Crianças assassinadas em creche de SC são enterradas

Três dos enterros ocorreram no mesmo cemitério. Outras quatro crianças feridas no ataque receberam alta médica hoje

qui, 06/04/2023 - 17:04
ANDERSON COELHO Familiares de uma das vítimas de um ataque perpetrado por um homem que invadiu a creche particular Cantinho do Bom Pastor assistem ao funeral no Cemitério São José, cidade de Blumenau, Santa Catarina ANDERSON COELHO

Familiares sepultaram, nesta quinta (6), os restos mortais das quatro crianças assassinadas em uma creche de Blumenau (SC), um dia depois do massacre que comoveu o país.

Três dos enterros ocorreram no mesmo cemitério. Em uma das cerimônias, presenciada por um jornalista da AFP, funcionários da funerária carregaram um caixão branco até a sala de sepultura, onde familiares e conhecidos se despediram entre choros e aplausos.

As famílias não quiseram dar declarações à imprensa.

Outras quatro crianças feridas no ataque receberam alta médica hoje, informou o Hospital Santo Antônio em um comunicado.

"As quatro crianças receberam alta e já estão com seus familiares (...) Um dos pacientes apresenta uma lesão na mandíbula, que será tratada ambulatorialmente", informou o hospital.

O agressor, que segundo as autoridades atuou de forma "isolada", pulou o muro da creche particular Cantinho do Bom Pastor na quarta pela manhã e foi direto para o pátio, onde atacou várias crianças com um machadinho.

Residente de Santa Catarina e com antecedentes criminais por posse de drogas e agressão, ele se entregou logo depois à polícia.

Desde quarta, familiares e vizinhos de Blumenau se aproximam para fazer homenagens às vítimas depositando flores e bichinhos de pelúcia em frente à creche.

Também realizaram uma vigília com velas e correntes de oração.

"Não tenho palavras para expressar o que sinto...nascemos de novo", disse à AFP a engenheira Fernanda Bubniak Schramm, de 41 anos, mãe de uma menina que saiu ilesa.

"Quando soube (do atentado), liguei para a professora e ela me disse que minha filha estava bem, que havia trancado várias crianças no banheiro. É uma heroína", disse em referência à professora Simone Aparecida Camargo, que protegeu vários de seus alunos.

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