Sileno fala sobre divisão interna do PT

“A decisão de ter um nome nas eleições deste ano surgiu por causa do clima de incerteza e conflitos do PT", declarou

sex, 22/06/2012 - 17:28
Chico Peixoto/LeiaJáImagens

Ao dar entrevista a uma rádio local, o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, comentou que o lançamento do ex-secretário de Desenvolvimento Urbano, Geraldo Júlio (PSB), por parte da sigla, não representa um enfrentamento contra o PT.

“A decisão de ter um nome nas eleições deste ano surgiu por causa do clima de incerteza e conflitos do PT dentro do município e no estado, visando a indicação de um cabeça de chapa. Não há um racha nem enfrentamento, a frente popular não pode, nesse momento, ser liderado por um Partido como o PT que perdeu as condições de conduzir esse processo, e deve ser conduzido por outras forças políticas”, ressaltou Sileno.

Sobre o recurso impetrado pelo prefeito João da Costa (PT) contra a indicação do senador Humberto Costa (PT) pela executiva nacional do PT, ele foi enfático. “Os outros partidos aguardaram o desfecho que não chegou ao fim e o prazo das convenções termina no dia 30 deste mês. Ainda existe a possibilidade de uma decisão judicial circulando nessa discussão”, argumentou. O julgamento do recurso pelo diretório nacional do PT acontece nesta segunda (25).

No início da próxima semana, Geraldo Júlio fará uma aparição oficial como postulante à prefeitura do Recife, quando o governador e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos volta dos Estados Unidos. “Geraldo, figura central do governo do estado, não só no quesito administração, mas também no jogo político, é filiado ao PSB há anos, mas nunca foi colocado nessa trincheira. Daremos todo respaldo para a gestão que se iniciar no ano que vem, com essa habilidade se inaugura um novo tempo de gestão e relação política”, corroborou o presidente estadual do PSB.

Sobre a movimentação do grupo petista que faz parte do governo estadual e pode deixar à disposição os cargos por causa desse novo cenário político, Sileno pontuou: "O governador tem a prerrogativa de nomear e exonerar esse cargos, mas nós não estamos puxando essa discussão, isso ainda é especulação. Eduardo tem confiança nos seus auxiliares”, afirmou.

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