Sinpro-PE entra na justiça para impedir retomada de aulas

Sindicato dos professores de Pernambuco alega que o retorno presencial só atende os interesses empresariais

por Aurilene Cândida sab, 03/10/2020 - 16:11
Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo Sinpro-PE alega que o retorno presencial só atende os interesses empresariais Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

O Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro) informou que, na sexta-feira (2), seu setor jurídico entrou com uma ação civil pública, visando a revogação de retorno das aulas presenciais. Vale pontuar que as aulas presenciais de escolas estaduais e particulares podem recomeçar a partir da próxima terça-feira (6). Os professores, segundo nota, temem pela segurança deles e dos estudantes, diante da propagação do novo coronavírus.

O Sinpro publicou que a ação foi movida no intuito de preservar o mais importante de todos os direitos, à vida. “O sindicato, além das alegações mais gerais acerca do fato, também aponta que as experiências ocorridas em outros estados vêm mostrando o quanto esse retorno não é viável ao povo e o poder público tem por obrigação, proteger as pessoas dessa pandemia”, disse.

O Sindicato ainda diz que “o retorno às aulas presenciais só atende os interesses empresariais, principalmente para que as escolas particulares voltem a cobrar suas mensalidades no valor integral, em detrimento da saúde e da proteção da vida da comunidade escolar”, pontuou. “A maioria das famílias são contra esse retorno, assim como as entidades estudantis e os(as) professores(as). Muitas escolas em todo estado, também já oficializaram que continuarão em suas rotinas remotas”, acrescentou. 

O Sinpro ressalta que espera que a justiça se estabeleça ao lado da vida e do direito. Vale lembrar que na quinta-feira (1º), o Sindicato notificou oficialmente o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado (Sinepe) sobre os encaminhamentos da assembleia feita com a categoria. Dentre os pontos informados, foi apresentada a decretação do estado de greve, em virtude ao retorno das aulas presenciais e a solicitação de uma reunião entre os sindicatos.

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