"A coleta de lixo é realizada, mas há falta de consciência da população”. A frase é dita pelos moradores que vivem ao lado das estações de metrô da Região Metropolitana do Recife. Arriscando a vida, aumentando os riscos de acidentes tanto dentro quanto fora do trajeto do modal, a população segue depositando detritos nas áreas impróprias.
O Portal LeiaJá verificou as áreas circunvizinhas às estações de Joana Bezerra, Santa Luzia, Werneck, Cajueiro e Camaragibe. Durante as visitas, foram verificadas situações de risco nas quais pedestres precisam trafegar pela via, dividindo espaço com carros, por conta da grande quantidade de lixo depositado nas calçadas.
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“Têm ruas mais estreitas em que o carro do lixo não consegue chegar, mesmo assim existe a coleta, mas, apesar disso, as pessoas ainda jogam lixo nesse lugar há 15 anos”, explica a autônoma Andréa Castanha, se referindo à calçada que beira a estação de Cajueiro.
Outra moradora ainda acrescentou que já houve, inclusive, atropelamento no local. “Uma criança estava voltando da escola e, como a calçada está comprometida por lixo, ele teve que andar pela rua e um carro bateu nele”, conta.
Vanderly Maria, técnica em prótese dentária, informou que a situação às vezes consegue ser pior, “quando a coleta demora um pouco mais, o amontoado de lixo fica na metade do muro. Falta consciência das pessoas”.
A equipe do LeiaJá também registrou detritos no interior das estações, bem ao lado da linha férrea e até mesmo dentro delas, aumentando o risco de comprometimento dos metrôs e ampliando o risco de acidentes. Garrafas, banco plástico e até possíveis focos de dengue foram encontrados.
Apesar disso, também foram encontrados pontos específicos onde a população deposita o lixo para que os carros de coleta façam o recolhimento com maior eficácia.