Oscar: “Não posso obrigar o governador a me exonerar”
Segundo o petista ele entregou o cargo ao PSB desde novembro de 2013
Os capítulos da novela de entrega dos cargos do PT à gestão do PSB em Pernambuco, ainda permanece firme. Mesmo com uma nova direção, eleita no último Processo de Eleição Direta (PED) do partido, ano passado, alguns nomes como o do presidente municipal da legenda no Recife, Oscar Barreto, não só permanece na função de secretário executivo da Secretária de Agricultura, como afirma já ter entregado o cargo desde o ano passado.
Assim como Barreto, outros nomes continuam inseridos na gestão socialista como é o caso do secretário de Habitação do Recife, Eduardo Granja que disse essa semana não acreditar num rompimento eterno entre PT e PSB.
Questionado pela equipe do LeiaJá se pretende entregar o cargo à gestão de Eduardo Campos (PSB), Oscar Barreto, posicionou-se como quem já fez sua parte. “Desde o dia 22 de novembro que eu entreguei (o cargo), agora eu não posso obrigar o governador me exonerar. Eu já saí do governo”, falou.
Demonstrando irritação com a situação, o petista dedurou a existência de correligionários na gestão e questionou o porquê de Teresa Leitão – atual presidente do PT no Estado - não divulgar o quantitativo dos cargos não entregues. “O que tem de gente do PT na Cultura, na Saúde (...) - tem lá algumas dezenas de pessoas que querem ficar e eu não vou estar assumindo a berlinda”, disparou.
O petista garantiu que ninguém, de fato, entregou os cargos e que ele não está na função por indicação e sim por convite. “O cargo não é meu, é do governo de Pernambuco. Eu não fui indicado pelo PT nem por Humberto Costa (PT) (...). Ninguém entregou”, garantiu Barreto.