Especialista aponta profissões que estarão em alta em 2018

Anna Cherubina descreveu algumas tendências para o mercado de trabalho

por Nicole Simões qui, 30/11/2017 - 13:19
Cortesia Anna Cherubina é professora dos MBAs da Fundação Getulio Vargas Cortesia

Em evolução a cada ano, o mercado trabalho vem criando novas tendências e ampliando o espaço de algumas profissões. A menos de um mês para dar início ao ano de 2018, o LeiaJá conversou com a uma especialista para saber quais as áreas que terão um grande destaque no próximo ano e possivelmente terão mais oportunidades de trabalho.  

A professora dos MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e coordenadora do curso de Analista em Recursos Humanos e Capacitação, Ana Cherubina, indicou algumas carreiras que terão maiores potenciais ocasionados pelas tendências do mercado e evolução das novas tecnologias. Segundo Ana, a área da Tecnologia da Informação e designer podem gerar mais procura por parte das empresas, já que a medida que a tecnologia vai avançando, as organizações também querem caminhar junto.  

"Meu embasamento é da minha própria vivência de mercado. Percebo que as empresas vêm buscando determinadas áreas, principalmente as mais atuais. Tratando-se de designer, o caminho está aberto, tanto para o designer de produtos, designer gráfico, designer de joias, designer de interiores ou designer têxtil. A cada novo ano abre-se um espaço maior para as artes visuais, o design e a criatividade. Isso se transformou no diferencial não somente dos produtos, mas dos profissionais também", cita a professora da FGV. 

A especialista aponta ainda que no âmbito da gestão pode-se ressaltar profissões como a gestão de projetos de resíduos, gestão de redes, gestão de projetos, gestão de logística e supply chain – que abrange desde a fabricação até a distribuição do produto, garantindo a otimização do processo como um todo -. Ela lembra ainda outras carreiras bastante cotadas: "Cientista de alimentos, cientista de dados (chamado também de curador de dados), desenvolvedor de jogos eletrônicos, biotecnólogo, atuário, analista de cibersecurity, analista de compliance e analista de marketing digital". 

As consultorias em estratégias, empresas, finanças, operações, negócios, logística e pessoas também estarão mais aquecidas, de acordo com a professora. Outra área que Ana Cherubina prevê sucesso é a de engenharia. "As organizações focarão mais fortemente em serviços para redução dos custos e aumento dos seus resultados. No caso das engenharias, algumas se apresentam de forma latente para 2018: a engenharia de software, engenharia de redes, engenharia ambiental, engenharia de energia e, por fim, engenharia de telecomunicações", comenta educadora.

A exemplo de crescimento de mercado em 2017, a professora sinaliza a área de programador de jogos. Ela justifica que essa alta demanda é devido à procura dos serviços por parte das novas gerações. "O mercado interfere bastante nas profissões. Quanto mais consumo o serviço tiver, mais será o crescimento daquela área", destaca. 

Para a especialista, a oferta de salários nessas atuações também pode ter uma considerável elevação. Ela ainda diz que as carreiras precisam ser pensadas em termos dessa evolução e para atender a este mercado, é necessário estar bem qualificado. "Tudo isso são tendências e o mais importante é entender isso, porque as pessoas precisam estar preparadas. Os profissionais precisam ampliar os seus olhares sobre o ponto de vista que cada vez algumas carreiras vão deixar de existir, enquanto outras serão criadas. É aconselhável estar atualizado e preparado para o novo", explica.

Cursos de especialização – A professora afirma, no entanto, que não é possível indicar uma pós-graduação, ou qualquer outro curso, simplesmente por ser uma tendência de mercado. Segundo ela, é muito importante que o profissional identifique quais são os cursos que mais possam agregar valor às suas lacunas individuais.  

"O maior equívoco de um profissional é buscar uma carreira só porque está em alta. Acredito que ele precisa identificar onde está o seu maior potencial e buscar ferramentas que possam gerar nele satisfação e maior capacidade. Se ele não se identifica com aquilo que ele faz, vai ser mais um curso e mais uma frustação. Cada pessoa tem que identificar com aquilo que condiz com suas escolhas pessoais, sonhos, desejos, entre outros", acredita Ana. 

A especialista ainda avisa que essa qualificação na área não precisa ser necessariamente uma pós-graduação. "Por vezes, o profissional vai requerer um curso técnico, ou mesmo um de curta duração. Deve ser considerado que toda ação de autodesenvolvimento trata-se de um investimento. Assim, considere no momento da escolha a qualidade do ensino, da certificação e, ainda, cursos fora do país que possam gerar um valor agregado à sua carreira e também ao seu currículo, em que se possa aprimorar o idioma, ampliar a visão de mundo e trocar experiências", observa a especialista em carreiras. 

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