Entenda como concorrer às cotas raciais na UFPE

Instituição fez vídeo explicando passo a passo do processo de candidaturas e seleção para as cotas destinadas a pretos, pardos e indígenas

qui, 23/01/2020 - 17:05
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo . Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Por Juliana Mamede

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou um vídeo ensinando os estudantes que pretendem concorrer às vagas oferecidas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) o que é e como disputar uma oportunidade por meio do sistema de cotas para pretos e pardos. 

Na publicação, que é apresentada pelos próprios estudantes da UFPE, o vídeo mostra os jovens explicando o que são as cotas. Na narrativa, uma das estudantes salienta o que é o sistema. "O sistema de cotas é um instrumento de reparação histórica, que tem como objetivo instituir políticas públicas de reparação a pessoas indígenas e a pessoas com características fenotípicas negras", disse a discente Amanda Myrtes, no vídeo.

O tutorial revela que para concorrer às vagas reservadas para pretos e pardos, o candidato deve fazer a autodeclaração no ato de inscrição do Sisu 2020. Aqueles que desejam concorrer às vagas reservadas a candidatos indígenas devem apresentar o Registro Administrativo de Nascimento Indígena (RANI).

O vídeo explica, ainda, que quando um candidato se autodeclara preto ou pardo, é preciso validar essa informação a partir do processo que avalia o fenótipo dele, ou seja, as características visíveis da pessoa, como a cor da pele, formato do rosto, textura do cabelo, entre outros.

O conteúdo reforça que essa autodeclaração será analisada por uma comissão que irá considerar apenas os aspectos fenotípicos do candidatos, não serão considerados outros critérios. Os critérios que definem raça e cor utilizados pela UFPE são os mesmos do IBGE. 

No dia da matrícula, haverá uma sala com a Comissão, destinada àqueles que solicitem o direito a essas vagas. Cada comissão possui três membros, esses membros possuem vivência na luta pelos direitos das pessoas negras. Será considerado preto ou pardo aquele candidato que for reconhecido por pelo menos dois dos membros da Comissão de Heteroidentificação.

O não comparecimento ou indeferimento da validação da autodeclaração como pessoa preta ou parda implicará na eliminação do candidato no processo seletivo. “Nesse caso, mesmo que o candidato atinja a pontuação necessária para ser aprovado em ampla concorrência, o seu processo seletivo de ingresso na Universidade permanecerá em estado de eliminação”, acrescenta Amanda, no vídeo. 

 Além disso, durante o processo de avaliação pessoal pela Comissão, não será permitida a utilização de adereços como chapéus, bonés e óculos escuros. Maquiagem e bronzeamento artificial não devem ser realizados antes dessa avaliação. 

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