Armando afirma não ser subordinado à Frente Popular

No dia que filiou mais seis pessoas no PTB, o senador demonstrou fortemente o desejo de ser candidato ao governo

por Élida Maria ter, 01/10/2013 - 10:25
Divulgação/José Alves Além do deputado Adalberto Cavalcanti (centro da foto) outras cinco pessoas se filiaram ao PTB Divulgação/José Alves

Na última semana da corrida das filiações partidárias, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), filiou nessa segunda-feira (30), mais seis pessoas a legenda, no escritório do senador e presidente estadual do partido em Pernambuco, Armando Monteiro, no Recife. No mesmo dia, o parlamentar fez uma explanação da situação atual do Estado numa rádio local, falou do distanciamento com o PSB e disse ser nenhum temor ser apenas aliado e não subordinado à Frente Popular.

Os novos integrantes da legenda são o deputado estadual Adalberto Cavalcanti (ex-PHS), o filho do ex-deputado Romário Dias, Rodrigo Dias; o empresário Giney Francisco de Carpina; o médico e ex-vereador de Jaboatão Ricardo Moraes; o comunicador Edeilson Lins e o empresário da área de publicidade Aguinaldo Viriato de Medeiros.

Além de fortalecer a sigla com as filiações, Armando Monteiro vem demonstrando abertamente o desejo de ser postulante ao governo do Estado em 2014. Questionado numa rádio do Recife se ia se afastar do PSB, ele desconversou, não negou a possibilidade, e deixou claro suas intenções. “Me deixe contextualizar. Primeiro eu não fiz críticas à gestão, eu não enderecei todo este passivo que nós temos a uma gestão. Eu destaquei, inclusive, dos avanços que foram obtidos, por exemplo, no plano da própria educação. Mas acho que todo mundo tem de debater Pernambuco. Por que não? Pernambuco tem que olhar para frente”, disse.

Em relação à disputa em 2014, o petebista alegou ser justo pensar em um cenário construído pelo PTB e não apenas o PSB ser protagonista. “Com a reeleição do governador abre-se um novo ciclo na política pernambucana. Porque o que nós pactuamos nesta frente é estarmos juntos na medida do possível (...). Então é justo que os partidos que integram esta frente discutam este processo e também aspirem ter projetos próprios. Por que teria que ser necessariamente do PSB o candidato à sucessão? Isto é um direito natural? É um direito divino? É mais uma imposição do que circunstância? Não. Eu acho que é justo que se discuta isto, como entendo que o PSB pode ter um candidato, o PT pode ter um candidato, o PTB pode ter um candidato. Por que não?”, argumentou no senador.

Certo de sua posição para a corrida ao governo de Pernambuco, o parlamentar pontuou a independência da legenda e lembrou um episódio exposto pelo prefeito Geraldo Julio. “Eu sempre sublinhei uma posição nossa, que é de independência. Lembrem-se que, quando houve aquele episódio da PEC da Assembleia... Geraldo às vezes me fez, no rádio, uma indagação: ‘Olha, estão dizendo aí que vocês (do PTB) vão romper com o governo’. Eu disse a Geraldo: ‘Eu sou um aliado, não sou subordinado’. O aliado é aquele que tem que ser leal, mas tem a sua independência, pode discordar em determinadas circunstâncias, como discordei naquele episódio da PEC”, frisou Monteiro

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