Trump pede à Europa mais gastos com a Defesa

Declaração do presidente norte-americano foi feita durante uma conferência de imprensa em Bruxelas, na Bélgica

por Nataly Simões qui, 12/07/2018 - 16:41

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aumentem os gastos com Defesa para 4% do Produto Interno Bruto (PIB). A maioria dos países ainda não atingiu a meta de 2%, acordada em 2014 e que deve ser cumprida até 2014. A declaração do presidente norte-americano foi feita durante uma conferência de imprensa na cúpula da Otan em Bruxelas, na Bélgica. 

Trump já havia demonstrado sua insatisfação por meio do Twitter, ao publicar na rede social que os EUA pagam bilhões de dólares pela proteção da Europa e com isso perdem bilhões em comércio. "Os presidentes vêm tentando, sem sucesso, há anos levar a Alemanha e outras nações ricas da Otan a pagar mais para sua proteção da Rússia. Eles pagam apenas uma fração do custo. Os EUA pagam dezenas de bilhões de dólares para subsidiar a Europa e perdem no comércio!", afirmou. 

O presidente norte-americano ainda acusou a Alemanha de gastar bilhões com energia russa. "A Alemanha começou a pagar a Rússia, país do qual eles querem proteção, bilhões de dólares para suas necessidades de energia, provenientes de um novo gasoduto da Rússia. Inaceitável! Todas as nações da OTAN devem cumprir o seu compromisso de 2% e, em última análise, devem ir para 4%!". 

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse em resposta a Trump que a Alemanha é livre para tomar decisões de forma independente. Entretanto, Merkel reconheceu que tanto o seu país quanto os outros da Europa devem colaborar aumentando os gastos com a Defesa. 

Markel ainda afirmou que a cúpula foi intensa mas produtiva. "Posso dizer que o resultado é um compromisso claro com a Otan e uma forte vontade de fazer contribuições diante das mudanças nas ameaças à segurança.

Agora, as discussões da cúpula devem focar no fim da guerra do Afeganistão e na adesão de novos membros ao tratado, como a Ucrânia e a Geórgia.

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