Saeb: Índice de estudantes que não leem bem aumenta
MEC e Inep divulgaram os dados do Saeb e do Ideb 2021 nesta sexta-feira, 16
Foi iniciada, nesta sexta-feira (16), pelo Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a divulgação dos dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2021 e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2021. Essas avaliações são realizadas a cada dois anos para um diagnóstico educacional do Brasil em Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza.
Na coletiva, o ministro da Educação, Vitor Godoy, apontou que o Saeb obteve a participação de mais cinco milhões de estudantes em cerca de 250 mil turmas de ensinos fundamental e médio, em aproximadamente 75 mil escolas.
Nesta edição, o Inep alterou o critério mínimo de participação adotado no Saeb para a divulgação das notas dos municípios, retornando ao mesmo padrão adotado na edição de 2019, o que acarretou o aumento de cidades com acesso às pontuações, principalmente, do 5º ano do ensino fundamental, etapa predominante no Saeb. Antes da medida, o resultado seria acessível a 77% dos municípios. Com a mudança, o percentual subiu para 95%.
Os dados apresentaram um rendimento abaixo do esperado pelo Ministério, não alcançando a meta estipulada para esse ano.
Os resultados obtidos no Saeb apontaram um crescimento no índice de alunos que não dominam a leitura, por exemplo no 2º ano do ensino fundamental, se comparado ao índice de 2019. A taxa que era de 15% aumentou para 22% de estudantes que não leem palavras isoladas.
Para os anos iniciais do ensino fundamental, que contemplam do 2º ao 5º ano, o índice de aprovação alcançado foi de 5,8. Já nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, a meta esperada era de 5,5, enquanto a alcançada, porém, foi 5,1.
No Ensino Médio, esperava-se um índice de sucesso na faixa de 5,2, mas o alcançado foi 4,2.
Segundo o MEC, ao se analisar os dados apontados, a pandemia global vivida entre os anos de 2020 e 2021 deve ser levada em consideração, já que, de acordo com a pasta, 90% das escolas adotaram o sistema remoto ou híbrido.
Por Joice Silva