no recebimento.

Enquanto se faziam essas escolhas, os cientistas analisavam os níveis de glutamato no córtex pré-frontal lateral, por meio de ressonância magnética. A região cerebral está envolvida na tomada de decisões e na regulação emocional - é uma das últimas do cérebro a se desenvolver e tem maturação importante na adolescência. E também faziam um rastreamento ocular para observar a dilatação da pupila, que, segundo eles, já "foi validada como um índice de esforço cognitivo".

Os pesquisadores descobriram que o grupo que fez tarefas mais complexas apresentava "alto nível" de glutamato no córtex pré-frontal lateral, e uma redução de dilatação da pupila na hora de fazer as escolhas econômicas. Ao contrário daqueles que fizeram atividades mais simples, que preferiram opções imediatas de recompensa que envolviam menos esforço, mesmo que, no longo prazo, representassem ganho menor. Segundo eles, os resultados replicam e estendem pesquisas que mostraram que exercer "intenso controle cognitivo", em trabalho intelectual ou esporte de resistência, induz uma forma de fadiga cognitiva que "se manifesta como uma maior preferência por opções imediatas".

Limitações

Mas o estudo apresenta limitações. "Nossos resultados são apenas correlacionais e não podem ser tomados como prova de que o que limita o esforço do controle cognitivo é a necessidade de prevenir o acúmulo de glutamato", advertem. Além disso, há limitações técnicas: os scanners usados não são capazes de quantificar a presença de outras substâncias.

Nesta quinta-feira (18) é celebrado o Dia Mundial da Filosofia. A data foi instituída em 2005 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e, desde então, passou a ser comemorada na terceira quinta-feira do mês de novembro. Vale lembrar que a data celebra o pensamento filosófico como componente essencial na cultura, e também visa manter a memória de grandes nomes da história como Sócrates, Platão e Aristóteles.

De acordo com Jelson Oliveira, filósofo, professor e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), a filosofia pode ser compreendida como um reservatório da cultura humana. “Por tratar dos problemas centrais da vida humana ao longo dos tempos, ela guarda um conjunto de questões e de tentativas de respostas que ajudaram a humanidade a compreender o mundo, os outros seres e o próprio lugar do ser humano no universo”. Oliveira ressalta dizendo que esta lógica acontece há séculos e perdura até os dias de hoje, ajudando a humanidade a encontrar respostas por meio do pensamento lógico.

##RECOMENDA##

A partir disso, a filosofia pode ser entendida como um horizonte da liberdade, e segundo o especialista, ela serve como atitude de vida, e como opção pelo pensamento. “Embora todos possamos pensar, nem todos escolhem o pensamento. É nisso que a Filosofia pode nos ajudar e com ela teremos encontrado os caminhos para uma vida mais plena”. Neste sentido, a filosofia mostrou ter papel fundamental em vários períodos da história, seja para entender a origem da natureza, a importância da vida humana na sociedade, os questionamentos acerca de Deus, além da relação entre igreja e estado.

Desta forma, é possível mapear como a filosofia é um dos tripés para o mundo seguir em evolução. Segundo Oliveira, um mundo sem filosofia, é um mundo sem cultura, sem capacidade de pensamento, sem seres humanos plenamente realizados. “É um mundo entregue unicamente aos instintos naturais, aos comandos da necessidade, é um mundo sem liberdade e sem nenhum horizonte de sentido. Um mundo sem Filosofia seria um mundo habitado por seres que jamais teriam alcançado o progresso cultural e que estaria desprovido de qualquer capacidade de avaliação sobre os rumos de suas vidas”, explica.

Por conta disso, o especialista destaca que a filosofia não possui idade certa para ser aplicada, já que todos os seres humanos precisam ter pensamento crítico. “Alguém já escreveu que cedo ou tarde, a vida há de transformar a todos em filósofos, porque a vida exige de nós essa reflexão profunda que a filosofia oferece. Nem que seja na velhice, quando a gente olha para trás e avalia o que fizemos com o nosso tempo. Já disseram também que o tempo é o principal tema da Filosofia e que aprender a filosofar não é mais do que aprender a morrer”, reflete.

A importância de uma data

Para o especialista, ter uma data comemorativa como o Dia Mundial da Filosofia ajuda a relembrar temas e sentimentos que acabam sendo esquecidos na correria do cotidiano. “Um Dia Mundial da Filosofia só faz sentido se ele nos ajudar a refletir sobre os problemas da Filosofia e, quem sabe, nos inspirar a pensar um pouco mais sobre nós mesmos, sobre o que estamos fazendo com o tempo de vida que nos cabe viver”, finaliza.

 

 

A deputada federal Maria do Rosário (PT), uma grande crítica do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) voltou a tocar no nome do militar, nesta quinta-feira (22), ao comentar sobre a saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos. A petista afirmou, por meio de vídeo, que Bolsonaro tem um “pensamento tosco”. 

Rosário disse que o governo cria o caos antes mesmo de assumir e ressaltou que é preciso uma solução imediata porque o que vale é a vida das pessoas. “E não a opinião de quem, por ventura, por sua linha ideológica, seu pensamento tosco e absurdo, prefere a guerra de posições do que a vida dos brasileiros e brasileiras”. 

##RECOMENDA##

A parlamentar, que já protagonizou momentos de tensão com o capitão da reserva, em 2014, quando ele disse que a deputada não merecia ser estuprada porque era “muito feita” e porque ela não fazia “seu tipo”, também salientou

que o governo Bolsonaro está cometendo uma “irresponsabilidade”. “É uma irresponsabilidade o que comete este governo que está prestes a assumir falando que está obstinado em desfazer os princípios do SUS”, alfinetou também ressaltando que a medida é “ideologizada”. 

No seu discurso, ainda exaltou os ex-presidentes Dilma e Lula porque, de acordo com suas palavras, nos governos do PT foram criados programas e oferecidos vagas em todos os lugares do país oferecendo atendimento médico onde antes não existia. “No governo Dilma foram criadas inúmeras universidades, faculdades de Medicina, no interior do Brasil, em regiões de floresta, do campo e de fronteira justamente para criarmos uma geração de médicos e medicas acostumados e trabalhando com medicina preventiva e com medicina de atendimento a população brasileira na filosofia do SUS”. 

Concluindo, Maria do Rosário chegou a falar que era grata aos cubanos. “Eu sou grata, nós somos gratos, o povo brasileiro é grato a Cuba e aos médicos cubanos pelo trabalho realizado aqui e nós sabemos que a altivez dele que não os permitem ficar em um momento como este, mas nós queremos que nesses lugares existam médicos atendendo à população”.

O senador Magno Malta (PP) não gostou nada de uma declaração do ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso (FHC). O tucano disparou, em um seminário, contra o pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSC). FHC falou que o presidenciável não tem “pensamento liberal” e complementou: “Não sei se até tem pensamento”. 

Magno se exaltou ao deixar um recado a FHC chamando-o de “tucano velho de alta plumagem”. “Que gosta de qualificar as pessoas. Eu gostaria que ele me dissesse o que pensa a respeito das pessoas do seu partido, de muita plumagem e bico grande, que estão envolvidos na Lava Jato. Ele não se manifesta. Eu gostaria que o senhor Fernando Henrique se manifestasse em relação àqueles que estão envolvidos com JBS, com a Queiroz Galvão”, disparou durante sessão no Senado Federal. 

##RECOMENDA##

“Mas deixa eu dizer uma coisa ao senhor. De repente porque o Bolsonaro não lambe a sua mão, não convive com o senhor, não merece o seu respeito. Eu muito menos porque Bolsonaro ao menos tem curso superior. Eu fiz vestibular três vezes e não passei em nenhum”, ressaltou. 

O senador ainda chegou a pedir que o ex-presidente colocasse um pijama e assistisse pela televisão, no dia 1º de janeiro de 2019, a posse de Jair Bolsonaro. “Vou lhe dar um conselho: põe o pijama do senhor, peça saúde a Deus, sabedoria, sente na cadeira e espere para o senhor assistir pela televisão, não vai ser aqui não, o novo presidente do Brasil: Jair Messias Bolsonaro”, falou com convicção. 

Magno Malta ainda falou que o “fundamento da economia” foi dada no governo FHC e que ninguém poderia tirar isso dele, mas detonou logo em seguida. “Você fez uma resolução mandando acabar com a escola técnica. Onde já se viu isso? Por parte de um intelectual?”. 

 

 

Ano novo, vida nova. A frase ecoa ao longo de todo o mês de janeiro. Muita gente tira do bolso algo como uma check list, com planos e metas para serem realizados. Mas, segundo especialistas, sem determinação, de nada vale o pensamento positivo.

“É óbvio que pensar positivamente, por si só, não vai mudar em absolutamente nada a vida, porque os pensamentos não modificam a realidade”, diz o psicólogo Marcio Valente. Ele compartilha a ideia de que não é o pensamento positivo que vai mudar a vida da pessoa, mas quando ela passa a acreditar no potencial e nas ações diárias pela mudança, mesmo com obstáculos. “Eu não posso, por exemplo, pedir para uma pessoa que é um cadeirante chegar na frente de uma escada e pensar positivamente para aquela escada ser transformada, ou como seria um mundo melhor se aquela escada fosse uma esteira ou um elevador. Ele provavelmente passaria horas, dias, meses, séculos pensando, e aquela escada permaneceria lá, enquanto escada”, exemplifica o psicólogo.

##RECOMENDA##

Marcio Valente também mostra de que forma podem ser interpretados os pensamentos positivo e negativo na vida. “Todos nós, em linhas gerais, planejamos algo, pensamos naquilo que podemos fazer, e no que não acreditamos que podemos fazer. Eu acho que aí pode entrar a questão do que eu vou interpretar como pensamentos positivos e negativos”, explica.

Sabrina Queiroz, terapeuta ocupacional, tem ideia diferente. Para ela, quando pacientes passam por algum transtorno físico ou mental, o pensamento positivo pode ajudar na hora do tratamento. “Se eu acredito que eu vou melhorar o meu desempenho todos os dias, eu consigo me motivar e ir todos os dias para a terapia. O paciente vai sem sono, ele vai com vontade de fazer, superando as dificuldades do dia a dia como pegar um ônibus lotado. Então quando começo a ter pensamentos positivos tudo conspira a favor”, explica Sabrina.

Marcio Valente não concorda com a frase “Mente positiva atrai o sucesso”. Para ele, depende do que você aceita como sucesso. “O sucesso, pra mim, é uma coisa difícil de ser dita. Segundo nossos valores, sucesso é, em uma cidade como Belém, andar de carro, comer em restaurantes bacanas. A partir do momento em que se começa a encontrar uma forma de se relacionar consigo mesmo, de que você é capaz de se acolher naquilo que você tem, aí está o segredo do sucesso”, comenta o psicólogo.

O economista João Claudio Arroyo explica que o pensamento positivo na hora de abrir novos negócios é fundamental para o sucesso e continuidade, mas deve ser trabalhado para que ele não fique apenas no ideal. “O pensamento positivo é fundamental, mas ele não pode ser um pensamento mágico. O pensamento positivo tem que ser um pensamento estratégico, tem que ter uma consciência dos recursos que ele dispõe e de como ele vai poder reorganizar e formatar esses recursos como produto, e identificar problemas”, explica o economista.

Por Maria Clara Silva.

[@#galeria#@]

A filosofia, ramo do conhecimento que estuda problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, valores morais e estéticos, à mente e à linguagem, tem sua atuação tradicionalmente voltada ao debate acadêmico e ensino. No entanto, também é possível se formar em filosofia e trabalhar sem dar aulas. O LeiaJá entrevistou o professor e chefe do departamento de filosofia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Érico Andrade, para listar quais são as áreas de atuação para graduados em filosofia.

De acordo com o professor, a principal atividade dos filósofos é o ensino, tanto no nível superior como no ensino médio. “A filosofia está substancialmente ligada ao ensino, no ensino médio e no superior, estimulando o pensamento, auxiliando o raciocínio e a reflexão, que ajuda os alunos em outras áreas de estudo”, explica.

##RECOMENDA##

Apesar disso, também há outras possibilidades de trabalho para quem escolhe fazer um curso superior de filosofia. Segundo o professor Érico, é possível aliar a filosofia a outras áreas do conhecimento e trabalhar com consultorias, por exemplo. Outra possibilidade é fazer outa graduação e atuar unindo as duas áreas.

“É fundamental o poder de formação da filosofia em todas as áreas do conhecimento, então é interessante conjugar a filosofia com outras áreas, ampliando a reflexão e o diálogo. A psicologia, a psicanálise, a educação e a filosofia do direito são alguns exemplos de campos de estudo que costumam fortalecer certos diálogos e compreensões quando aliados à filosofia. Essa realidade abre a possibilidade de o profissional prestar consultorias ou até investir em uma segunda formação”, conta chefe de departamento.

Além disso, de acordo com Érico, ter formação em filosofia também pode ajudar pessoas que exercem profissões muito ligadas à reflexão sobre o mundo e a sociedade, mesmo que não estejam diretamente ligadas ao mercado de trabalho dos filósofos. Para ilustrar essa questão, ele cita o caso do presidente da França, Emmanuel Macron, que é formado em filosofia e seguiu carreira na política. 

LeiaJá também

--> Entenda o mercado de trabalho dos cientistas políticos

--> Saiba tudo sobre o trabalho de um guarda-vidas

Muitas pessoas prefeririam causar dor a si próprios do que passar 15 minutos em um quarto sem nada para fazer além de pensar, revelou um estudo publicado nesta quinta-feira (3). Cientistas das Universidades da Virgínia e de Harvard fizeram 11 experiências diferentes para ver como as pessoas reagiam quando solicitado que passassem algum tempo sozinhas.

Mais de 200 indivíduos participaram das experiências. Alguns eram estudantes universitários, outros, voluntários, com idades entre 18 e 77 anos, que foram recrutados em locais tão diferentes quanto uma igreja e uma feira.

##RECOMENDA##

Os pesquisadores pediram que se sentassem sozinhos em um quarto sem adornos, sem telefone celular, material para leitura, ou para escrever, e depois que relatassem como fizeram para se entreter sozinhos com seus pensamentos entre 6 e 15 minutos.

O resultado foi que mais de 57% acharam difícil se concentrar, e 80% disseram que seus pensamentos vagaram. Cerca da metade achou a experiência desagradável. "A maioria das pessoas não gosta de 'só pensar' e prefere claramente ter algo diferente para fazer", destacou o estudo, publicado na revista "Science".

Trapaças e self-shocking 

Os cientistas, então, voltaram suas atenções para o que as pessoas faziam para evitar ficar sozinhas com seus pensamentos. Em uma das experiências, solicitaram aos estudantes que dedicassem um tempo para pensar em casa.

Depois, 32% relataram ter trapaceado, saindo de suas cadeiras, ouvindo música, ou vasculhando os celulares. Um número maior de adultos recrutados fora da universidade - 54% - quebrou as regras, disse a coautora Erin Westgate, estudante de Doutorado da Universidade da Virgínia.

"E esse número provavelmente está subestimado, porque aqueles são apenas os que foram honestos e nos contaram que tinham trapaceado", declarou à AFP. Os cientistas se perguntaram, então, até que ponto os estudantes iriam para buscar algum estímulo, enquanto permaneciam sozinhos com seus pensamentos.

Um estudo piloto inicial revelou, de forma surpreendente, que os estudantes prefeririam ouvir o som de uma faca raspando ao silêncio absoluto. "Nós achávamos, é claro, que as pessoas não dariam choques em si mesmas", disse Westgate.

Em um dos estudos, eles deram uma oportunidade para avaliar diferentes estímulos: de ver fotos atraentes à sensação de receber um choque elétrico tão forte quanto se sentiria ao arrastar os pés no tapete.

Depois que os participantes sentiram o choque, que Westgate descreveu como moderado, alguns se sentiram tão incomodados que disseram preferir pagar US$ 5 a voltar a senti-lo.

Em seguida, cada indivíduo foi para um quarto, sozinho, para pensar por 15 minutos. Os cientistas disseram que eles teriam a chance de se dar choques, caso quisessem. Dois terços dos indivíduos masculinos - 12 de 18 - deram choques em si próprios pelo menos uma vez enquanto estiveram sozinhos.

A maioria dos homens deu entre um e quatro choques em si próprios. Um deles deu 190 choques. Um quarto das mulheres, ou seis em 24, também decidiu dar choques em si mesmas, cada uma delas entre uma e nove vezes.

Todos os que se deram choques haviam dito anteriormente que pagariam para evitar fazê-lo. Westgate se disse ainda surpresa com as descobertas. "Eu acho que subestimamos enormemente o quão difícil é mergulhar propositadamente em pensamentos agradáveis e quão fortemente desejamos estímulos externos do mundo ao nosso redor, mesmo quando o estímulo é ativamente desagradável", explicou.

Ela disse que a pesquisa demonstrou que as pessoas preferem um estímulo positivo, como ler um livro, ou jogar videogame. É discutível dizer se os efeitos vistos na experiência são, ou não, um produto da cultura digital.

A psicóloga forense Sherrie Bourg Carter, de Fort Lauderdale, na Flórida, explicou que as tecnologias modernas podem contribuir para a incapacidade de diminuir o ritmo. "Somos socialmente treinados para procurar estímulos a sensações no nosso trabalho e lazer", disse Carter, que não participou do estudo.

"Portanto, ficar sentado por um tempo, desconectado, como pensar, tornou-se estranho para a maior parte das pessoas, mesmo para os idosos que não foram criados em um mundo movido pelos eletrônicos", concluiu.

A terceira edição da Expoidea - Feira do Futuro chega ao fim na noite desta quarta (23), na Universidade Federal de Pernambuco. A programação do último dia de evento contou com a participação de Domingos Pellegrini e o antropólogo argentino Néstor Garcia Canclini.

Pelegrini, que publicou recentemente o livro Passeando por Paulo Leminski, biografia não-autorizada do poeta curitibano, na internet após a família entrar na justiça, participou da mesa de debates Onde habita a liberdade de expressão hoje, com o curador da Expoidea Schneider Carpeggiani. O autor defendeu a produção de biografias publicadas sem devida autorização. "A família tende a ter um olhar estreito sobre o biografado e o público quer um olhar amplo", argumentou Pelegrini.

##RECOMENDA##

A palestra, marcada após o cancelamento da vinda do filósofo Gilles Lipovetsky, que abriria a Expoidea, acontece em meio à polêmica gerada desde o início de 2013 envolvendo o grupo Procure Saber - integrado por Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Djavan e Roberto Carlos, entre outros artistas, e presidido por Paula Lavigne, ex-mulher de Caetano, que pretende proibir a publicação dessas biografias e ainda uma participação no lucro das vendas dos livros.

"Alcoolismo, ideologias e outras coisas constroem a figura do homem. É o que dá vida ao mito. Não podemos viver à margem das biografias 'capa branca', onde o mundo só conhece o bom moço sem defeitos", pontuou Pellegrini. O encerramento dos debates acontece neste momento, com a palestra Cidades e redes: Os jovens mudam a comunicação, ministrada pelo antropólogo argentino Néstor Garcia Canclini, autor da obra Consumidores e cidadãos.

Concentração é a palavra-chave para utilização da cadeira de rodas controlada com o pensamento. A tecnologia é capaz de captar e ler as ondas cerebrais e acionar os comandos para movimentar a cadeira. Os criadores da solução apresentam, até esta quinta (15), o equipamento no Espaço de Robótica e Inovação, do Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico (Consegi).

“Com o conhecimento do uso de redes neurais, conseguimos detectar áreas do cérebro que estão atuando. A onda cerebral captada é lida pelo sensor e comparada, com um padrão previamente estabelecidos. A partir daí basta treinar, relembrar o pensamento e se concentrar para movimentar a cadeira de rodas”, explica o professor de ciência da computação do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), Eugênio Pessoa, supervisor da criação.

##RECOMENDA##

Os comandos cerebrais são enviados por uma rede de transmissão sem fio de volta para a cadeira, que, então se move. De acordo com Pessoa, a cadeira de rodas com a nova tecnologia facilitará a locomoção de paraplégicos com pouca mobilidade nos braços e também de tetraplégicos. Para usar a cadeira é necessário um treinamento dos comandos cerebrais, que dura em média 20 minutos.

O equipamento foi projetado para custar até R$ 3 mil. No mercado, o preço de cadeiras de rodas mecanizadas variam de R$ 7 mil a R$ 15 mil. Segundo um dos criadores da cadeira de rodas, Felipe Cintra, a tecnologia precisa ser aprimorada para ser comercializada. “Ainda precisamos de um sensoriamento de ambientação, que verifique os obstáculos como escadas, desnível de piso, batente alto. Também temos que melhorar aspectos como conforto, acabamento e segurança”, diz.

A ideia da cadeira de rodas automatizada partiu de um projeto de conclusão de curso e da vontade de dois alunos em aplicar a tecnologia no cotidiano dos cidadãos. “Pensamos no lado social da ciência da computação. A pessoa, com a cadeira, não dependerá de alguém para empurrar. É um tipo de controle [pela força do pensamento] que não existe em escala comercial em nenhum lugar do mundo”, diz Cintra. 

No Espaço de Robótica e Inovação também estão sendo expostas tecnologias como o robô capaz de apoiar o resgate de vítimas de incêndio, o mouse controlado por movimentos faciais e as lâmpadas que acendem ou apagam por meio do celular. Todas as inovações foram construídas a partir de tecnologias baseadas em softwares e hardwares livres.

Neste ano, o tema do evento é Portabilidade, Colaboração e Integração. A proposta do Consegi é reunir governo, academia e sociedade para trocar experiências e apresentar tecnologias que facilitem o acesso a serviços públicos e a melhorar o cotidiano das pessoas.

O congresso é promovido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e vai oferecer mais de 190 palestras, debates e oficinas gratuitas. O congresso tem transmissão ao vivo pelo site do Consegi.

Mesmo com a goleada sobre o Rio Branco-AC, os jogadores do Santa Cruz tentaram evitar a euforia após a partida e já focaram no confronto contra o Sampaio Corrêa, considerado um jogo de seis pontos. O duelo contra a equipe maranhense, que é o vice-líder do grupo A com 14 pontos, será no sábado, às 16h, no Castelão, em São Luiz.

“É um jogo para brigar pela liderança, de seis pontos mesmo”, disse o atacante Dênis Marques, que voltou a balançar as redes após oito jogos. “Tirei o peso das costas com esse gol e graças a Deus voltei a marcar”,  concluiu.

##RECOMENDA##

O meia Júnior Xuxa também tratou logo de esquecer a goleada. “Agora temos que pensar no Sampaio Corrêa. Temos que jogar com a mesma determinação que envolveu o Rio Branco e ter a mesma confiança contra o Sampaio Corrêa”, afirmou.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando