Grupo se nega a deixar metrô até maquinista se desculpar

Usuários também se recusavam a deixar o trem quebrado porque acreditavam que havia condições do veículo seguir e por não quererem enfrentar uma plataforma lotada de pessoas. A polícia foi acionada

seg, 23/04/2018 - 09:09

Um trem que seguia de Camaragibe para Recife quebrou na Estação Werneck na manhã segunda-feira (23). Os usuários do metrô quebrado se recusaram a sair dos vagões para não perder o lugar sentado e também exigindo desculpas da maquinista. O veículo ficou parado das 7h15 às 8h40.

Segundo o responsável pela Estação Werneck, Denilson Silva, o trem quebrado precisava ser levado para a oficina. “Algumas portas estão com problemas. Ele não tem condições de levar os usuários com segurança”, explicou.

Quem já estava no metrô, entretanto, se recusou a deixar o transporte e enfrentar uma plataforma lotada de pessoas, além de desconfiar que o metrô possuía condições suficientes de fazer o deslocamento. O fato acabou aumentando o tempo para normalizar a operação do sistema, informou a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

O próprio gerente operacional do metrô, Murilo Barros, precisou ir ao local falar com os passageiros para convencê-los a sair para a plataforma. O trecho entre Mangueira e Tejipió foi colocado em via singela, que é quando trens de ambos os sentidos passam a usar uma mesma via. A medida fez com que algumas pessoas finalmente saíssem do metrô quebrado e fosse para o outro lado da plataforma.

Cerca de 30 usuários, entretanto, permaneceram sem querer deixar os vagões por mais um motivo: a forma grosseira com a qual a maquinista tratou os passageiros. “A maquinista disse que tinha quebrado a porta e ela pediu para a gente sair, mas começou a falar ignorante e depois as portas fecharam sim. Queremos que ela peça desculpas pela forma que nos tratou sim. Foi ignorante”, disse a estudante Daiane Arruda, de 21 anos.

Por volta das 8h40 o metrô finalmente deixou a estação. Mesmo assim, em torno de 20 passageiros que não quiseram sair de forma alguma seguiram dentro do veículo, que vai até a oficina localizada na Estação Cavaleiro. Seis policiais militares foram acionados e acompanharam a situação.  No vídeo abaixo, o momento em que Murilo Barros tenta negociar com os passageiros.

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