Weintraub minimiza dificuldades de alunos em isolamento

Ministro da Educação disse que o Enem é uma 'competição', para justificar manutenção de data

por Lara Tôrres sex, 17/04/2020 - 19:58
Marcello Casal/Agência Brasil Em live, Weintraub minimizou as dificuldades dos estudantes em isolamento Marcello Casal/Agência Brasil

Durante uma transmissão ao vivo realizada em sua conta do Instagram nesta sexta-feira (17), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, se pronunciou e respondeu perguntas sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano. Quando questionado sobre o motivo de não adiar a prova e a possível injustiça a respeito da manutenção do cronograma, uma vez que as escolas estão fechadas e muitos estudantes não conseguem acesso à internet para estudar de casa, Weintraub afirmou que “todo ano tentam acabar com o Enem”, que “daqui para lá tem muito tempo” e que o exame “é uma competição, ficou mais difícil para todo mundo”. 

“Ah ‘as pessoas não estão podendo se preparar’. Não é uma qualificação, é uma competição. A gente vai selecionar os mais qualificados, o que eu quero é que daqui a 10 anos quando vier outra epidemia da Ásia, tenha médicos qualificados. No passado, quem não tinha internet também tinha essa dificuldade, então não mudou nada”, disse. 

Ao ressaltar que o cronograma do Enem não vai parar e está seguindo normalmente, o Abraham Weintraub lembrou que o prazo para solicitação de isenção da taxa de inscrição do exame termina à meia-noite desta sexta-feira (17), e afirmou que “nesse momento a gente tem quase 3 milhões de pessoas que se inscreveram para gratuidade. Já concedemos quase 1 milhão [de isenções]”.

No que diz respeito ao ano letivo das escolas, o ministro afirmou que não há prejuízo, mas uma flexibilização da carga horária e possibilidade de ministrar aulas a distância. “A única coisa que a gente pede é que as escolas deem um currículo de 800 horas aulas. Aulas à distância para quem conseguir dar é aula dada. Uma hora de aula dada é aula dada. É importante saber que o Brasil não vai parar. Lembrando que a decisão de fazer a quarentena foi dos governadores, o presidente se posicionou. eu acho que foi precipitada a quarentena, poderia ter sido feita de forma menos abrupta”, afirmou Weintraub. 

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