Para entender tragédias: livros que falam sobre massacres
Conheça obras, de ficção e não-ficção, que abordam o tema
Nesta quarta-feira (20), o massacre que aconteceu na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, São Paulo, completa uma semana. O ataque feito por dois ex-alunos da escola, deixou 7 pessoas mortas na instituição, sendo 5 alunos e 2 funcionários. Após o massacre, os assassinos cometeram suicídio.
Os acontecimentos se assemelham com o ataque realizado na Columbine High School, no Colorado, Estados Unidos, em 1999, também cometido por dois ex-alunos. Na ocasião, 13 pessoas foram mortas e 24 ficaram feridas.
Em 2009, o jornalista Dave Cullen lançou a obra de não-ficção ‘Columbine’, baseado no massacre do Colorado. O livro, de acordo com com o autor, foi fruto de uma pesquisa realizada por ele durante 10 anos e compreende dois enredos: a evolução dos assassinos pré ataque e as consequências para os sobreviventes durante a década seguinte.
‘Columbine’ ganhou vários prêmios e foi aclamado pela crítica. Assim como a obra de Cullen, outros livros, de ficção e não-ficção, também abordam o tema. Confira:
A sangue frio
Concebido pelo aclamado escritor Truman Capote, autor de ‘A bonequinha de luxo’, ‘A sangue frio’ foi lançado em 1966 e também é uma obra de não-ficção. A história é baseada na investigação realizada por Capote sobre a chacina da família Clutter, cometido em 1959 na cidade de Holcomb, nos Kansas, Estados Unidos.
Após conhecer a história pelos jornais, Capote foi até a cidade onde o casal Clutter e seus dois filhos foram assassinados e apurou o acontecido. Em 2005, essa investigação virou tema principal do filme ‘Capote’.
Precisamos falar sobre o Kevin
Escrito como um romance epistolar, Lionel Shriver estudou vários casos de massacres para construir a narrativa ficcional de ‘Precisamos falar sobre o Kevin’. Na história, a autora aborda um lado pouco discutido pela sociedade em casos como esses: Como fica a família dos assassinos?
No livro, o leitor conhece Eva, mãe de Kevin, personagem de 15 anos que mata 11 pessoas na escola em que estuda, e acompanha a guerra diária que a protagonista sofre pós-massacre.
A lista do ódio
Assim como ‘Precisamos falar sobre o Kevin’, ‘A lista do ódio’ também discute a perspectiva pós-ataque de alguém próximo ao assassino. Na narrativa, o leitor é apresentado a Val, uma adolescente que sobreviveu a um massacre realizado em sua escola e que resultou em várias mortes. No entanto, o assassino era seu namorado e a adolescente de forma inconsciente participou do planejamento.