Funcionários do Cisam param por 24 horas nesta quarta (21)

Em protesto, apenas 30% dos profissionais atenderão na UTI Neonatal

por Jameson Ramos ter, 20/02/2018 - 12:51
Google Maps O déficit de servidores é um ponto que vem assolando o Cisam Google Maps

Servidores do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM-UPE) farão uma paralisação na UTI Neonatal por 24 horas, a partir desta quarta-feira (21). O Sindicato dos Servidores da Universidade de Pernambuco (Sindupe) informa que essa mobilização é para tentar chamar a atenção da sociedade e do poder público para os problemas enfrentados por quem trabalha na unidade e para quem precisa dos serviços. "Tem criança morrendo por conta das dificuldades da unidade. Tem mães dando à luz em cadeiras e até no chão, por conta da superlotação", afirma Érico Alves, presidente do Sindupe.

O déficit de servidores também é um outro ponto que vem assolando o Cisam. Conforme o Sindicato, por falta da quantidade ideal de funcionários, alguns médicos estão se revezando para poder dar conta da quantidade de grávidas em trabalho de parto e pós-parto. "A quantidade de profissionais, segundo a legislação, deve ser de acordo com a quantidade de pacientes; o que não vem acontecendo na unidade", explica Érico. Mas não são apenas os médicos que sofrem esse déficit, de acordo com o Sindupe, enfermeiros, técnicos de enfermagem e assistentes administrativos, também estão em um quadro deficitário. 

O presidente do Sindicato, responsável pela paralisação que ocorrerá nesta quarta (21), revelou que os bebês e as mães que estão no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros convivem com uma estrutura precária. "Fiações à mostra, problemas hidráulicos, paredes mofadas, além da falta de espaço adequado entre os leitos" é o ambiente proposto para quem procura por atendimento de saúde na unidade. "Todas essas irregularidades trazem riscos de contaminação e incidentes às crianças e suas genitoras", alerta o presidente

Em protesto, Érico Alves afirma que muitas maternidades do interior, e de cidades da própria Região Metropolitana do Recife, ou não estão funcionando ou existe apenas uma única unidade para dar conta de todos os partos do município. "Por conta desse problema, o Cisam está atendendo cinco vezes mais mães do que o limite. Muitas estão vindo do interior de Pernambuco para poder parir o seu bebê na capital. Há uma falta de investimento do Governo para conseguir dar suporte a tudo isso", pondera Érico.

 

Por conta de todas essas questões, nesta quarta-feira (21) o Cisam só irá funcionar com 30% dos profissionais.

 

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