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Não aguenta mais! Dado Dolabella decidiu entrar na Justiça após ser alvo de alguns ataques nas redes sociais. Na última quinta-feira, dia 01, o namorado de Wanessa informou em suas redes sociais que as críticas sofridas causaram danos à sua imagem.

Recentemente, ao tomar conhecimento de várias publicações a meu respeito, em que os autores mentiram influenciados por uma sequência de vídeos com acusações extremamente difamatórias e caluniosas, de uma senhora que incita o público a me chamar de criminoso. E, que volta e meia, usas as redes sociais para causar polêmica a benefício próprio, ingressei com ações para obter, liminarmente, os dados pessoas dos autores para tomada das medidas legais, escreveu sem citar nomes.

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Vale pontuar que Luana Piovani, ex-namorada do ator, falou sobre ele em algumas publicações.

Dado também explicou que o juiz entendeu que as publicações citadas realmente causam dano à sua imagem:

O juiz entendeu que a publicação revela potencial dano a minha imagem. A decisão deixa claro que a internet não é terra sem lei e, todos que continuarem, estarão sujeitos a responder pelos crimes cometidos.

Em meio a uma onda de violência no Equador, 68 membros suspeitos de integrar uma organização criminosa foram presos pelas forças de segurança neste domingo, 21, segundo a polícia. Eles tentaram invadir um hospital em uma cidade do sudoeste do país.

Dezenas de homens armados entraram no hospital em Yaguachi, província de Guayas, nas primeiras horas da manhã para proteger um homem pertencente ao seu grupo que foi ferido, mas depois morreu no local, confirmou a polícia.

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Depois que o alerta foi emitido sobre a situação no hospital, a polícia e as unidades táticas do exército realizaram uma operação que levou à captura de 68 pessoas envolvidas na ação. Eles haviam se refugiado em um centro próximo ao hospital. Não foram registrados feridos ou vítimas.

O coronel Julio Camacho, comandante da polícia da zona 5, à qual Yaguchi pertence, disse à imprensa que os envolvidos estavam alojados em "um suposto centro de reabilitação" do qual foram retirados pelos agentes e serão colocados sob custódia das autoridades competentes.

No local, que também funcionava como um "bordel" e onde havia menores de idade, segundo Camacho, foram apreendidas armas de fogo, drogas e um sistema de vigilância por câmeras com o qual "eles monitoravam a presença da polícia".

As autoridades não especificaram a qual organização criminosa os homens presos pertencem. Em imagens publicadas nas redes sociais, reproduzidas pela mídia local e nacional, é possível ver os danos causados ao hospital. Por outro lado, vídeos divulgados pela polícia e pelas Forças Armadas mostram dezenas de homens deitados no chão, de bruços, com as mãos na cabeça e de cueca.

No início do dia, as forças armadas informaram a apreensão de um "arsenal" de armas de longo alcance, munição e cerca de três toneladas de substâncias proibidas em uma operação militar na província costeira de Los Rios, no sudoeste do Equador. O incidente ocorreu em meio a um estado de emergência e à declaração de um conflito armado interno, no qual o governo do presidente Daniel Noboa declarou guerra a cerca de 22 organizações criminosas que ele descreveu como "terroristas".

A violência se agravou no país andino nos últimos dias após a fuga de uma prisão em Guayaquil do chefe das drogas Adolfo Macías, conhecido como Fito, líder do grupo criminoso Los Choneros, que as autoridades afirmam ter ligações com o cartel de Sinaloa, no México.

A medida do governo desencadeou uma série sem precedentes de ações violentas no Equador, como tumultos em prisões, a detonação de explosivos em várias partes do país e a tomada de uma estação de televisão. Associated Press.

A polícia do Equador prendeu nesta quinta (18) dois suspeitos de ligação com o assassinato do procurador César Suárez, que atuava no caso da invasão a uma emissora de TV por membros de uma gangue e investigava casos de narcotráfico, terrorismo e crime organizado.

Segundo a polícia, o assassinato foi cometido por integrantes do Chone Killers, um dos 22 grupos classificados pelo governo como "terroristas". As forças de segurança fizeram também novas incursões nas prisões não relacionadas ao assassinato do promotor.

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O comandante da polícia, César Zapata, explicou que, com os suspeitos, foram apreendidos um fuzil, duas pistolas e dois veículos.

O assassinato do procurador Suárez foi cometido na quarta-feira na cidade de Guayaquil, em pleno estado de emergência e em meio à declaração de "conflito armado interno" por parte do governo do presidente Daniel Noboa.

O Equador vive uma onda de violência desencadeada pela fuga de José Adolfo Macías, o "Fito", chefe dos Choneros, uma das gangues mais perigosas do país. Ele escapou de uma cadeia de Guayaquil, na semana passada.

Investigação

Suárez, que havia interrogado recentemente os detidos pela invasão ao canal TC Televisión, em Guayaquil, foi assassinado por pistoleiros que atiraram contra seu carro quando ele se dirigia para uma audiência sobre um caso de tráfico de drogas, sem estar protegido por escolta.

O governo condenou o fuzilamento do procurador e ratificou seu compromisso de administrar a aplicação da justiça no âmbito da "guerra interna" que está travando contra o crime. A procuradora-geral, Diana Salazar, também lamentou o assassinato e disse que o Ministério Público continuará sua luta contra as gangues.

Suárez liderou investigações que revelaram a infiltração de máfias no Judiciário e escândalos de corrupção na compra de material médico durante a pandemia.

A procuradora-geral também relatou ameaças de morte por parte de Fabricio Colón Pico, conhecido como "Selvagem", líder da gangue Los Lobos, rival dos Choneros, que fugiu da prisão poucos dias após a fuga de "Fito".

Ação em presídio

Ainda ontem, centenas de soldados e policiais entraram em um presídio no complexo penitenciário de Guayaquil. As Forças Armadas afirmaram que os militares realizaram uma intervenção no Centro de Detenção de Guayas - a mesma prisão da qual fugiu "Fito".

Tanques e esquadrões fortemente armados rodearam a prisão na operação de ontem. Nos corredores externos do presídio podiam ser vistos militares e carros blindados.

No dia 9, a espetacular invasão durante a transmissão de um programa do canal TC, em Guayaquil, chocou o país e levou Noboa a declarar um "conflito armado interno". Semanas antes do ataque violento, Salazar revelou os vínculos entre as gangues e os mais altos níveis de poder no Equador.

A investigação batizada de "Metástase" acusou juízes, políticos, procuradores, policiais, um ex-diretor da autoridade penitenciária, entre outros funcionários públicos, de beneficiarem organizações criminosas em troca de dinheiro, ouro, prostitutas e apartamentos de luxo.

Operações

Entre os dias 9 e 17, as forças policiais e militares do Equador realizaram mais de 20,8 mil operações e detiveram 1.975 pessoas, das quais 158 são acusadas de terrorismo, de acordo com as Forças Armadas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O brasileiro Thiago Allan Freitas, de 38 anos, que havia sido sequestrado no Equador, foi libertado com vida pelos criminosos, relataram nesta quarta-feira, dia 10, familiares dele. Thiago Allan foi uma das vítimas da onda de ataques promovidos por facções de narcotraficantes que aterrorizaram o país. O governo equatoriano teve de declarar estado de exceção, reconhecer um conflito armado interno e empregar as Forças Armadas.

O brasileiro passou mais de 24 horas em cárcere privado. Thiago Allan havia sido capturado na manhã desta terça-feira, dia 9, por sequestradores em Guayaquil, onde vive há cerca de três anos. Ele tem um restaurante de churrasco brasileiro, a La Brasa.

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Thiago Allan foi encontrado por policiais e já voltou para casa. Ainda não há detalhes de como foi a operação de resgate. Os criminosos chegaram a exigir US$ 8 mil dólares, inicialmente. A Embaixada do Brasil em Quito já foi informada do resgate.

Um dos filhos dele, Gustavo, os sequestradores exigiram por fim um resgate de US$ 3 mil, e a família chegou a pagar com recursos próprios mais de US$ 1 mil. Sem dinheiro, o jovem recorreu às redes sociais para pedir contribuições e soltar o pai dos algozes.

Os filhos de Thiago publicaram uma mensagem no perfil do pai no Instagram: "Muito obrigado pela ajuda, de coração. Já encontraram meu pai. Estamos todos seguros, graças a Deus".

Na noite desta quarta-feira Eric Lorran Vieira, irmão de Thiago, gravou um vídeo para relatar que ele havia sido solto e estava bem. Eles conversaram por meio de uma videochamada: "Conseguimos, meu irmão está bem. Acabei de falar com ele".

Segundo Eric Lorran, representantes do governo brasileiro já foram informados sobre a libertação de Thiago Allan. A família em São Paulo fez contato com ele por meio da polícia equatoriana. "Quero agradecer a todos que compartilharam, mandaram mensagens e ajudaram financeiramente. A gente saiu do maior sufoco. Conseguimos salvar uma vida. Isso é divino", disse Eric.

A Embaixada do Brasil em Quito, no Equador, informou, na terça-feira, 9, que monitora a situação de um brasileiro cuja família diz ter sido sequestrado por criminosos durante uma onda de violência que assola o país e já provocou dez mortes e 70 prisões. A denúncia do sequestro foi feita nas redes sociais pelo seu filho, Gustavo, na terça-feira.

Thiago Allan Freitas, de 38 anos, é natural de São Paulo e mora há cerca de três anos no Equador. O brasileiro vive em Guayaquil, uma cidade portuária de 2,7 milhões de habitantes. A cidade tem sido um dos principais cenários do caos sem precedentes no Equador, já que é onde está localizada a prisão La Regional, na qual o líder de facção Fito estava cumprindo uma pena de 34 anos na prisão e fugiu no domingo, 7.

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Em Guayaquil, Thiago é proprietário de uma churrascaria brasileira, a La Brasa. O empreendimento, iniciado com churrascos a domicílio, hoje conta também com um restaurante em uma praça de alimentação local. Nas redes sociais da churrascaria, Thiago aparece em diversas publicações, exibindo cortes típicos do churrasco e usando uma camisa da Seleção. "Venha desfrutar de um pedacinho do Brasil em Guayaquil", convida em um vídeo.

Apelo do filho

Gustavo, filho de Thiago, foi às redes sociais na noite de terça-feira, incluindo a conta da churrascaria do pai, para denunciar o sequestro. Em vídeo, o jovem conta que Thiago foi sequestrado na manhã de terça-feira e que os criminosos pediam recompensa pela libertação. Aos seguidores do La Brasa, Gustavo pediu ajuda para arrecadar o dinheiro.

"Ajudem-me com o que tiverem, qualquer valor é muito bem-vindo, que seja 1 dólar ou 2 dólares, porque precisamos de verdade", disse o jovem, chorando. "Estamos desesperados e não temos o que fazer. Já pagamos US$ 1,1 mil mas estão pedindo US$ 3 mil. Recorro a vocês para que ajudem. Muito obrigado."

Até a noite desta terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores ainda não havia recebido confirmação oficial de autoridades equatorianas sobre o sequestro, mas conduzia uma apuração junto à polícia e ao governo local.

Pelo menos dez pessoas, incluindo dois policiais baleados em Nobol, na província equatoriana de Guayas, morreram até agora na onda de violência sem precedentes desencadeada por organizações criminosas no Equador, de acordo com informações da imprensa local divulgadas nesta quarta-feira, 10.

As duas últimas mortes relatadas nos ataques registrados na terça-feira, 9, são dois policiais "vilmente assassinados por criminosos armados" em Nobol, afirmou a Polícia Nacional do Equador.

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Anteriormente, outras oito pessoas foram mortas nos ataques do crime organizado ocorridos nesta terça-feira em Guayaquil, a cidade mais populosa do país capital da província de Guayas. Neste último caso, outros três ficaram feridos. "Este é o sacrifício que juramos à pátria e não descansaremos até encontrarmos os responsáveis por este ato criminoso", acrescentou a Polícia Nacional através das suas redes sociais.

Em uma mensagem publicada nesta quarta em sua conta no X (antigo Twitter), a Polícia Nacional do Equador relatou os resultados preliminares de suas ações contra os autores dos "ataques e atos terroristas". Segundo a polícia, 70 pessoas foram presas, três dos seus agentes feitos reféns foram libertados e 17 fugitivos recapturados, além de terem sido apreendidas armas, munições, explosivos e veículos.

De acordo com o jornal equatoriano El Universo, até às 16h de terça-feira, foram reportados mais 29 incidentes de criminosos armados no país. Os serviços de emergência atenderam mais de 1,9 mil ligações neste período.

O presidente Daniel Noboa emitiu um decreto que declara a existência de um conflito armado interno em nível nacional e ordena que as forças militares ajam para desmantelar 22 grupos do crime organizado transnacional, os quais foram designados como organizações terroristas e atores não estatais beligerantes.

O novo decreto ocorreu depois que homens armados e encapuzados entraram no canal TC Televisión em Guayaquil quando jornalistas transmitiam ao vivo um programa de notícias, o que causou uma situação dramática que durou pelo menos 30 minutos até a intervenção da polícia.

"Não atire, por favor, não atire", gritou uma mulher em meio às explosões. Antes de as luzes se apagarem, os homens encapuzados foram vistos segurando uma granada, apontando armas para os trabalhadores e colocando o que parecia ser uma banana de dinamite na jaqueta de uma pessoa.

Um jornalista do TC enviou mensagens via WhatsApp a um repórter da AFP indicando: "por favor. Eles vieram para nos matar. Deus permita que isso não aconteça. Os criminosos estão no ar". A polícia pôs fim à tomada do canal e prendeu 13 pessoas.

Medo nas ruas e repercussão internacional

A situação gerou pânico em diversas cidades, com comércio fechando cedo e ruas caóticas cheias de gente correndo para voltar para casa. As aulas passaram de presenciais para online até sexta-feira.

Brasil, Colômbia, Chile, Venezuela, República Dominicana e Estados Unidos expressaram seu apoio a Quito e rejeitaram a violência. O Peru declarou estado de emergência em toda a sua fronteira com o Equador e reforçará a vigilância, informou seu governo.

A embaixada da China em Quito e seu consulado em Guayaquil anunciaram que suspenderão temporariamente o atendimento ao público a partir de quarta-feira, sem especificar quando reabrirão. (Com agências internacionais).

Grupos criminosos lançaram nesta terça-feira (9) uma série de ataques em cidades do Equador um dia depois de o presidente, Daniel Noboa, ter decretado estado de exceção para combater o narcotráfico. Noboa respondeu designando várias organizações como "terroristas" e mandando o Exército às ruas.

Os ataques de ontem, que ocorrem em paralelo à invasão de um canal de TV ao vivo em Guayaquil, a maior cidade do país, incluem queima de carros e ônibus, sequestros de policiais e vandalismo. Ao menos quatro policiais estão em poder de criminosos e um está desaparecido.

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Em Esmeraldas, próximo à fronteira com a Colômbia, criminosos atearam fogo em carros. Aulas foram canceladas e comércios, fechados. O governo não divulgou um balanço geral, mas relatos apontam que várias cidades sofreram ataques simultâneos, incluindo Quito e Guayaquil.

O Equador vive há anos um aumento da violência relacionada ao narcotráfico. Espremido entre dois dos maiores produtores de cocaína do mundo - Peru e Colômbia -, o país virou rota de escoamento da droga, principalmente através dos portos de Guayaquil, Esmeraldas e Manta.

No ano passado, criminosos mataram a tiros o candidato presidencial Fernando Villavicencio após um comício no norte de Quito. O crime foi atribuído aos Choneros, maior facção criminal do Equador. O então presidente, Guillermo Lasso, prometeu que o crime não ficaria impune. Seis colombianos foram presos, mas todos morreram na prisão alguns meses depois.

Terror

No domingo (7) Adolfo Macías, conhecido como "Fito", líder dos Choneros, fugiu de uma prisão de Guayaquil. A fuga levou o presidente a decretar estado de exceção em todo o país, incluindo um toque de recolher das 23 horas às 5 horas por 60 dias, uma ferramenta comum de política pública: desde 2019, foram mais de 40 estados de exceção declarados no Equador.

Mas pouca coisa mudou. O Equador viveu uma nova madrugada de terror, com policiais sequestrados em várias cidades. Ontem, a situação se agravou. Homens armados e encapuzados invadiram o estúdio da emissora TC Televisión em Guayaquil. O canal estava ao vivo e registrou o momento em que um grupo de bandidos avançou e ameaçou jornalistas e cinegrafistas.

Durante a invasão, disparos foram ouvidos no estúdio e os funcionários da emissora usaram o WhatsApp para pedir ajuda: "Socorro, eles querem nos matar", dizia a mensagem. Sem dar detalhes, a polícia anunciou que controlou a situação, após realizar "várias prisões", e divulgou fotos que mostram pelo menos dez suspeitos deitados no chão, com as mãos atadas.

Conflito

Noboa agiu rápido e decretou ontem "conflito armado interno" no Equador. O decreto considera 22 facções criminosas como organizações terroristas e autoriza os militares a agir para combater todas as facções. "Ordenei às Forças Armadas que realizem operações militares para neutralizar esses grupos", disse o presidente equatoriano.

Governo mobiliza 3 mil policiais para capturar chefe de facção

José Adolfo Macías Villamar, o Fito, de 44 anos, chefe dos Choneros, principal organização criminosa do Equador, continua desaparecido. Ele cumpria pena de 34 anos por crime organizado, narcotráfico e homicídio. Autoridades disseram que dois carcereiros foram acusados de envolvimento na fuga, enquanto 3 mil policiais foram enviados para caçar o criminoso.

"Não vamos negociar com terroristas", disse o presidente do Equador, Daniel Noboa, um empresário de 36 anos. "Esses grupos narcoterroristas pretendem nos intimidar e acreditam que cederemos às suas exigências."

A taxa de homicídios do Equador em 2023 foi de 46,5 assassinatos por 100 mil habitantes - oito vezes mais do que era em 2018. O presidente Daniel Noboa atribui o aumento da violência a uma retaliação pelas suas ações para "recuperar o controle" das prisões equatorianas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos fez 47 publicações na sua rede social contra o seu principal adversário, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), nos últimos três meses, com média de uma postagem a cada dois dias. Líder nas pesquisas, Boulos indica que a disputa será acirrada e nas redes.

Entre 3 e 10 de novembro, período em que São Paulo enfrentou um apagão de energia elétrica, que atingiu por quase uma semana cerca de 2,1 milhões de moradores, Boulos postou no X (antigo Twitter) 20 críticas à atual gestão municipal e sua atuação durante a crise.

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Boulos acusa Nunes de fazer obras sem licitação e de apoiar a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), além de culpá-lo pelos índices de violência na cidade, sobretudo no Centro. O deputado também já chamou o prefeito de "rei do camarote".

Nunes também usa as redes para atribuir a Boulos invasões de casas ou acusá-lo de ser simpatizante do grupo terrorista Hamas. "Melhor (ser rei do camarote) do que ser rei do terrorismo. Se (Boulos) não tem o que fazer é melhor ele calar a boca e se informar melhor", postou após o adversário criticar sua presença no Grande Prêmio de Fórmula 1.

Disputa em São Paulo pode repetir Lula contra Bolsonaro

A última pesquisa Datafolha, divulgada em 31 de agosto, mostra Boulos com 32% das intenções de voto e Ricardo Nunes com 24%. A disputa acirrada tem ainda outro ingrediente. Boulos tem o apoio prometido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto Nunes deve contar com suporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ex-presidente ainda não confirmou oficialmente sua posição no pleito paulistano, mas o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que seu correligionário vai apoiar a reeleição de Nunes para a Prefeitura de São Paulo em 2024. Em troca, Bolsonaro indicaria o vice.

Já no lado de Boulos, o presidente Lula está costurando a possível volta da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy ao PT, para ocupar a posição de vice na chapa do psolista. Marta atualmente é secretária de Relações Internacionais de Nunes.

Está será a segunda vez que Boulos concorre à Prefeitura de São Paulo. Em 2020, o ex-presidente do MTST foi derrotado no segundo turno por Bruno Covas (PSDB) e Nunes, que compunha a chapa como vice. Com a morte do então prefeito, Nunes assumiu a vaga em maio de 2021.

Além de Nunes e Boulos, também confirmaram pré-candidatura a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), que conta com o apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e poderá ter como vice na chapa o apresentador de televisão José Luiz Datena, que recentemente se filiou ao PSB.

O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), que foi mais votado nas prévias do Movimento Brasil Livre (MBL), também anunciou sua pré-candidatura. O ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, Ricardo Salles (PL), corre por fora depois de tentar pleitear o apoio do ex-presidente Bolsonaro para seu nome, mas sem sucesso.

A Turquia intensificou ataques aéreos contra grupos curdos na Síria e no norte do Iraque em retaliação pela morte de 12 soldados turcos no Iraque no fim de semana. O ministério da Defesa da Turquia informou no domingo, 25, em um comunicado que 26 militantes curdos foram mortos durante as ações militares.

No nordeste da Síria, oito civis foram mortos, incluindo duas mulheres, apontou em mensagem no X, ex-Twitter, Farhad Shami, porta-voz das forças democráticas sírias, grupo liderado por curdos.

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O Observatório Sírio para Direitos Humanos, uma organização baseada no Reino Unido, destacou que 12 pessoas foram feridas na ação.

Segundo o Observatório, a Turquia realizou 128 ataques aéreos no nordeste da Síria em 2023, que mataram 94 pessoas. Fonte: Associated Press.

Os Estados Unidos emitiram uma carta coletiva assinada junto do alto representante da União Europeia para Negócios Estrangeiros, Josep Borell, do secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jans Stoltenberg, e de um grupo de 44 países, em que condenam a interferência Houthi nas navegações na Península Arábica, principalmente no Mar Vermelho.

O texto afirma que os ataques recentes a embarcações em território Houthi ameaçam o comércio internacional e a segurança marítima. A carta pede que nenhum país se abstenha ou encoraje a atitude dos Houthis.

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"Não há justificação para estes ataques, que afetam muitos países para além das bandeiras sob as quais estes navios navegam", afirma o texto, que pede também a liberação imediata do navio Galaxy Leader e dos 25 membros de sua tripulação, além de exigir a interrupção de novos ataques.

Os EUA e outras nove nações criaram uma nova força conjunta para proteger os navios que transitam no Mar Vermelho após a série de ataques por drones e mísseis balísticos disparados de áreas do Iêmen controladas pelo grupo rebelde houthis. O anúncio foi feito pelo secretário de Defesa americano, Lloyd J. Austin, no Bahrein, país que visitou depois de se reunir com autoridades em Israel nesta segunda-feira (18).

Os houthis, um grupo apoiado pelo Irã, advertiram que irão atacar embarcações que navegarem na costa do Iêmen e tiverem ligação com Israel, em resposta ao conflito em Gaza.

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A gravidade dos ataques, vários dos quais danificaram os navios, levou muitas companhias marítimas a ordenar aos seus navios que se mantivessem no local e não atravessassem o Estreito de Bab el-Mandeb até que a situação de segurança pudesse ser resolvida. A companhia britânica BP se juntou a esse grupo ontem.

Reino Unido, Bahrein, Canadá, França, Itália, Holanda, Noruega, Seychelles e Espanha se juntaram aos EUA na nova missão. Alguns dos países realizarão patrulhas conjuntas, enquanto outros fornecerão apoio de inteligência no sul Mar Vermelho e Golfo de Áden.

Três navios de guerra dos EUA - o USS Carney, o USS Stethem e o USS Mason, todos destróieres da Marinha - têm se deslocado diariamente pelo Estreito de Bab el-Mandeb para ajudar a dissuadir e responder aos ataques dos houthis. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

*Texto por Guilherme Gusmão

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) sofreu, na manhã deste sábado (9), uma tentativa de assalto, na região da Bela Vista, no Centro de São Paulo. Através de um vídeo divulgado nas redes sociais da psbista, é possível observar ferimentos na boca de Tabata. 

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A parlamentar contou que um assaltante deu “um murro” na janela do veículo em que ela estava e os estilhaços a atingiram. “Graças a Deus, a gente está bem. O soco não me pegou”, disse. “A gente conseguiu jogar o celular no chão na hora”. 

“Essa não é a minha São Paulo. Esse não é o lugar que eu trabalho para criar os meus filhos. E, eu sei que muitas pessoas passaram por situações parecidas e por situações muito piores. A gente sente uma raiva tremenda na hora, medo, um sentimento de injustiça, de imobilidade”, afirmou. 

Ataques  

Vários internautas usaram os comentários do vídeo para atacarem a parlamentar. Alguns culparam a própria Tabata pela violência sofrida, pois, segundo eles, “a esquerda é defensora de bandidos”. 

“Esse aí é o efeito do governo que você defende comunista”, escreveu um perfil. “Como é bom ver uma defensora de bandidos e crítica do trabalho policial, sentindo na pele o que muitos trabalhadores sentem diariamente ao serem vítimas de criminosos espalhados pelo Brasil. Quero ver se agora a nobre parlamentar ainda continuará defendendo os meninos do mal”, afirmou outro internauta. 

 

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, disse que irá processar o deputado Marcos Pollon (PL-MS) por associá-lo ao Comando Vermelho. A fala aconteceu em uma audiência na Câmara dos Deputados repleta de trocas de provocações e ataques entre Silvio, parlamentares petistas e da oposição, composta por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para o chefe da pasta, Pollon fez uma "insinuação criminosa". O congressista questionou se Silvio teria ligação com o a organização criminosa antes ou depois de entrar no governo. O ministro foi à Casa prestar esclarecimentos sobre a participação de Luciane Barbosa Farias, "a dama do tráfico de Amazonas", em um evento promovido pela pasta, em novembro.

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"O senhor como advogado, tinha relações anteriores com o Comando Vermelho ou essas relações só se derem depois da sua posse como ministro?", perguntou Pollon. "Vossa Excelência faz uma pergunta que insinua uma vinculação minha como advogado ao Comando Vermelho. O que o senhor está fazendo agora, o senhor está fazendo uma insinuação caluniosa e difamatória", respondeu Almeida.

Pollon prosseguiu com a pergunta, o que motivou Silvio a seguir com a ideia de processá-lo. "Uma vez que o senhor fez esse tipo de pergunta, sendo um advogado experiente, sabe muito bem que esse tipo de pergunta traz embutida um tipo de insinuação que é criminosa. E eu vou tomar as providências cabíveis porque o senhor não pode fazer isso com um ministro de Estado e um pai de família como eu sou", concluiu o ministro.

Bia Kicis (PL-DF), presidente da Comissão de Fiscalização e Controle, que realizou a audiência com o ministro, defendeu o questionamento de Pollon. "Nós temos imunidade parlamentar para perguntar. Somos absolutamente imunes. Aqueles que querem relativizar a nossa imunidade, nós iremos nos unir contra isso. Aqui não houve cometimento de crime algum", afirmou.

A audiência na Câmara desta terça-feira, 5, atendeu a 14 diferentes requerimentos parlamentares e pedem esclarecimentos sobre a participação Luciane Barbosa Farias em evento promovido pelo ministério. Luciane é casada com Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, condenado a 31 anos de prisão.

Durante anos, ele figurou como o "número um" na lista de foragidos da polícia amazonense. Em 2018, a denúncia do Ministério Público que resultou em sua condenação o descreveu como indivíduo de "altíssima periculosidade, com desprezo à vida alheia, ostentador de poder econômico do tráfico de drogas e não indulgente para com devedores".

Ela esteve em Brasília ao longo deste ano, foi recebida duas vezes no ministério da Justiça e Segurança Pública, caso revelado pelo Estadão, e participou do IV Encontro Nacional de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura, evento promovido pelo ministério dos Direitos Humanos. Luciane teve, passagens para Brasília pagas pela pasta.

O ministro defendeu que a ida a indicação e a supervisão dos convidados do encontro cabia ao Estado do Amazonas. Ele também disse que não houve irregularidades por parte da pasta, que a emissão da passagem atendia aos filtros existentes no ministério e que ela não tinha condenação àquele momento. Por fim, Almeida sustentou que nem ele e nem ninguém próximo a ele teve ligação com Luciane. "Nunca vi e nunca me reuni, nem eu, nem meus secretários, nem meus assessores diretos", disse.

Essa foi não foi a única troca de provocações entre o ministro e os deputados bolsonaristas. Mesmo no início da sessão, Silvio ironizou um pedido de impeachment feito contra ele. Ele chamou de uma peça de "quinta categoria. "Trata-se de um pedido que é absolutamente constrangedor", afirmou.

O documento produzido por deputados bolsonaristas foi endereçado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Silvio pontuou que quem avalia um pedido de impeachment de um ministro de Estado, segundo a lei do impeachment, é o Supremo Tribunal Federal (STF). "É uma peça jurídica de quinta categoria e que se fosse a prova da OAB, a pessoa que o fez não passaria", disse.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, perguntou se o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, seria um "negro fake" ou "negro trans", falando da autoafirmação racial de Dino e novamente falou da da participação "dama do tráfico" em evento promovido pela pasta.

"É necessário que observemos o princípio da moralidade, inclusive quando pensamos nas pessoas que trabalham conosco. Eu não acho que está de acordo com o princípio da moralidade empregar miliciano no gabinete, fazer homenagem a miliciano, levar drogas no avião da FAB, eu acho que tudo isso também deve ser de acordo com o princípio da moralidade", respondeu Silvio.

A discussão voltou para a questão racial. "O que me intrigou muito, em que pese o tema do convite, é que o deputado venha me perguntar sobre questões raciais e quero saber qual o motivo dessa pergunta, dirigida a mim. Acho muito estranha. Deve ter algum motivo para que essa pergunta tenha sido a mim dirigida. O deputado deveria ter mais respeito a essa questão e não tem a menor respeito à questão racial, pelos negros brasileiros", disse o ministro. "O Lula tem?", retrucou Eduardo. "O senhor não está me respeitando. Eu só peço que o senhor me respeite.", devolveu Silvio.

O bate-boca mais intenso aconteceu entre Silvio e o deputado Kim Kataguiri (PL-SP). O parlamentar perguntou sobre a ida de Luciane a um evento promovido pela pasta, sobre o enfrentamento ao crime organizado e o contingenciamento do governo Lula no campo da Saúde e Educação. Silvio afirmou que Kim fez as perguntas com a finalidade de chamar atenção nas redes sociais.

"O senhor vai recortar esse vídeo e dizer que venceu um debate que o senhor nunca se propôs a fazer", afirmou. Para o ministro, o Movimento Brasil Livre (MBL), grupo o qual Kim faz parte, é responsável "pela deterioração do debate público no Brasil" e a "desestabilização da democracia brasileira". A presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, Bia Kicis (PL-DF), interrompeu o ministro e disse que ele estava apenas prosseguindo em ataques ao parlamentar. "A senhora está me interrompendo", reclamou Silvio. "Eu estou interrompendo porque o senhor passou da sua resposta para o ataque ao parlamentar e ao grupo político. O senhor é o ministro de toda a população.", disse Kicis.

Kim respondeu dizendo que o ministro fez um "chilique". "Não entendo esse desespero por parte do ministro e deputados da base do governo. Vossa excelência está convidado a assinar o meu canal", provocou. "Todas as perguntas incômodas ao ministério não foram respondidas porque Vossa Excelência não possui as respostas."

Israel ordenou neste domingo, 2, que civis se desloquem de Khan Younis, a segunda maior cidade da Faixa de Gaza, enquanto a ofensiva militar se desloca para a metade sul do território, onde as autoridades israelenses afirmam que os líderes do grupo terrorista Hamas estão escondidos. As ordens de esvaziamento pelo exército israelense também foram dadas a outras cinco áreas próximas à cidade.

Moradores disseram que os militares lançaram panfletos ordenando-lhes que se deslocassem para o sul, para a cidade fronteiriça de Rafah ou para uma área costeira no sudoeste. "A cidade de Khan Younis é uma zona de combate perigosa", diziam os panfletos.

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Palestinos na Faixa de Gaza disseram estar ficando sem lugares para ir. Muitos dos seus 2,3 milhões de habitantes estão amontoados no sul depois que Israel ordenou que os civis deixassem o norte nos primeiros dias da guerra. A ONU estima que 1,8 milhão de moradores de Gaza estejam desalojados.

Halima Abdel-Rahman, viúva e mãe de quatro filhos, disse que não atenderá mais às ordens de deslocamento. Ela fugiu de casa em outubro para uma área fora de Khan Younis, onde fica com parentes. "A ocupação diz para você ir para esta área, então eles a bombardeiam", disse ela por telefone. "A realidade é que nenhum lugar é seguro em Gaza. Eles matam pessoas no norte. Eles matam pessoas no sul."

Além dos panfletos, os militares têm usado telefonemas e transmissões de rádio e televisão para avisar os habitantes de Gaza a abandonarem áreas específicas. Israel diz que tem como alvo terroristas do Hamas e atribui as mortes de civis a eles, acusando-os de operar em bairros residenciais.

Fortes bombardeios foram relatados em torno de Khan Younis e da cidade de Rafah, bem como em partes do norte que tinham sido o foco da devastadora ofensiva aérea e terrestre de Israel.

Juliette Toma, diretora de comunicações da agência da ONU para refugiados palestinos, disse que quase 958 mil pessoas deslocadas estavam em 99 instalações das Nações Unidas no sul da Faixa de Gaza. O chefe dos direitos humanos da ONU, Volker Türk, apelou ao fim da guerra, dizendo que o sofrimento dos civis era "demais para suportar".

Os Estados Unidos, aliado mais próximo de Israel, pediram ao país que evitasse novos deslocamentos em massa significativos e que fizesse mais para proteger os civis. A vice-presidente americana, Kamala Harris, também disse ao presidente do Egito que, "sob nenhuma circunstância", os EUA permitiriam a realocação forçada de palestinos de Gaza ou da Cisjordânia, um cerco contínuo a Gaza ou o redesenho das suas fronteiras.

Sem esperanças para nova trégua

O Ministério da Saúde em Gaza, controlado pelo Hamas, disse que o número de mortos desde 7 de outubro ultrapassou 15,5 mil. O ministério não faz distinção entre mortes de civis e combatentes, mas disse que 70% dos mortos eram mulheres e crianças.

Afirmou ainda que mais de 41 mil pessoas ficaram feridas. Um porta-voz do Ministério da Saúde disse que centenas de pessoas foram mortas ou feridas desde o fim do cessar-fogo. "A maioria das vítimas ainda está sob os escombros", disse Ashraf al-Qidra.

Enquanto isso, as esperanças de outra trégua temporária em Gaza estavam desaparecendo. Um cessar-fogo de uma semana que terminou na sexta-feira, 1º, facilitou a libertação de dezenas dos cerca de 240 reféns israelenses e estrangeiros mantidos em Gaza em troca de palestinos presos por Israel. Mas Israel mandou os negociadores para casa, e o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu diz que a guerra continuará até que "todos os seus objetivos" sejam alcançados. Uma delas é retirar o Hamas do poder em Gaza.

Um alto funcionário do Hamas, Osama Hamdan, disse que a retomada das negociações com Israel sobre novas trocas deve estar vinculada a um cessar-fogo permanente. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse ao programa Meet the Press da NBC que os Estados Unidos estão trabalhando "muito duro" para uma retomada de negociações.

As hostilidades renovadas aumentaram as preocupações com os 137 reféns que os militares israelenses acreditam que ainda estão detidos pelo Hamas. Durante a recente trégua, 105 reféns foram soltos, e Israel libertou 240 prisioneiros palestinos. A maioria dos libertados por ambos os lados eram mulheres e crianças. As famílias dos reféns apelaram a uma reunião urgente com o Gabinete de Segurança de Israel, dizendo que o tempo "está se esgotando para salvar aqueles que ainda estão detidos pelo Hamas".

Os militares de Israel disseram que seus caças e helicópteros atingiram alvos na Faixa de Gaza, incluindo "poços de túneis, centros de comando e instalações de armazenamento de armas", enquanto um drone matou cinco combatentes do Hamas. Oficiais militares reconheceram "extensos ataques aéreos na área de Khan Younis".

Os corpos de 31 pessoas mortas no bombardeio israelense no centro de Gaza foram levados para o hospital Al-Aqsa em Deir al-Balah, disse Omar al-Darawi, funcionário administrativo do hospital. Do lado de fora de um necrotério em Khan Younis, o residente Samy al-Najeila carregava o corpo de uma criança. Ele disse que seus filhos estavam se preparando para sair de sua casa, "mas a ocupação não nos deu tempo.

"O prédio de três andares foi completamente destruído, todo o quarteirão foi totalmente destruído." Ele disse que seis dos corpos eram de seus parentes. "Cinco pessoas ainda estão sob os escombros", disse ele.

Sem nova trégua

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, destacou que não há novas negociações oficiais sobre uma trégua e troca de reféns no conflito que envolve Israel e o grupo palestino Hamas. Ainda assim, reforçou que os Estados Unidos seguem trabalhando para que isso ocorra.

Em entrevista à NBC, Kirby afirmou que os Estados Unidos não tinham conhecimento sobre os planos de ataque do Hamas a Israel. A declaração veio em resposta a notícias de que o governo israelense já sabia sobre a possível investida, após matéria divulgada pelo The New York Times nesta semana. (COM NATÁLIA COELHO)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou o X (antigo Twitter), nesta quarta-feira (15), para postar uma mensagem de solidariedade e apoio ao ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino. O político vem sendo acusado de ligação com facções criminosas.

"Minha solidariedade ao ministro @FlavioDino que vem sendo alvo de absurdos ataques artificialmente plantados. Ele já disse e reiterou que jamais encontrou com esposa de líder de facção criminosa. Não há uma foto sequer, mas há vários dias insistem na disparatada mentira", começou o presidente. 

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Ainda segundo o presidente, o Ministério da Justiça tem coordenado ações de enorme importância para o país, o que acabaria por despertar muitos adversários. "Que não se conformam com a perda de dinheiro e dos espaços para suas atuações criminosas. Daí nascem as fake news difundidas numa clara ação coordenada", afirmou, concluindo que "não haverá recuos diante de criminosos e seus aliados, estejam onde estiverem, sejam eles quem forem".

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Acusações

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira (13) que não tinha conhecimento das reuniões realizadas na Pasta entre seus secretários e uma integrante do Comando Vermelho. Em uma publicação na rede social, Dino jogou a responsabilidade para o secretário de Assuntos Legislativos, Elias Vaz, que disse que a faccionada estava como "acompanhante" e "se limitou a falar sobre supostas irregularidades no sistema penitenciário".

O Estadão revelou que Luciane Barbosa Farias, conhecida como a "dama do tráfico amazonense", se reuniu com outras três autoridades no Ministério da Justiça, além de Vaz. Condenada a 10 anos de prisão por organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico, a mulher se encontrou também com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen); Paula Cristina da Silva Godoy, Ouvidora Nacional de Serviços Penais (Onasp); e Sandro Abel Sousa Barradas, que é diretor de Inteligência Penitenciária da Senappen. As audiências ocorreram em março e maio deste ano. O nome de Luciane não aparece nas agendas oficiais das autoridades.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou, na sexta-feira (10), pela condenação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pelo crime de difamação contra a também deputada Tabata Amaral (PSB-SP). A ação penal (AP 1053) contra Eduardo tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

A ação foi instaurada a partir de uma queixa-crime apresentada por Tabata ao Supremo, em março deste ano, após Eduardo compartilhar uma publicação nas redes sociais em que sugere que a pessebista tentou beneficiar o empresário Jorge Paulo Lemann ao elaborar um projeto de lei.

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As informações divulgadas por ele, entretanto, não são verdadeiras.

Em sua manifestação, a PGR concluiu que ocorreu o delito de difamação, sujeito a uma pena de detenção de três meses a um ano, acompanhada de multa.

A vice-procuradora-geral Ana Borges Coêlho Santos, que assina o documento, também solicitou a aplicação de agravantes, que têm o potencial de triplicar as penas, uma vez que o crime foi praticado nas redes sociais.

A PGR afirmou que "a reputação de um parlamentar é construída a partir do efetivo trabalho legislativo", e que a "desqualificação" desse trabalho "deprecia e apequena a figura política".

Entenda a acusação

Em outubro de 2021, o então presidente da República Jair Bolsonaro (PL) vetou a distribuição gratuita de absorventes menstruais para estudantes de baixa renda em escolas públicas e pessoas em situação de rua ou extrema vulnerabilidade. Essa decisão provocou reações contrárias ao veto, inclusive da deputada Tabata Amaral.

No mesmo período, o deputado Eduardo compartilhou uma mensagem no X (antigo Twitter), alegando que o posicionamento de Tabata contra o veto ao projeto de lei tinha como intenção beneficiar Jorge Paulo Lemann.

De acordo com a publicação, Tabata teria supostamente criado o projeto de lei sobre absorventes e recebido financiamento de Lemann para sua campanha. O texto ainda alegava que o empresário era sócio da P&G, empresa que fabrica absorventes.

Porém, nenhuma das três afirmações é verdadeira.

A autoria do projeto de lei pertence à então deputada federal Marília Arraes (PT-PE). Além disso, a campanha de Tabata não foi financiada por Jorge Paulo Lemann, que também não possui participação na P&G.

Diante disso, Tabata entrou com uma ação contra Eduardo. Até o momento, não há uma data definida para o julgamento do caso no STF.

Procurada pela reportagem, a assessoria de Tabata Amaral informou que a parlamentar não vai se manifestar sobre o caso, uma vez que a ação segue em curso na Justiça. O deputado Eduardo Bolsonaro também foi procurado, mas não retornou aos contatos da reportagem até o fechamento deste texto.

Em uma cidade onde edifícios danificados estão por toda a parte, uma pizzaria destruída se destaca como uma lembrança dolorosa das vidas e dos meios de subsistência apagados em um instante.

Um míssil balístico russo atingiu o popular restaurante no leste da Ucrânia em junho, matando 13 pessoas, inclusive uma premiada escritora ucraniana e vários adolescentes. Sete das vítimas eram funcionários.

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Agora, flores frescas e bilhetes foram colocados no lugar onde ficava a entrada. Uma camiseta que fazia parte do uniforme dos garçons está pendurada perto do memorial improvisado, com os dizeres "Nunca esqueceremos".

"Como empresário, é claro que lamento a perda da propriedade, mas há algo que não pode ser devolvido: as vidas humanas", diz Dmytro Ihnatenko, proprietário da RIA Pizza.

O edifício bombardeado em Kramatorsk ressalta os enormes riscos para comerciantes nessa cidade da linha de frente na região de Donetsk. Mas isso não vem impedindo muitos outros comerciantes de reabrirem as portas para os clientes no último ano.

A câmara legislativa da cidade estima que 50 restaurantes e 228 lojas estejam atualmente abertos em Kramatorsk, o triplo de estabelecimentos abertos na mesma época no ano passado. Acredita-se que a maioria sejam estabelecimentos que já existiam e fecharam no começo da guerra, e agora reabriram.

"Compreendemos que é um risco que estamos assumindo porque esta é a nossa vida", diz Olena Ziabina, administradora do restaurante White Burger em Kramatorsk. "Onde estivermos, precisamos trabalhar. Trabalhamos aqui. Esta é a nossa escolha consciente."

A rede White Burger funcionava principalmente nas regiões de Donetsk e Luhansk antes da guerra. Porém, após a invasão russa na Ucrânia em fevereiro de 2022, só teve condições de reabrir em Kramatorsk. Dois restaurantes foram abertos na capital, Kiev, e em Dnipro, para manter a rede em funcionamento

O restaurante de Kramatorsk tem o melhor desempenho da rede em termos de lucratividade, embora os preços sejam 20% mais baixos que no restaurante da capital.

Após o ataque à RIA Pizza, os operadores do White Burger não cogitaram fechar o restaurante de Kramatorsk, segundo Ziabina. "Chorei muito", conta, lembrando-se do dia em que soube do ataque.

A economia de Kramatorsk se adaptou à guerra. A cidade abriga o quartel-general regional do exército ucraniano, e muitos cafés e restaurantes são frequentados principalmente por soldados, além de jornalistas e pessoal das organizações humanitárias.

As mulheres ucranianas frequentemente viajam para lá para se reunirem por alguns dias com maridos e namorados.

Os soldados brincam que Kramatorsk é sua Las Vegas, proporcionando todos os "luxos" de que precisam, como boa comida e café. Mas os restaurantes só oferecem cerveja não alcoólica, devido à proximidade da cidade com o campo de batalha.

As ruas da cidade ficam quase todas vazias, a não ser pelos veículos militares. Os moradores que permaneceram evitam grandes aglomerações e lugares cheios.

Ainda assim, já vão longe os primeiros dias, quando lojas, restaurantes e cafés de Kramatorsk foram todos fechados. Dezenas de milhares de pessoas ficaram sem trabalho, e fábricas fecharam.

"Provavelmente, graças aos militares, ainda podemos voltar para esta cidade", diz Oleksandr, que pediu para ser identificado apenas pelo primeiro nome por questões de segurança.

Ele é cofundador de uma das várias lojas militares em Kramatorsk que atendem aos soldados. Oleksandr conta que pratica preços apenas 1 grívnia (14 centavos) acima do preço do fabricante. Ele diz que o objetivo não é ganhar dinheiro, mas fornecer aos militares o equipamento necessário.

Muitos moradores comemoram as novas oportunidades de trabalho trazidas pela reabertura de lojas e restaurantes.

Mas há menos opções para pessoas idosas, diz Tetiana Podosionova, de 54 anos. Ela trabalhou na Fábrica de Máquinas de Kramatorsk por 32 anos, mas a fábrica foi fechada em razão dos riscos de segurança quando a guerra começou.

"Eu tinha esperança de trabalhar na fábrica até me aposentar", conta Podosionova. A maioria dos empregos atualmente é em lojas e restaurantes, onde ela não tem experiência.

Ela finalmente encontrou um emprego no Aquário Amazing Fish, que retomou as operações alguns meses após o início da guerra. O aquário tem centenas de peixes exóticos e dezenas de papagaios, e permanece aberto para distrair os moradores, frequentemente estressados pelos ataques de mísseis.

Cada negócio reaberto, porém, traz riscos. Ihnatenko, o proprietário da pizzaria, ainda vai todos os dias ao restaurante destruído quando está em Kramatorsk. Ele não sabe explicar. Parece cansado. Sua voz é pouco mais do que um sussurro.

Como muitos outros empresários, ele considerou a bem sucedida contra-ofensiva ucraniana na região vizinha de Kharkiv um sinal de que a vida poderia voltar a Kramatorsk.

"Parecia mais seguro aqui", explicou, de pé sobre os escombros de seu restaurante.

Ele não tem planos de reconstruir e reabrir novamente.

Sua experiência trágica mostra os desafios enfrentados pelos empresários ao manter as portas abertas.

"Um míssil pode vir a qualquer momento", diz.

Após a maior ação das milícias contra o transporte público e depois do envio de 300 agentes da Força Nacional e 270 policiais rodoviários federais para reforçar a segurança no Rio, o governo federal estuda enviar mais integrantes das Forças Armadas para o Estado. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que avalia a hipótese de criar o Ministério da Segurança Pública, pasta separada da Justiça, conforme explicou no programa semanal Conversa com o Presidente, do Canal Gov.

Segundo Lula, o governo federal analisa como interagir com os governos estaduais, que são legalmente responsáveis pela segurança. "Vamos discutir como é que a gente pode participar mais, como acionar mais a PF (Polícia Federal), como pode fortalecer a Força Nacional, como pode utilizar as Forças Armadas participando como força auxiliar, sem passar a ideia para a sociedade de que Forças Armadas foram feitas para combater o crime organizado. Não é esse o papel das Forças Armadas e não vamos fazer isso", disse Lula. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também confirmou que está em estudo um ministério para cuidar exclusivamente da Segurança Pública.

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DETALHE

Em relação ao uso das Forças Armadas no Rio, não se trata de fazer nova intervenção federal, como a que foi decretada em fevereiro de 2018 por Michel Temer. Segundo o presidente Lula e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, os integrantes das Forças Armadas teriam a função de complementar o policiamento, que continuaria sob o comando do Estado. Durante a intervenção, o general Walter Braga Netto foi nomeado secretário de Segurança.

"Está em debate nesse momento no governo (...) o eventual ingresso das Forças Armadas (na segurança pública do Rio de Janeiro), com papel complementar. Nós não podemos e não vamos substituir o papel do governo do Estado, em respeito à Constituição, à autonomia federativa, mas nós estamos apoiando, e a diretriz do presidente Lula é aumentar esse apoio, quem sabe até, nos próximos dias, com a participação das Forças Armadas para nos ajudar nesse trabalho, complementar aquilo que as forças policiais vêm fazendo", afirmou o ministro.

"Nós não queremos pirotecnia, não queremos fazer uma intervenção no Rio de Janeiro como já foi feito e que não resultou em nada", afirmou Lula. "Nós não queremos tirar a autoridade do governador, tirar a autoridade do prefeito. O que nós queremos é compartilhar com eles, trabalhar junto com eles uma saída." O presidente ainda afirmou que "esse governo não vai se esconder e dizer que é só problema dos Estados". "Eu já conversei com o Flávio Dino e vou conversar com o Múcio (Defesa). Vamos usar a estrutura dos Ministérios da Justiça e da Defesa para ajudar a combater o crime organizado e a milícia no Rio."

As medidas são anunciadas após uma série de ataques de milicianos queimarem 35 ônibus, e paralisarem linhas de ônibus e trens, supostamente como represália após a morte do sobrinho de um dos líderes da organização. Pesquisas internas mostraram desgaste do governo com o tema da segurança pública. Os sucessivos problemas de segurança na Bahia e no Rio, apesar de serem questões estaduais, vêm pressionando o governo federal a agir.

FORÇA-TAREFA

No fim da tarde, o secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, que está no Rio, reuniu-se com o governador Cláudio Castro (PL) e debateu uma proposta, apresentada por Castro, para criar uma força-tarefa especializada em identificar e confiscar os bens das facções criminosas. "Seria um grupo de inteligência, composto por órgãos estaduais e federais, para enfrentar os crimes financeiros e de lavagem de dinheiro. As organizações criminosas utilizam técnicas variadas para lavar o dinheiro, e asfixiar financeiramente essas organizações é decisivo para desmontar essas quadrilhas", disse o secretário. Além dos agentes da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal, estão no Rio 20 policiais civis voltados a investigar pessoas ligadas ao crime organizado ou ao tráfico de drogas e de armas.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta terça-feira (24), que o Brasil "tem um problema crônico no combate ao crime organizado" ao comentar a série de ataques a ônibus que afetou a zona oeste do Rio nesta segunda-feira (23). Ele disse ter conversado com o ministro da Justiça, Flávio Dino, e que vai conversar com o titular da Defesa, José Múcio, para usar a estrutura dessas pastas no combate ao crime organizado e à milícia no Estado.

"Esse governo não vai se esconder e dizer que é só problema dos Estados. Eu já conversei com o Flávio Dino e hoje vou conversar com o Múcio. Vamos usar a estrutura dos Ministérios da Justiça e da Defesa para ajudar a combater o crime organizado e a milícia no Rio. Nós queremos compartilhar as soluções dos problemas dos estados com o governo federal", informou o presidente.

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Lula acrescentou ainda que é necessário reunir prefeitos e governadores junto ao governo federal para "pensar soluções conjuntas". "A liberação das armas, de forma atabalhoada, fez com que o crime organizado se apoderasse de mais munição e vimos isso nos últimos anos", afirmou.

Ao menos 35 coletivos foram incendiados na zona oeste do Rio de Janeiro, segundo o sindicato que reúne as empresas de ônibus da capital. Segundo a Polícia Civil, os ataques foram praticados por um grupo de milicianos em represália à morte de Matheus da Silva Rezende, que era conhecido com Faustão ou Teteu, durante confronto com policiais civis numa favela de Santa Cruz, bairro da zona oeste.

"Nós estamos com o povo do Rio de Janeiro. Vamos compartilhar as soluções com o governo local para que o Rio possa voltar aos jornais pelas suas belezas e o que tem de melhor", acrescentou o presidente.

Lula disse já ter conversado também com o governador do Rio, Cláudio Castro (PL). A intenção, reforçou o presidente, é que a Aeronáutica "possa ter intervenção maior nos aeroportos" e a Marinha, nos portos. "Vamos combater mais o crime organizado, o narcotráfico e o tráfico de armas", disse ele, ao comentar também que a "Polícia Federal vai agir com mais força".

O Rio de Janeiro conta desde o dia 16 de outubro com o reforço de 570 agentes federais para incrementar a segurança em áreas de risco e no patrulhamento de estradas e rodovias. Do total, 300 deles integram a Força Nacional (FN) e 270 são agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

"Vamos ampliar a nossa presença no Rio, com mais agentes, mais viaturas e mais trabalho de inteligência", disse na oportunidade o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

'Toda a força do Rio (está) na rua', diz Castro

O governador Cláudio Castro declarou nesta terça-feira que as forças de segurança do Estado "continuam em estágio de máximo alerta", e afirmou que o efetivo policial está todo nas ruas da cidade.

"Minha orientação é para toda a força do Rio de Janeiro na rua. Viaturas, carros, blindados, helicópteros, drones, tanto da Polícia Civil quanto da Polícia Militar. A administração penitenciária também com nível máximo de cuidado e de alerta. Até estar totalmente estabilizado, assim vai ser a nossa postura. Uma postura muito na rua, para garantir que o cidadão tenha tranquilidade e o seu direito de ir e vir preservado", disse o governador, em entrevista no início da manhã.

Ele disse que metade das 12 pessoas detidas na segunda-feira por suspeita de participação nos ataques foram liberadas.

"Das 12 pessoas que foram detidas ontem (segunda), seis foram confirmadas a prisão - temos indícios de autoria e materialidade -, e outras seis, por falta de indícios, foram soltas. Mas as investigações e monitoramento dessas pessoas continuam". Ainda segundo o governador, outros dois suspeitos foram presos pela manhã.

Um dia após ataque no Rio de Janeiro, o BRT Transoeste, corredor de ônibus que atende a zona oeste da cidade, iniciou a manhã desta terça-feira, 24, com o serviço praticamente normalizado, conforme informou o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), direto do Centro de Operações Rio (COR-Rio), órgão da prefeitura que monitora a cidade por meio de câmeras.

Por volta das 7h40, o corredor já estava com os intervalos normalizados. "Estou acompanhando a situação dos transportes na cidade aqui do Centro de Operações Rio. O BRT Transoeste praticamente normalizado. Diretões começaram a circular e SPPO ainda em 50% da sua frota na zona oeste com impactos também na frota de Barra/Jacarepaguá", disse Paes. Posteriormente, ele citou que o porcentual das linhas de ônibus regulares, que estava em 50%, passou para 80% por volta das 7h30.

Ainda no fim da madrugada, a Supervia informou que excepcionalmente nesta terça-feira, a circulação de trens no ramal Santa Cruz teve início às 4 horas e não haverá partida de trens expressos e dos especiais de Campo Grande.

Castro voltou a afirmar que os alvos da polícia são os líderes de grupos criminosos que atuam no Rio de Janeiro, e descartou a possibilidade de realização de qualquer tipo de acordo com os criminosos. "Não há nenhuma espécie de acordo, nem com tráfico, nem com milícia, nem com ninguém", sustentou.

"Realmente nós estamos atrás, fazendo exatamente o que eu prometi fazer: ir atrás dos líderes. Ontem (segunda) tiramos de circulação um dos maiores líderes de milícia do Brasil, que era conhecido como ‘senhor da guerra’ deles, que era conhecido por juntar tráfico e milícia e fazer as famosas narcomilícias. Infelizmente, a reação deles foi desproporcional, coisa que nunca foi vista antes."

Morte de miliciano desencadeou ataques

Matheus da Silva Rezende, de 24 anos, é sobrinho de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, que desde 2021 é o líder do principal grupo miliciano que atua no Rio. Resende era o segundo na hierarquia do grupo, segundo a polícia.

Ele foi morto durante confronto com policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), o grupo de elite da Polícia Civil fluminense, e do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), na favela Três Pontes, em Santa Cruz. Nessa mesma operação, uma criança de dez anos foi atingida de raspão na perna por uma bala perdida. Medicada, ela passa bem.

Depois da morte, os ônibus começaram a ser atacados e incendiados. Segundo o sindicato das empresas de ônibus, esse já é o maior ataque a ônibus da história do Rio. São 20 de linhas municipais, cinco do BRT e dez avulsos, de fretamento. Também foi colocado fogo em um trem.

A tarde de pânico na zona oeste do Rio nesta segunda-feira (23), quando ao menos 35 ônibus e um trem foram incendiados, foi uma reação do principal grupo miliciano carioca à morte de Matheus da Silva Resende, conhecido pelos apelidos de Faustão e Teteus, segundo a polícia.

Ele morreu durante confronto com policiais civis ocorrido pela manhã em uma favela dominada por essa milícia na zona oeste do Rio. Resende era sobrinho do chefe da quadrilha e segundo na hierarquia do grupo criminoso.

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Aos 24 anos, Resende era o "senhor da guerra" da milícia liderada por seu tio, Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, segundo afirmou nesta segunda-feira o governador do Rio, Cláudio Castro (PL). "(Resende) Era o responsável pela união entre tráfico e milícia, fazendo as narcomilícias", disse.

Castro declarou também que a polícia "não vai sossegar" enquanto não prender os três maiores milicianos do Rio, conhecidos pelos apelidos de Zinho, Tandera e Abelha.

A milícia de Zinho atua em três bairros da zona oeste (Santa Cruz, Campo Grande e Paciência) e, segundo estimativa da polícia, arrecada de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões por mês, com cobrança por oferecer suposta segurança privada a moradores e comerciantes e vender botijões de gás, sinal de internet e até galões de água.

A Polícia Civil considera que o miliciano estava sendo preparado para substituir o líder da quadrilha, seu tio Zinho - que, por sua vez, assumiu o comando do grupo criminoso em função da morte do irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko, em 2021. Resende era o responsável pelas ações armadas da milícia. Foragido, era um dos criminosos elencados no Portal dos Procurados, do Disque Denúncia.

Em setembro, Resende foi um dos seis denunciados à Justiça pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) como responsáveis pelo assassinato do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, ocorrido em agosto de 2022 na zona oeste do Rio. Ex-policial civil, Jerominho foi preso em 2007 acusado de fundar a Liga da Justiça, a quadrilha de milicianos hoje comandada por Zinho. Condenado, passou 11 anos detido.

Segundo o Ministério Público do Estado do Rio, Jerominho tinha planos de retomar o comando da milícia e, por isso, foi morto pelos comparsas de Zinho, entre eles o sobrinho morto neste segunda-feira.

Pânico na zona oeste

Depois da morte de Resende, ônibus começaram a ser atacados e incendiados. Segundo o sindicato das empresas de ônibus, esse já é o maior ataque a ônibus da história do Rio. São 20 de linhas municipais, cinco do BRT e dez avulsos, de fretamento.

Pneus também foram incendiados e veículos atravessados em vias expressas da cidade. Pelo menos 32 escolas interromperam as aulas em função dos ataques.

Os 12 homens detidos por suspeita de participação nos ataques aos ônibus na cidade serão mandados para outros Estados, em presídios federais, por praticarem "ações terroristas", segundo o governador.

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