Tribunal retira acusações contra ex-assessor de Trump

instância apoiou a resolução extraordinária do procurador-geral dos EUA, Bill Barr, de retirar as acusações contra Flynn

qua, 24/06/2020 - 14:50
SAUL LOEB O ex-assessor de segurança nacional da Casa Branca, Michael Flynn SAUL LOEB

O Tribunal de Apelação de Washington ordenou nesta quarta-feira (24) a retirada das acusações de falsas declarações contra o ex-assessor de segurança nacional do presidente Donald Trump, Michael Flynn, dando à Casa Branca uma vitória em um caso que foi central na investigação de intromissão da Rússia nas eleições de 2016.

A instância apoiou a resolução extraordinária do procurador-geral dos EUA, Bill Barr, de retirar as acusações contra Flynn, mesmo depois de ele ter se declarado culpado duas vezes por mentir ao FBI, anulando a decisão de um juiz de um tribunal inferior que estava pronto para condenar Flynn.

A decisão de Barr em 7 de maio abriu uma brecha no Departamento da Justiça, colocando-o contra o juiz do caso e os próprios promotores da instituição.

A medida, mais de três anos após Flynn ter sido investigado pela primeira vez por discursos secretos que teve com o representante da Rússia em Washington, gerou alegações de que Barr estava fazendo o que Trump pretendia politicamente.

Mas a decisão de Barr de abandonar o caso apontou que a investigação original do FBI sobre Flynn, parte de uma investigação de contrainteligência sobre a suposta interferência russa nas eleições presidenciais de 2016 vencidas por Trump, não tinha uma "base legítima de investigação".

No Twitter, Trump chamou a decisão do tribunal de "grandiosa". Anteriormente, Trump havia insinuado que poderia perdoar Flynn e se queixava de uma "caça às bruxas" pelo escândalo da Rússia.

Flynn concordou em 2017 em declarar-se culpado de perjúrio e cooperar com a lei. No ano passado, mudou de advogado e de estratégia de defesa, apresentando-se como vítima de manipulação política.

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