Para 78% dos recifenses, bares devem permanecer fechados

Embora intensifique a crise econômica, a pesquisa do Instituto UNINASSAU mostra que a maioria da população apoia o fechamento de restaurantes, praias e instituições de ensino na capital

por Victor Gouveia qua, 31/03/2021 - 11:27
Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo O setor foi um dos mais abalados após duas quarentenas em cerca de um ano Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

A maioria dos recifenses apoia o fechamento dos setores de alimentação e educação, e das áreas públicas como praias e parques. De acordo com levantamento apresentado pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU nesta quarta-feira (31), o agravamento dos índices da Covid-19 ainda preocupa a capital pernambucana e confere apoio às medidas restritivas instituídas pelo Governo de Pernambuco. 

Com o total de 87 mil casos confirmados e 3.355 mortes, indicadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) nessa terça (30), 78% dos entrevistados respondeu que apoia o fechamento dos bares do Recife; 21% são contrários. Em relação aos restaurantes, o alinhamento com a quarentena cai para 66%, enquanto 33% não concordam com a medida.

Impedido duas vezes de abrir as portas em cerca de um ano, o setor de alimentação precisou se desdobrar em pontos de entrega e atendimentos delivery para evitar mais perdas. O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PE) foi atuante na fiscalização e chegou a interditar estabelecimentos que descumpriam as medidas sanitárias.

Para 69% do entrevistados, parques e praias devem permanecer bloqueados à população, e 39% sugeriu que as atividades físicas individuais ao ar livre devem ser impedidas. Nos dois casos, o número de entrevistados contrários às medidas ficou em 31% e 59%, respectivamente.

Já a retomada das aulas em escolas e universidades deve ser adiada para 67% dos entrevistados, enquanto 29% optam pela reabertura.

A lista é seguida por salões de beleza e templos religiosos, que contam com apoio de 60% e 57% para a proibição. Apesar de movimentar os demais setores, a restrição do comércio tem adesão de 54%.

Apontado como principal vetor do vírus, o transporte público teve os indicativos mais baixos. Tanto o funcionamento do metrô, quanto do ônibus, deve ser suspenso apenas para 26% dos avaliadores.

Reprodução

As entrevistas foram realizadas no período de 23 a 27 de março, por telefone, com 600 participantes. Os entrevistados tinham acima dos 18 anos e resultado final oferece 95% de confiabilidade, com margem de erro estimada em quatro pontos percentuais.

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